Prólogo

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Cristal

Meu nome é Cristal Angeli, sou uma princesa, pelo menos é o que minha mãe diz todo hora quando vem me dar uma correção de como eu deveria agir ou me vestir, o que me irrita muito para dizer a verdade.

Tenho um cabelo platinado que reflete cores violetas, eu não nasci com ele, mas ficou assim depois que minha mãe usou uma jóia especial para me salvar quando tinha acabado de nascer, meus olhos são azuis, mas refletem as mesmas cores do meu cabelo. Minha pele é bem bronzeada, mas eu não costumo pegar muito sol o que me faz ficar curiosa com esse detalhe.

Minha psicóloga me mandou escrever nesse diário para ver se fico mais calma, pois minha mãe mandou ela achar uma forma de me fazer agir como uma dama, como se fosse funcionar "risos"

Ela mandou escreveu sobre mim e sobre o que eu acho como se esse diário fosse um amigo para me ouvir, então vamos lá.

Minha mãe governa metade de todo o purgatório, a outra metade eu não faço ideia de quem governa, apenas que é um rei. Tem uma barreira de energia muito forte que impede qualquer pessoa de entrar ou sair do reino, mas acho que deve ter um bom motivo para existir.

Vamos falar um pouco sobre mim, sou rebelde não vou mentir, odeio ser uma princesa, mas não tenho muita escolha sobre isso, nasci de uma rainha, né? Não que eu não ame a minha mãe, mas ela é severa com todos, esse lugar mais parece uma ditadura ou algo do tipo.

Pelo que eu sei, minha mãe tem uma jóia dentro do seu coração que dá a ela um poder sem limites para poder controlar esse mundo, mas a jóia foi partida em duas a muito tempo assim fazendo dois reis governarem, mas imagino que tenha acontecido um problema muito grande para tudo ter sido dividido, talvez eles tenham entrado em guerra, sei lá, minha mãe nunca entra no assunto.

Esse detalhe é bem estranho, mas eu não tenho pai, todo mundo tem, mas minha mãe diz que desejou muito uma filha para jóia da criação e aconteceu, ela engravidou magicamente, eu as vezes acho que ela mentiu ao dizer isso, mas essa jóia é realmente muito poderosa então não duvido que possa criar vida, pois minha mãe tem problemas para confiar nas pessoas, e não consigo imaginar ela com um homem, pois sempre diz que não preciso de um.

Desde criança eu vejo coisas, sombras que passam pelas pessoas, um homem que sempre aparece a cada um ano para me observar, mas apenas eu consigo ver ele. Imagino que seja o Deus da morte, pois minhas babás dizem que quando minha mãe me salvou da morte o céu ficou preto e um homem estranho aparecia em frente ao berço para me olhar com ódio, pois quando ela fez isso quebrou a ordem natural das coisas, eu era para estar morta.

Eu tenho professores o tempo inteiro, minha mãe prefere colocar sempre mulheres para me ensinar, pois por algum motivo não confia em homens, me pergunto se aconteceu algo com ela para não confiar neles. Mas não teve jeito quando colocou alguém para me ensinar a lutar, teve que escolher um homem, mas o ameaçou de todos as formas se tocasse em mim com alguma segunda intenção, e que se ele me olhasse de outra forma arrancaria os olhos dele.

O nome dele é Nicolae, é o primeiro homem que tenho algum contato físico, pois nas lutas corpo a corpo acabamos encostando um no outro.

Nunca cheguei a me interessar romanticamente por alguém, ainda mais porque minha mãe não permite.

Sempre dou um jeito de fugir do castelo para me divertir um pouco nos dias de comemoração do reino, eu amo demais minha mãe, mas não sou um brinquedo para ficar parada em uma casa de bonecas, eu ainda vou sair daqui, conhecer todo esse mundo e os outros também.

Naomi —Cristal, está na hora da sua aula de esgrima— diz do outro lado da porta, ela é minha babá desde que eu me entendo por gente, tem uma irmã gêmea indentica que comanda os empregados, o nome de sua irmã é Maori.

—já estou indo— digo colocando a caneta em um copo organizador e escondendo o diário no armário com tranca.

Saio do quarto, mas antes de ir para o jardim ter a aula de esgrima vou até a sala do trono dar bom dia a minha mãe, entro passando pelos guardas e logo vejo ela na trono assinando documentos.

O nome da minha mãe é Eliza Angeli, tem longos cabelos castanhos e olhos azuis como o céu dá manhã, ela não é muito calma e nem paciente, mas ainda assim é a pessoa que mais amo no mundo, salvou minha vida e sempre tenta cuidar de mim ao máximo, mesmo que me deixe um pouco sufocada.

—espero que esteja tendo um bom dia, mãe—digo com um sorriso alegre, vejo que ela para de assinar o documento e me olha fixamente.

Eliza —ver você com esse sorriso alegre no rosto já alegra meu dia minha princesa, já fez sua aula de esgrima?— fico em silêncio por alguns minutos, pois ela gosta de ser pontual.

—estava indo para lá agora, mas queria ver você antes— digo para ver sua reação, mas por sorte ela apenas respira fundo.

Eliza —entendi, tome seu café da manhã antes de ir, não quero você ficando doente— só concordo com a cabeça antes de sair da sala do trono.

Pode ser coisa da minha cabeça, mas sempre que minha mãe olha para mim fica pensativa, queria saber o que fica passando na cabeça dela. Também está aceitando mais minha opinião, talvez por que logo será meu aniversário de 18 anos, sei que não vai mudar muita coisa, mas queria pelo menos viajar sozinha, lutar contra monstros sem ser sempre vigiada, poder ter minha própria independência, mas sinto que não vai acontecer.

Entre Mundos (Deuses Elementais)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt