capitulo 4

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P.O.V: LIA.

  Eu não acredito que acabo de ser traficada, vendida para um homem que eu não faço a mínima ideia de quem seja.
  Sr. Gertler? quem será esse homem? Isso não importa, só o que importa é o que eu vou fazer.

Depois do leilão me vestiram e puseram novamente um saco preto na minha cabeça, me levaram para um lugar bastante silencioso, garanto que era uma estrada deserta. Depois de um tempo o carro parou e fui retirada do carro, em seguida pega no colo.

-Bem vinda a sua nova casa. -diz a voz que estava comigo desde o momento em que eu fui sequestrada, ele me jogou em cima de uma cama e retirou o saco de minha cabeça em seguida desamarrando minhas mãos. -Você vai ficar aqui e nem pense em fugir gracinha, tem um segurança na porta.

-Estou com fome. -digo.

-Vão trazer comida para você.

-E meus óculos? -pergunto.

Ele os joga em cima da cama e eu os pego. Ao colocar meus óculos sinto um alívio enorme e um espanto ao me deparar com um quarto considerado para mim como grande (até demais) a decoração era bem formal, piso preto, as paredes marrons, janelas pretas (Que com certeza estariam fechadas) uma cama enorme, closet, banheiro e outras coisas. Observo todo o quarto e me assusto ao ver o armário que esta na minha frente, um homem branco, careca, alto e vestindo um terno preto era possível ver que era bem musculoso.

-Então, quem é seu chefe? -pergunto meu tom saiu mais assustado do que eu gostaria. -O que vocês querem comigo? Por que eu acabo de ser vendida? Vocês sabiam que tráfico de mulheres é crime? Podem pegar prisão perpétua ou até...

-Deus, você faz perguntas demais. -interrompe-me. -Olha aqui gracinha, você fique quietinha ou eu vou por uma fita na sua boca e garantir que ninguém tire, OK?

Ele sai e eu pego um abajur ao meu lado e o jogo na porta, eu quero ir embora, eu não entendo como ninguém esta sentindo minha falta e pelo jeito notando meu desaparecimento.
  Deitei-me na cama encolhida, agarrei meus joelhos e desatei a chorar e a chorar. Primeiro ei não acreditava que o vizinho do meu amigo me sequestrou, segundo eu fui vendida como um objeto nojento e descartável e terceiro o que seria de mim a partir de agora? E esses pensamentos me fizeram soluçar até finalmente cair no sono.

...

[P.O.V Gertler]

-Onde você estava com a cabeça garoto? -perguntou meu pai ao chegarmos em casa. -Comprar uma garota, por meio milhão de dólares.

-Se seus clientes fizessem isso não seria um erro. -digo,tirando o paletó. -Pai relaxa se o problema for dinheiro eu pago, você sabe que eu tenho dinheiro.

-Mais é claro que não. -diz meu pai. -Você è meu filho não tem que me dar dinheiro algum.

Retirei a gravata e o encarei, meu pai parecia não estar gostando da ideia.

-Se o senhor não tem nada mais à dizer eu vou para o meu quarto. -digo. -Daqui a pouco tenho que ir para a sede.

Meu pai não disse nada e eu subi as escadas correndo. Ao chegar em meu quarto pus o paletó na cadeira e a gravata em cima.
  Joguei-me na cama e olhei para o teto quando a imagem da garota veio-me a cabeça. E do nada um sorriso se formou nos meus lábios. Peguei meu celular no bolso da calça disquei os números.

-Carlos? -pergunto. -Quero que você pegue todas informações possíveis sobre a garota do leilão, sim, a que você trouxe, é a loirinha. Pegue todas as informações e coloque na minha mesa na sede... Não interessa para que, apenas faça o que eu mandei.

Desligo a chamada e olhei novamente para o teto.

-Loirinha você será um ótimo brinquedinho. -digo.

Ainda olhava para o teto distraído quando ouço batidas na porta.

-Querido. -diz Melissa entrando no quarto.

Suspirei e me sentei na cama. Melissa era a mulher de meu pai, não ela não era minha mãe.  Melissa se aproximou e se sentou ao meu lado, ela tinha os cabelos ruivos cacheados, olhos verdes, uma pele clara, era magra e bonita uns 10 anos mais nova que meu pai.

-Seu pai me contou que comprou uma garota. -diz ela.

-Nossa ele foi rápido. -digo e meu tom sai seco. -Estou brincando.

Ela suspirou e por um segundo senti que ela me escondia alguma coisa.

-Ele acabou de sair. -diz ela. -Pediu para lhe dar dois recados, para você ir para a sede e cuidar de tudo e que você e a garota que você comprou estivessem na sua sala as 18h40min.

Franzi o cenho.

-Por que? -perguntei. -Que estranho, onde ele está?

Ela se levantou e me olhou um pouco cansada.

-Ele recebeu um telefonema e teve que sair as presas. -diz ela.  -Bom eu apenas vim dar o recado.

Melissa saiu do quarto. Ela parecia aflita, cansada, preocupada juro que vi algumas rugas embaixo de seu olhos. Ela estava me escondendo algo, mas o que será que era? Eu descobriria na minha sala as 18h45min só não entendia o que a garota tinha a ver com tudo isso, mas logo descobriria .
  Olhei para o relógio que batia 17h55min e fui para o banheiro tomar um banho.

A Traficada (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora