"Especial"

796 79 11
                                    

Outra louca quarta-feira tem início.

Sou recebida com um delicioso café da manhã na cozinha por parte de minha mãe.

— Senta logo, o bolo está fresquinho. — Diz me entregando um prato com meu bolo de cenoura predileto, coberto por uma generosa dose de calda de chocolate.

Eu como, repito e para meu estranhamento, Maurício ainda não desceu.

Meu chefe/noivo nunca foi do tipo demorado, e a curiosidade que matou o gato me fez subir de volta ao quarto para saber se tudo estava bem.

Quando cheguei ao cômodo, bati na porta e sem sua resposta entreguei. O homem parecia derrotado na cama.

— O quê é toda essa palidez?

— Devo ter pego a gripe das crianças. — Ele responde com uma voz anasalada e uns olhos ainda miúdos.

Imaginei que a claridade do quarto o estivesse incomodando e tampei um pouco as janelas com as cortinas.

Ao me aproximar dele na cama, o primeiro que fiz foi medir sua temperatura e dado o horário concluí que o melhor seria ligar para Emily desmarcar seus compromissos por pelo menos dois dias.

— Sim, ele não esta bem. Creio melhor levá-lo ao hospital para fazerem uma checagem. — Digo ao telefone.

— Não, eu estou bem. — Ele diz tentando tirar o aparelho da minha mão.

— Não é pra teimar comigo. — O aviso, e ele deixa de tentar agarrar minha mão.

Do outro lado da linha posso ouvir os gritinhos de empolgação de Emilly.

— Eu quero ser madrinha, você deixa? — Ela pede parecendo "chipar" a gente.

Eu olho para Maurício e lhe pergunto o que ele acha.

— Diz que ela pode se nos emprestar a filha para ser florista. — Ele barganha e claro que a secretária executiva aceita.

Quando eu e Emilly terminamos de checar todos os compromissos a serem desviados no dia, já passam das dez e ao olhar para o lado, Maurício caiu no sono.

Não quero incomodá-lo, então desço e termino encontrando com Mariana na sala.

— Sabe que hoje marquei prova do vestido mais tarde pra você, não é?

— Sim, eu sei e obrigada. — Digo me sentando ao seu lado no sofá da sala.

Observo as crianças correndo e estou totalmente de olho para que nenhum acidente aconteça, quando perco Max de vista quase tenho um treco, mas o menor é mais esperto e me dá um susto surgindo de detrás do sofá.

— Quem é meu pestinha favorito?! — O pego no colo, e o aperto em meus braços.

Não dá nem meio minuto e as benditas mãozinhas danadas estão entrando em minha blusa outra vez.

— Eu disse não, Max. — Falei firme.

O garoto murchou e suas lágrimas seguintes me fizeram voltar atrás.

— Tudo bem, meu amor, eu não queria brigar com você. — Esfrego suas costinha e o sento em um das pernas virado de frente pra mim.

Max deita a cabeça em meu ombro e deixa de chorar, mas as mãozinhas estão novamente a procura dentro da blusa.

— Max. — Digo seu nome em sinal de advertência.

O menor é esperto e mostra uns olhinhos irrecusáveis.

— Mamãe, eu quelo um poquinho, só um poquinho. — Ele pede fazendo um sinal com as mãos.

Penso subir com ele para o quarto e pedir a opinião de Maurício sobre o assunto, mas assim que ameaço levantar, a criança começa um escândalo.

— Max, não faz isso. — Peço, mas de pouco vale.

— O que ele tanto quer? — Mariana pergunta curiosa.

— O peito. — Respondo em um fio de voz envergonhada.

Ela me faz repetir, e quando Mariana escuta, ela não esconde a risada.

— Você está ferrada. — Olhando para o sobrinho que faz de tudo para eu deixá-lo  mamar.

Quando perco a guerra para o chororó, me certifico de apoiar as costas no sofá um duas almofadas e pego outras duas para o braço.
Explico a ele que será a última vez, e Max concorda, apesar de eu achar que ele diz isso pra que eu libere o que ele quer logo.

Abaixo a alça da blusa regata que visto e abrindo o feixe do sutiã, exponho um dos seio para fora. Com Max deitado em uma posição cômoda lhe entrego o seio e o assisto sugar.

— Meu amor, você já esta grandinho para querer mamar.  — Explico a ele que me ignora.

Seus olhos se fecham, ele ajusta nos meus braços e quando menos espero, o menor adormece.

Não posso evitar acariciar seus rostinho, noto sua boquinha rosa em torno do bico do seio e isso parece tão perfeito. Em algum momento noto que ele faz barulhinhos enquanto suga e chego a assistir outra vez a forte ligação entre nós.

— Tudo bem aí? — Mariana pergunta, assistindo a cena.

— Melhor impossível. — Respondo beijando a cabeça de Max.

𝐕𝐢𝐯𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐮𝐦 𝐝𝐨𝐜𝐞 𝐜𝐥𝐢𝐜𝐡𝐞̂ 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐜𝐡𝐞𝐟𝐞 - IncomplWhere stories live. Discover now