Capítulo 25

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Acordei com o sol batendo em meu rosto. Meu marido estava no sofá dormindo. Suspirei e fui para o banheiro tomar um banho. Assim que terminei olhei para minhas roupas no armário, peguei uma blusa branca, calça e All star.

Sai do quarto devagar, dando de cara com Simon bem na porta.

-Vai a algum lugar?

-Vou respirar um pouco. -digo.

Desci as escadas e sai da casa andando por ai. Sabia que Simon estava por perto então entrei em uma área que parecia mais uma fazenda. Avia cavalos e... Um rio. Andei até a margem do rio parando sentando-me na grama verde e macia.

Observei a água do rio enquanto ela fluía e ia embora sei La para onde. Era bonito, era diferente. Observei aquela água, mas a imagem em minha mente era outra, não conseguia parar de pensar no meu beijo com... Edward ou D (Seja lá qual for o nome do meu marido.

Deitei-me na cama e tapei meus olhos dando um rosnado.

-Bom dia. - destapo meu olho direito dando de cara com meu marido.

-Esta me seguindo?

-Não. - diz. - Eu só vi você sair e resolvi andar, mas ai encontro Connor e ele me disse que você estava perto rio.

Ele se sentou a meu lado.

-Pensei que estivesse dormindo.

-Eu não durmo Amália.

Revirei os olhos e olhei para o rio.

-Eu tenho uma coisa para te dar. - diz. - Mais quero que feche os olhos.

Obedeci e senti uma caixa ser posta em meu colo, abri os olhos e ele sorriu. Uma caixa de correio. Abri o envelope e lá estava.

-Minha Câmera. - digo sorrindo.

-Sou um homem de palavra e você esta cumprindo sua parte do trato agora eu cumpri a minha. - diz e eu ligo a Câmera, ajeito a lente e tiro uma foto do rio. - Bom, eu estava pensando, eu nunca vim em Lisboa e como Alexandre disse, finja que são férias, mas eu não conheço nada então eu estava pensando e se... Nós saíssemos um pouco, só nós, você podia me mostrar um pouco da cidade e... Poderia fotografar também.

Sorri e olhei para ele. Não vestia um terno como sempre nem o cabelo bem arrumado, usava jeans, all star, uma camisa branca e uma blusa xadrez vermelha.

-Já sei onde podemos ir. -digo. -Mais precisamos de um carro.

-Isso é fácil.

Levantamos e começamos a correr. Chegamos a uma garagem e entramos em um sedã preto. Meu marido dirigiu e fomos embora apenas nós, sem nenhum segurança.

Ele foi dirigindo e eu o guiando mandando entrar em alguns lugares. Fiz com que ele parasse em um pequeno mercadinho, compramos algumas frutas, coisas para fazer sanduíche, bolo e suco. Enquanto fazíamos isso tirei algumas fotos. Lisboa era um lugar muito rico por sua cultura, tudo continuava igual a quando eu era pequena, claro houveram mudanças, mas nada tão espalhafatoso.

-Pare é aqui. -digo e ele freio.

Sai do carro e observei a grama, as flores, o céu, tudo naquele lugar era incrível. Fechei meus olhos e vi toda minha infância, nesse lugar, me lembrava pouco, mas era o suficiente. Lagrimas ameaçaram a cair e eu não as segurei.

-Que lugar é esse? -pergunta ele aparecendo a meu lado.

Abri os olhos e sorri.

-Todo domingo. -digo. -Meus pais faziam um piquenique aqui com algumas pessoas da família. Eu corria muito por esses campos, meu avô dizia que eles eram mágicos, que traziam a felicidade.

A Traficada (Editando)Where stories live. Discover now