Capítulo 5

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—O que disse? —começo a suar frio

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—O que disse? —começo a suar frio.

—Sei exatamente quem você é. —sua voz estranhamente dócil.

—Vai me chantagear? Me entregar a coroa? —sigo de costas para ele, não tenho curiosidade em ver a sua expressão. Mas por precaução levo minha mão desnuda até o meu canivete afiado.

—Pelo contrário, te proteger. —entreabro meus lábios e minha respiração acelera. Giro os calcanhares e o fito, ainda sem compreender.

—O senhor... —minha voz some, pela tamanha surpresa.

—Me chame de Christian ou Chris, como preferir. —assinto, ainda confusa.

—Me proteger do que? —mesmo tendo inúmeras teorias e possibilidades, ainda sim estou incerta.

—Sei do que os nobres pretendem fazer a ti, caso te encontrem te mandarão para forca. —ele tosse levemente. —Sei que pode parecer precipitado e realmente é, é inegável.

—De fato... —ainda fito-o cheia de incontáveis dúvidas.

—Quero me unir em matrimonio a ti. —sua voz sai carregada de ansiedade.

—O que? —me engasgo, com a minha própria saliva.

—Devo minha vida a você... —eu o olho em irritação.

—Você não deve nada a mim! Se veio aqui para pagar uma dívida inexistente, perdeu a viagem! —minha voz sai rude dessa vez, como ele pode ousar vir até aqui para pagar, por um bem que lhe fiz.

—Você não me compreendeu... —mal o deixo terminar sua inútil fala.

O que eu não esperava é que minha irmã fosse entrar no cômodo.

—Isa, estão te chamando lá fora. —seus cabelos são de um castanho, ainda mais escuro que os meus. Seus olhos são amendoados, seu nariz é levemente arrebitado e um pouco achatado. Os lábios rosados são carnudos e seu tamanho é mediano. —Quem é ele?

—Ninguém. —tento desconversar, mas me esqueço de como minha irmã é geniosa e persistente.

—Qual seu nome? —dessa vez, ela nem sequer me encara e olha diretamente para o tal Christian.

—Christian Ross, e você? —ela ainda o encara de forma inquisitória, como se estivesse o avaliando.

—Elisabeth Wood, sou irmã da Isa. —percebo um leve sorriso em seu rosto, o que dificilmente ela faz a qualquer pessoa.

—Cavalheiro, peço que se retire. —corto a conversa dos dois, quero despacha-lo o mais depressa possível.

—Está bem, pense no que eu te propus e se precisar, vá até a mansão Royer. —sua voz segue incerta, parece receio de dizer algo errado para mim. —Antes de eu ir, pode me indicar algum estabelecimento para que eu possa me alimentar?

Artimanhas De Uma Paixão (Série Destinados Ao Para Sempre)Where stories live. Discover now