Capitulo 3

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Sono, a única coisa que eu sentia. Sono. Meu corpo estava pesado e tudo o que eu pensava era em dormir e dormir. Mas espera ai... Eu já estava dormindo, ou desmaiada sei lá.

-Acorda. -ouço alguém gritar comigo, mas estava tudo escuro.

-Tira o saco da cabeça dela imbecil. -diz outra voz, ambas masculinas.

Um silencio e um jato d'água no rosto. Me engasguei e desatei a tocir, mas quando fui limpar meu rosto com as mãos notei que estava amarrada.

-Onde eu estou? -pergunto.

Olho para cima e tudo estava embaçado, notei que estava sem meus óculos.

-Ela é bonita. -diz uma das vozes pelo visto estava a minha direita.

-Ela é linda. -diz o da esquerda.

Olhei para cima e vi apenas dois cara altos de pele clara e que pareciam não ter cabelo.

-Meus óculos. -digo. -Eu não vejo nada, eu preciso ir para casa.

Um deles se aproximou e eu quase vi seu rosto.

-Nada disso gracinha. -diz. -Você vem com a gente.

-O que? -pergunto. -Para onde vocês vão me levar?

-Isso não importa.

Vi sua mão se aproximar de meus rosto e forcei um pouco a vista vendo um pano branco.

-Não. -berrei balançando a cabeça para lá e para cá. -Eu não quero, eu quero ir para casa.

Ele segurou minha cabeça e pressionou o pano em meu rosto tapando meu nariz e minha boca.

-Shhii. -chia. -Relaxa, você só vai dormir um pouco.

E eu apaguei.

...

P.O.V: Herdeiro da Mafia.

-Você é o meu herdeiro. -diz meu pai. -Meu Filho.

Revirei os olhos. Ser herdeiro de uma espécie de máfia era até legal, era um adrenalina incomparável. Mas ter que traficar mulheres era uma chatice sem tamanho. Muito trabalho para encontrar garotas bonitas e fazer com que ninguém as ache.

-Mas isso é o seu trabalho. -digo.-O meu é comandar a máfia, quando você morrer.

-Exato. -diz. -E isso faz parte da máfia.

-Não. -digo. -A máfia não tem nada à ver com isso, esse é um negócio idiota que o meu avô deixou para você.

Ele suspirou e seu celular tocou.
Sim. Meu pai é um dos caras mais ricos da Inglaterra, ele é dono da máfia britânica e eu sou o herdeiro. Meu nome não importa, mas todos me chamam de "Gertler" só para saber. Neste momento estávamos dentro do carro indo para a sede de leilões das garotas. Eu odiava ir lá, mas meu pai insistia para que eu aprender mais sobre o "negócio " na familia.

-Bom trabalho Carlos. -diz meu pai antes de desligar.

-Você dizendo bom trabalho? -digo espantado. -Isso é raro.

-Consegui uma encomenda que vale bastante dinheiro. -diz.

Em outras palavras uma garota muito gostosa. Me manti em silencio todo o percurso, preferiria mil vezes estar no meu santuário dando alguns tiros no alvo.

-Chegamos. -diz meu pai assim que o carro para.

  Saímos e me assustei a dar de cara com um pier, o ponto de leilão era um iate? Na última vez foi em uma boate, mas eu me lembrei que meu pai muda de esconderijo a cada seis meses por causa da polícia.
  Entramos no iate e "uau" aquilo era um iate normal, descemos as escadas e ai sim, havia um corredor enorme, as paredes e o teto com carpete vermelho. Haviam duas portas no final do corredor, entramos na esquerda. Uma sala com a mesma decoração vermelha, uma mesa de centro com alguns sofás em volta. Havia um espelho onde podíamos ver do outro lado.
Me aproximei do espelho, uma outra sala não muito grande nm muito diferente da nossa, com algumas poltronas e um mini palco no centro.

-Senhores esse é meu filho. -diz meu pai e eu me viro dando de cara com quatro homens. -O próximo chefe disso tudo.

Um por um apertou minha mao e eu lhes ofereci um sorriso falso. Depois de alguns blá, blá, bla's sobre a política e sobre as garotas. Voltei-me para o espelho e minhas pupilas dilataram ao ver a garota que acabará de entrar.

-Aquela ali é o meu troféu. -diz meu pai a um dos homens. -Vários clientes estavam atrás de alguém com o perfil dela e ao descobrirem que eu a traria, ficaram loucos.

Ela vestia nada mais que uma calcinha preta de renda, suas mãos estavam acorrentadas e ela tentava esconder seus seios fartos com o braço, seus olhos estavam vendados com uma faixa azul. Um dos fornecedores pareceu pedir para ela girar, mas ela não o fez.

Teimosa, penso abrindo um sorriso malicioso.

-Aqui temos uma loura bastante linda, inteligente, bem gostosa que fará o que vocês quiserem. -diz a apresentadora do leilão que por um acaso era uma mulher.

-Eu dou mil. -diz um dos caras na sala.

-Eu dou cinco mil. -diz outro.

Como alguém era capaz de dar apenas cinco mil em uma mulher daquela. A garota tinha cabelos louros encaracolados que caiam no ombros e a pele clara, sua postura era um pouco desengonçada, mas com um pouco de cuidado melhoraria bastante.

-Eu dou 10. -diz outro homem.

  Um dos capangas tirou a venda dos olhos dela e todos ficaram boquiabertos, olhos azuis cintilavam com a pouca luz.

-30 mil. -diz outro.

-Eu dou 50. -diz outro.

-50? -diz a responsável pelo leilão.-Dole uma, Dole duas...

-Eu dou 100 mil. -digo pegando um microfone que se posicionava ao lado do espelho.

-Eu dou 150.

-200

-300

-Eu dou 500 mil dólares. -digo.

Ninguém falou mais nada e a moça bateu seu martelo.

-Vendida para o sr?

-Gertler. -respondo.

A Traficada (Editando)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora