Capítulo 15

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Cristal

Queria descer até o calabouço para mostrar meu vestido ao cavaleiro de cabelos pretos, mas sei que ele iria dizer alguma coisa para me desanimar, o que me resta é descer e cumprimentar os convidados, acho que minha mãe já está na porta fazendo isso.

Minha mãe disse que o Amon tinha chegado, mas quando fui falar com ele tinha sumido do salão, me pergunto para onde ele foi.

Apenas vou para o salão onde encontro minha mãe mandando nos empregados para deixar tudo impecável.

—mãe?— a chamo e ela me olha de um jeito tranquilo.

Eliza —o que foi minha estrelinha?— as vezes acho estranho ela me tratar como criança, mas talvez só não consiga perceber que cresci.

—eu não encontrei o Amon, disse que ele tinha chegado não é?— pergunto e ela fica pensativa por alguns segundos.

Eliza —se não está aqui deve ter ido para adega de vinhos, pois só vou liberar as bebidas alcoólicas quando a festa começar— sei... Está tentando me impedir de beber como sempre.

—vou procurar ele então— digo me virando.

Eliza —daqui a uma hora sua festa vai começar, não demore, e não beba entendeu?— apenas respiro fundo.

—certo, nada de beber— digo desanimada, ela fica mais tranquila ao ouvir isso.

Apenas saio da festa e caminho pelos corredores em direção a adega, vejo que a porta está aberta o que indica que alguém realmente entrou lá. Entro no local escuro e ligo o interruptor na parede

Vejo Amon sentado em uma cadeira com  minha mãe em seu colo, mas isso não faz sentido nenhum, minha mãe está no salão recebendo os convidados, vejo que a mulher me olha e abre um sorriso alegre o que me faz notar que realmente não é ela.

Amon —Deve estar confusa, essa é minha esposa— diz e a mulher se levanta e vem até mim.

***** —pode me chamar de Eva, se for difícil me diferenciar da sua mãe, é um prazer conhecer você Cristal— diz me abraçando o que me faz ficar meio sem ação, pois ela é indentifica a minha mãe, até mesmo os chifres que tão volta são iguais.

—também é um prazer conhecer você, Eliza— vejo que ela abre um sorriso quando a chamo assim, eu não vou chamar ela de Eva, pois esse não é realmente o nome dela.

Agora entendo o incomodo que minha mãe tem ao falar do Amon e sobre o porquê dele ter a deixado, pois foi por outra ela, por isso se sente insuficiente, por que não foi ela quem ele decidiu ficar, deve  sentir que tem algo faltando nela que essa Eliza tem.

"Eliza" —você é tão fofinha, que dá vontade de abraçar igual a um ursinho de pelúcia— diz acariciando minha bochecha com a mão, fico até com vergonha de pedir para parar, pois ela é a minha mãe, de outra dimensão e sem filhos.

Amon —ela não gosta muito de carinho, diabinha— diz puxando ela para longe de mim pela cintura.

—acho que vou deixar vocês aí, fiquem a vontade para beber—  digo, pois provavelmente estou atrapalhando algo.

Amon —espera aí, beba com a gente, minha esposa quer passar um tempinho com você, além disso, deve querer fazer perguntas, ou estar curiosa sobre alguma coisa— diz de forma simpática, colocando um banquinho para mim sentar.

—não tenho muitas perguntas, mas tem muitas diferenças entre a dimensão que vocês vivem e essa?— vejo que eles se olham por um tempo.

"Eliza" —apenas o purgatório que é diferente mesmo, todo resto é igual, tem uma diferença na verdade, eu sou tia na minha dimensão, minha irmã tem uma filha, aqui ela não tem. Na minha dimensão você não existe, também— parece ter muitas diferenças.

Entre Mundos (Deuses Elementais)Where stories live. Discover now