Capitulo 12

20.2K 1.6K 79
                                    

[P.O.V Lia]

Meu marido dormia como uma pedra, ele não roncava o que era um alívio. Levanto da cama, eu não acredito que vou fazer isso é arriscado demais.
O celular de meu marido ficava no bolso esquerdo o paletó. Se eu o pegasse conseguiria ligar para Chloe e falar com ela.
Caminho até a cadeira onde esta posto o blazer do meu marido e pego o telefone, nossa não tem nem senha isso vai ser fácil. Disco os números rapidamente, a essa altura é cedo em Miami então ela deve estar na faculdade. Esta chamando e nada de Chloe atender.

-Vai Chloe atende....

-Alo?

Sorri ao ouvir sua voz e bem antes que eu pudesse dizer algo sinto um metal gelado nas minhas costas e meu marido tapa minha boca.

-Solte o telefone.-sussurra tão baixo que mal escuto.

Obedeço e o celular se desmonta ao ser jogado no chão. Lagrimas caem dos meus olhos quando ele preciosa mais a arma nas minhas costas. Ele me lançou na cama.

-Pra quem você ligou Amália?-pergunta apontando a arma para mim.-Responde.

Me manto em silencio e ele da um tiro no abajur o que me faz gritar. Ele se aproxima, ficando por cima de mim, seu peso era maior que o meu e por isso estava presa.

-Me solta.-rosno.

-Ou o que?

-Eu vou gritar.

Ele riu

-Ninguém vai te ouvir.-diz e eu me debato, mas sem sucesso.-Amália eu vou te perguntar uma ultima vez, pra quem você ligou?

-Não vou dizer nem morta.

-Sabe quando damos um tiro-diz-O bocal da arma fica em uma temperatura incrivelmente quente, você sabia?

Ele roça o bocal na minha coxa e esta realmente muito quente.

-Pra quem você ligou Amália?-pergunta, mas eu me mantendo em silencio.-Responda.

Ele se irrita e então da um tiro no outro abajur e faz o que eu menos esperava, pressionou o bocal na minha coxa. Soltei um berro, a temperatura estava muito quente, comecei a chorar.

-Gente-berra Melissa atrás da porta.-O que esta acontecendo ai dentro?

-Melissa.-berro-Socorro.

-Melissa não house entrar.-berra-Amalia responda, você sabia que a cada tiro fica mais quente?

-Melissa.

-Responda.

Ele deu mais um tiro.

-Foi pra Chloe.-choramingo antes que ele pressionasse novamente aquilo na minha perna.-Eu liguei para ela e antes que eu pudesse dizer algo você acordou.

Ele hesitou, mas saiu de cima de mim e no mesmo instante Melissa entrou pela porta. Ela olhou para mim depois para meu marido.

-O que aconteceu aqui?-perguntou ela.

Não conseguia parar de chorar, minha coxa doía, mas não era por esse motivo que eu chorava.
Melissa veio ate mim e me abraçou, não consegui dar uma palavra só chorei em seu ombro até que ela viu o ferimento na minha coxa e sua expressão mudou de preocupação para algo que não consegui decifrar.

-O que significa isso?-pergunta ela.

Meu marido apenas a olhou.

-Isso é pra ela aprender o que aconteceu quando sou desafiado.

-Seu monstro. -berro.- Se acha que isso vai me impedir de ficar fugir, esta muito enganado, isso serviu de incentivo pra que eu não precise mais olhar pra sua cara.

Ele deu um leve sorriso, frio e seco.

-Quer fugir? Tente, mas te garanto que não será fácil.

E então ele saiu, eu ia fugir nem que isso fosse a ultima coisa que eu fizesse na minha vida que acaba de se tornar miserável.
Melissa cuidou do meu ferimento que estava em carne viva, confesso que ardeu, mas nada que eu não pudesse aguentar.
Depois disso não quis saber o que aconteceu, apenas pediu pra mim que eu dormisse um pouco que amanhã resolveriamos tudo. Mas eu não preguei o olho.
Estava em um tipo de quarto de hospedes era simples e bonito me lembrava ao meu quarto, nunca chorei tanto em toda a minha vida, sinceramente tive poucos motivos para chorar e mesmo assim chorei pouco. Melissa me deu um calmante para ver se eu dormia. Eu estava meia sonolenta, mas não queria dormir.
O quarto era perto de escritório e quando estava prestes a pregar o olho pude ouvir Melissa gritar, seu tom era grosso e rude.

-Como pode fazer aquilo? - pergunta. - Ela é sua esposa, não uma de suas vagabundas.

-Bom eu comprei ela nesse intuito.

-Não brinque o que fez foi muito serio

-Não fale como se eu tivesse a matado, tem sorte deu ter pensado antes.-diz.-Aliada sua protegida quase me fudeu sabia?...

-Já disse que odeio quando você usa esses palavrões comigo D...

Então o nome dele começa com D?, penso.

-Não ouse.-interrompe- Não me chame assim, nada disso teria acontecido se ela não tivesse ligado para a amiga, pensou se ela tivesse conseguido contar tudo? Isso aqui iria estar abarrotado de policiais.

-Isso não justifica sua atitude.

-Ah pelo amor de deus Melissa.

-Já que a odeia tanto por que se casou?

-Você sabe muito bem que o meu pai me obrigou, se ele não tivesse feito isso eu não teria nada mais que umas boas transas com ela.

Ouvi-se um silencio.

-Foi nisso que ele te transformou -diz Melissa.- Você era uma criança tão boa, era tão...

-Idiota.

-Tudo o que eu lhe ensinei não valeu de nada? Todo o meu sacrifício como mãe não valeu de nada.

-Você sempre vem com esse Papinho Melissa, mas quer saber não vai rolar. -diz ele.- Entende, vê se poe isso na sua cabeça. VOCÊ NÃO É...

-EU SOU SIM. -berra Melissa. - Quem te deu de mama fui eu, quem trocou suas fraldas fui eu...

-Mais quem me deixou apodrecer em casa estudando enquanto todas as crianças se divertiam? Foi você Melissa.

-Isso é mentira, seu pai fez isso.

-Sim, mas e o que você fez para impedir isso? Nada.

-Eu não...

-Você não fez nada. -interrompeu. - Foi a esposa submissa que ela deve ser então não me julgue por que eu garanto que meu pai faria coisa pior com você e você não faria nada.

Continuei deitada e percebi que a conversa acabou ali quando a porta bateu e eu apaguei com o efeito do remédio.

A Traficada (Editando)Where stories live. Discover now