A Traficada (Editando)

Capítulo 9

No dia seguinte a mafia estava de luto, não fui para lá precisava esperar Sara chegar e organizar tudo para mim. Amália andava estranha, não dizia nada, não comia, não falava comigo apenas ficava no jardim olhando para o céu cinzento.
Caminhava pela casa quando avistei Amália lá fora. Ela vestia um casaco de inverno , calsa, botas, luvas e touca. Tinha uma caneca na mão não sabia se era de café ou de chocolate quente.
Melissa estava na cozinha, parecia preparar o almoço quando me aproximei e lhe dei um beijo no topo da cabeça.

-O que houve com ela?-pergunto.

-Por que você não pergunta?

-Não sei-digo.

-Vai la-diz-Pare de se preocupar tanto com a mafia e vai resolver seu casamento.

Suspirei e sai da cozinha e fui lá para fora, agarrei uma cadeira e me sentei ao lado de Amália. Ela náo teve reação era como se eu não tivesse aqui.

-Vai me dizer o que você tem, ou eu terei que descobrir a força?

Ela me olhou e suspirou.

-Você ainda pergunta-diz-Olha onde estou, olha como estou e olha quem estou, com uma especie de mafioso maluco que sequestra mulheres e o pior de tudo é estão todos em Miami e ninguém notou que eu sumi.

Ela respirou fundo para recuperar o ar.

-Nossa ficou um tempão sem falar, mas agora que falou...-faço uma pausa-...Falou demais.

-Você é mesmo um idiota.-diz se levantando e saindo.

Me levantei e fui atrás dela, Amália foi para o quarto e eu fui atrás fechando a porta.

-O que você quer que eu faça, mulher?-pergunto.

-Me soltar seria uma opção.

-Nem pensar.

-Eu não sou seu bichinho de estimação-berra Amália-Sou uma mulher e agora infelizmente sua mulher.

-Você não sabe a sorte que tem em ser minha mulher-berro-Muitas queriam estar no seu lugar.

-Então porque não se casou com elas? Seriam melhores esposas do que eu.

-Pode-se ter certeza disso-digo.

Ela da um grito e noto que chora.

Ah não chorar não,penso.

-Você não entende-berra-É um monstro sem coração.

-A vida me fez assim, você vai entender quando ver o que eu passo...-passo a mãos pelos cabelos-Vou ser bonzinho com você, tem papel e caneta no armário, escreva uma carta para seus pais e para seus amigos, mas... Se contar o que esta acontecendo aqui infelizmente eu terei que mata-los e não seria uma boa matar meus sogros.

-Meus pais estão na africa.

-Eu sei onde eles estão-digo-Apenas escreva depois eu volto para le-las.

-O que vou dizer?

-Não sei -diz-Apenas invente.

Ela não diz mais nada então eu saio do quarto, mal ela sabia que ninguém a achou por minha causa. Mandei alguns homens meus fazerem cartas com a letra de Amália e mandar para todos, foi bem esperto, depois mandei Carlos ir até os amigos e ver como era a reação deles e novamente estava tudo ótimo. Todos achavam que seus pais aviam passado mal e ela foi vê-los na africa.

-Já de DR?-pergunta Miguel assim que chego a sala.

Sorri e lhe dei um abraço. Miguel era meu melhor amigo, mas além disso era meu primo.