Arrumei-me o mais rápido possível e as 19:00 em ponto Chloe tocou a campainha e abriu um largo sorriso ao me ver arrumada e pronta.
-Vamos?-perguntou-Ah Lia não faça essa cara para mim, é só uma festa não uma morte súbita.
Revirei os olhos e sai fechando a porta, não estava a fim de ir a essa festa. Algo me dizia que não era uma boa ideia.
Chloe dirigiu até a casa de Miles e chegando a um certo ponto da rua era possível ouvir a música alta. Estacionando na única vaga vazia que encontramos vimos a casa totalmente escura com algumas luzinhas piscando.-Apenas se divirta. -diz Chloe agarrando meu braço. -Você esta precisando.
Passamos pela porta e uma escuridão invadiu minha visão, só via algumas pessoas por conta das luzes coloridas.
A sala era grande, havia uma escadaria enorme que levava ao segundo andar, um globo enorme, um bar com vários barmans fazendo drink's e algo do tipo. A pista de dança era todo o espaço da sala. Sinceramente eu não tinha à minima ideia do que faria primeiro.-Hey. -diz Miles aparecendo atrás de nós. -Quem são essas belas moças?
Rimos e Miles nos deu um abraço. Ele não estava bêbado, mas estava ficando. Ele nos soltou e puxou um garoto que estava logo atrás de si.
-Meninas esse é Carlos meu amigo e o responsável pela festa.
Carlos sorriu e retribuimos o sorriso.
-Muito prazer. -diz dando um beijo na mao de Chloe e em seguida na minha. -Sejam muito bem vindas e fiquem a vontade, hoje deve ser meu dia de sorte não é sempre que recebo mulheres tão lindas na minha casa.
Chloe deu um sorrisinho e sem ele perceber revirei os olhos. Carlos parecia ser mais um daqueles conquistadores de quinta, que jogam uma boa convercinha, um chame e as leva para a cama. Isso me irritava.
-Carlos essas são Chloe e Ama...-Miles estava prestes a dizer meu nome quando eu o encarei. - E a Lia minhas colegas da faculdade.
Ele sorriu.
-Bom meninas muito prazer mesmos. -diz- Fiquem a vontade, bebam, comam, façam o que quiser a casa é de vocês, mas agora infelizmente eu preciso ir e já volto.
E ele se retirou, Miles e Chloe já dançavam e eu como a excluída fiquei parada olhando-os.
-Vamos Lia, dança. -diz Miles.
Eu sabia dançar fiz aulas quando nova, mas aquele tipo de música eu não sabia.
Estava parada fazia uns 5 minutos observando Miles e Chloe quando alguém me puxou.-Calma Lia, sou eu Robert.
Meu corpo relaxou quando vi seu rosto. Robert era meu chefe, sim ele era o dono do jornal e eramos "amigos" mas apenas isso (A quem estou tentando enganar, sim a gente já ficou, mas foram apenas amassos na sala dele).
-Você me assustou. -digo.
Ele riu e se aproximou para falar ao meu ouvido por conta da música alta.
-Desculpe. -diz -Eai? Quer dançar?
Fiz uma cara feia e antes que pudesse dizer alguma coisa ele começou a dançar na minha frente e era uma dança vergonhosa.
-Dance comigo ou eu vou faze-lá passar vergonha. -diz, mas eu não sedo apenas cruzo os braços.-Dance comigo ou esta despedida.
Rimos e então eu comecei a dançar e Robert me acompanhou agora do modo certo.
Dançamos três músicas e eu já estava exausta nunca havia dançado tanto nem nas minhas aulas.-Chega. -digo em seu ouvido. -Eu vou ao banheiro.
-Eu vou com voce. -diz.
Não disse nada apenas passei pela multidão e subi a enorme escada e fui para o segundo anda. Havia um imenso corredor com algumas portas, tropecei no último degrau da escada o que fez Robert rir. Me virei para ele e ri, Ele segurava minha mão e quando eu iria puxa-lo para ir mais rápido dei de cara com a única pessoa que eu queria ver.
