Capítulo 64 (Último)

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O que posso dizer? Minha vida só tem melhorado depois disso. Para a minha salvação Erick era uma criança calminha, só que gostava muito de tagarelar na língua dos bebês, acho que ele reclamava assim como o pai dele.

Consegui terminar meu livro e foi publicado com urgência. O Pessoal da editora ficou muito satisfeito, tanto que fui convidada para trabalhar lá como chefe de redação. Quem diria.

Chloe conseguiu um emprego em um estúdio de musica bem famoso aqui em Nova York, estava amando seu trabalho por aqui.

Minha vida estava cheia e corrida, mas eu nunca deixei de ter o tempo para meu filho, tentava ao Maximo focar no trabalho, mas às vezes não conseguia.

Queria chegar em casa e ficar com meu filho. Erick era a prova viva de meu amor por Derek, de que mesmo diante de tantas dificuldades, acabou tudo bem (ainda não acabou na verdade) era apaixonante vê-lo dormir e pensar em tudo o que já passei a perda do meu primeiro bebê, a morte de Audrey, de Thomas. Tinha pesadelos com isso às vezes, mas acordava pegava meu filho e dormia agarrada com ele.

O FBI desapareceu de minha vida completamente, não ouvi falar mais deles isso me assustava, mas Samantta me assegurava de que estava tudo bem. Temia que em algum momento eles pudessem aparecer aqui me levando presa e me afastando de meu filho, não queria nem pensar nisso.

Tentava ao Maximo manter contato com meus pais, mas eles voltaram a Portugal para visitar alguns parentes, se não me engano disseram que morariam por lá mesmo adoraria visitá-los.

Erick estava com um meses. Samantta passava grande parte do dia com ele, parecia uma babá. Na verdade uma vovó coruja daquelas que mima muito o neto.

Sai mais cedo do trabalho e fui para casa, estava doida para ver meu pequeno e cuidar dele.

-Erick mamãe chegou. –digo abrindo a porta.

A casa estava um silencio, será que Samantta estava passeando com ele por ai?

-Samantta? –chamo. –Chloe? Alguém em casa?

Vou até a cozinha e vejo um homem alto. Ele usava uma jaqueta de couro preta, jeans cinza e tênis all star. Suas costas eram largas e o cabelo castanho me fez abrir um sorriso espantado.

-Não acredito. –digo. –Miguel?

-Oi Lia. –diz me dando um abraço. –Nossa você esta... Belíssima.

-Obrigada, mas como assim? Quando chegou?

-Chegamos ainda pouco. –diz.

Franzi o cenho.

-Chegamos?

Ele assentiu sorridente e eu subi as escadas correndo. Abro a porta do quarto de Erick e dou de cara com uma pessoa sentada na poltrona com meu livro em mãos.

-Sabe eu nunca pensei que isso um dia poderia acontecer comigo, uma pessoa tão certinha, que vivia para o trabalho. Uma mulher magoada que não via esperança em encontrar um novo amor, mas aconteceu e sou grata por isso.

Grata por ele ter me libertado de mim mesma e grata por ter esse filho que é fruto deste amor.

Onde quer que esteja se estiver lendo isso eu só quero dizer que te amo e que vou esperar o tempo que for preciso pelo meu príncipe encantado do meu conto de fadas super estranho.

Ele abaixou o livro se levantou e franziu o cenho dando aquele sorriso debochado que só ele sabia fazer.

-Belo final. –diz. –Mas eu não sou um príncipe encantado.

Sorri e corri até ele pulando em seu colo. Lagrimas caíram de meus olhos e eu só consegui tremer e abraçá-lo.

-Não acredito que é você. –digo e então olho em seus olhos. –O que faz aqui? É arriscado.

Ele balançou a cabeça.

-As provas contra mim desapareceram, o senador mandou encerrar o caso e suspender as ordens de prisão. –diz. –Estou livre.

Desci de seu colo.

-Desaparecemos, mas como?

Ele pegou uma carta no bolso e me entregou. Um envelope preto com uma fita branca. Olhei para Derek que sorriu.

Abri e avia uma carta dentro.

"Oi Lia,

Peço desculpas por ter ido embora antes que você acordasse, mas precisava resolver algumas coisas.

Você não sabe a honra que foi ter entrado naquela sala de parto com você, foi uma das melhores experiências que eu tive em minha vida.

Você sabe que nunca quis ter filhos, mas... Ver Erick nascer foi estranho era como se uma nova parte de você estivesse aqui nesse mundo enorme.

Depois que você desmaiou entrei em pânico, mas ouvir o choro daquele bebê foi emocionante, aquilo me deu um sinal de esperança e uma culpa que eu talvez carregue por toda minha vida.

Os médicos a levaram e eu fui até onde Edgar estava com Erick, ele não queria me deixar ficar, mas eu implorei e ele me deixou ver o seu bebê.

Minha ficha não tinha caído mesmo com o barulho do choro eu não estava acreditando, então toquei nele e Erick pegou o meu dedo e abriu os olhos, ele parou de chorar no mesmo instante, acho que ele tem medo de ficar sozinho, assim como eu tenho.

Essa é uma imagem que eu sempre terei guardada em minha mente, sai dali com aquele pensamento, fiquei com você por alguns dias e ao ver que você não acordava voei até Washington e roubei as provas contra Derek, eu as eliminei totalmente, elas não existem mais.

Esse é o meu presente para vocês, para vocês dois espero que sejam muito felizes os três. Por que eu já estou indo atrás da minha felicidade.

Meus parabéns Lia e Erick.

Simon.

Abracei Derek e ele me beijou. Um beijo daqueles com bastante vontade, amor, saudade e carinho tudo misturado.

Esse foi o melhor aniversário que eu já tive e isso graças a Simon.

Encostei minha testa na de Derek e me manti com os olhos fechados e deixei as lagrimas caírem. Ele iria me beijar novamente quando Erick chorou.

-Acho que alguém acordou. –diz ele sorrindo.

Vou até o berço e pego Erick sacolejando-o.

-Pega um pouco. –digo a Derek.

-Não sei, eu nunca...

-Eu vou te ensinar. –digo. –Você Poe a mão assim e apóia a cabeça dele assim. Isso, perfeito.

Derek sacolejou Erick que aos poucos parou de chorar.

Erick era bem parecido com Derek, tinha seus cabelos pretos e os lábios cor cereja, mas ao invés de olhos castanhos tinha olhos azuis bem mais claros que o meu quase gélidos iguais o de Samantta.

Fechou os olhos e lagrimas caíram de seus olhos, ele olhava para Erick que o olhava com olhos curiosos de atentos. Aproximei-me e ele me deu um beijo na testa.

-Eu vou cuidar de vocês. –diz. –Enquanto eu estiver por perto ninguém vai fazer mal para vocês.

-E a máfia?

-Ela não existe mais. –diz. –Não quero por vocês em risco, não quero me por em risco e deixar vocês, nunca mais.

Sorri e lhe dei um beijo. Derek beija a testa de Erick antes de olhar em meus olhos, mas era um olhar diferente.

-O que houve?

-Casa comigo?



A Traficada (Editando)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