-Simon. -digo quando nossos olhares se juntaram.
Ele me olhou até que viu Robert e que nossas mãos estavam dadas e não emitiu reação, a não ser olhar novamente, para um segundo depois ele abrir um sorriso malicioso.
-Namorado? -perguntou.
-Apenas um amigo. -digo
Ele ergueu as sobrancelhas e uma mulata apareceu atrás dele.
-Encontrei um vazio. -diz ela em seu ouvido.
Ele sorriu e eu passei o peso de uma perna para o outra.
-Namorada? -pergunto.
-Apenas uma amiga. -diz.
Simon me lançou uma piscade-la depois saiu. Uma raiva consumiu meu corpo eu não acredito que estava ficando mexida com aquilo, eu não acredito que aquele idiota falou comigo.
-Eu preciso beber. -digo soltando a mão de Robert e descendo as escadas.
Corri até o bar,todos dançavam alucinados pareciam estar chapados e loucos. Um barman parou a minha frente e antes que perguntasse o que eu queria eu disse:
-Quero a bebida mais forte que você tem. -digo.
Ele sorriu maliciosamente e pos uns daqueles copinho de vidro em cima do bar. Uma bebida marrom com um cheiro fortíssimo de álcool foi posta no meu corpo e eu pus para dentro em um único gole.
Meu corpo inteiro queimou, era possível sentir o líquido fazendo todo seu percurso dentro de mim.-Mais três doses. -digo.
Serio, eu nunca bebi tanto da minha vida e depois de três doses eu estava totalmente bêbada, tudo girava a minha volta, não tinham pessoas apenas vultos, de varias cores. Tirei meu óculos e levei um baita de um susto quando tudo ficou mais embaçado, eu o pus novamente e por um instante cai na gargalhada.
-Eu to muito bêbada. -digo ao Barman que me atendeu. -Você pode chamar a Chloe para mim? Eu quero a chloe, Chloe cadê você amiga?
Cai na gargalhada e sai da cadeira tentando me equilibrar e quando parei comecei a andar de uma forma desengonçada e torta.
Não sei como, mas acho que estava na rua. É eu estava na rua.
-Eu preciso ir pra casa. -digo -A minha casa fica para lá, ou será que é para lá. A Chloe sabe, cadê a Chloe?
Continuei andando mais um pouco, não sei por que, não quero sabe por que, mas a imagem de Simon na cama com aquela garota do corredor me veio a cabeça e eu comecei a chorar.
-Lia? -ouço alguém me chamar.
Olho para trás e encontro um cara, sua voz era familiar, mas eu não reconhecia.
-Lia sou eu Carlos. -diz ele se aproximando.
Sorri meia desengonçada.
-Ah sim Carlos. -digo -Carlos você viu a Chloe? Ela tem que me levar para casa.
-Não vi ela. -diz ele, seu rosto estava meio deformado e embaçado. -Olha, mas eu posso te levar para casa.
-Não. -digo. -A Chloe vai me levar.
Ele agarrou meu braço e eu puxei.
-Eu vou te levar Lia. -diz.
-Não. -digo e começo a correr, mas não vou muito longe já que ele me pega. -Me solta.
O panico tomou conta do meu corpo e por instinto fiz o maximo tentando me soltar, mas ele me segurou com mais força.
-Raivosa você. -diz antes de pressionar um pano no meu rosto e tudo ficou mais lerdo e escuro. -Você é uma gracinha o chefe vai adorar você.
Essa foi a última coisa que ouvi antes de apagar de vez.
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A Traficada (Editando)
RomanceAmália sempre foi uma menina correta, queria se firmar na carreira, ser normal, livre e independente. A propósito, ela odeia ser chama pelo nome completo, sempre preferiu usar o apelido. Tudo estava bem em sua vida até ela ser sequestrada. Em uma re...