Capítulo 18: pare de ser uma damnare mentirosa!

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Melissa

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Melissa

Os bilhetes com ameaças não cessaram de maneira alguma depois daquilo. Sinto que estou à beira da loucura, não sei o que querem de mim. Já lhes dei tudo que possuía e isso é tão injusto.

Os dias seguem de forma monótona em meio as minhas lamurias, me pego relembrando das minhas noites pela penumbra de Londres e isso age instantaneamente como um vigoroso remédio em meu núcleo. Sim, é o que preciso! Necessito de adrenalina em minhas veias para ter forças para prosseguir.

Sinto que preciso conversar com o marquês de Brighton, então sigo decidida para o meu armário pegar um chapéu cor creme, irei andando e evitara que o sol cubra meus olhos. Meu traje é esverdeado com algumas pérolas no busto, minhas saias são lisas e em seu extremo que se arrasta pelo chão também estão algumas mais pérolas presentes. Em meus pés coloquei minhas botinas amarronzadas, seu cano vai até o meu tornozelo.

De um instante para o outro Lurdes surge no portal de meus aposentos, eu a olho sem paciência alguma, definitivamente não desejava vê-la.

—Irá sair? Deseja que eu mande aprontar a carruagem? —ela me oferece, mas sinto que estou esgotada ao máximo para fingir dessa vez.

—Eu desejo que você pare de ser uma damnare mentirosa! —maldita em latim.

—Não aceitarei ofensas suas Melissa!

—E quem você pensa que é para esconder a cum da verdade de todos! —porra em latim.

—Eu não escondo nada! —me aproximo da senhora de forma ameaçadora.

—Tem total certeza disso?

—Absoluta! 

—Então Christian sabe o seu verdadeiro parentesco? —seus olhos se arregalam e ela se escora na penteadeira.

—Não! Como soube? —sua voz é amedrontada.

—Claro que não, se não eu não precisaria esconder dele a fatal verdade! —a verdade que domina meus sonhos e pesadelos e que tive de deixa-lo pensar o pior de mim, para o seu próprio bem. —Quer saber como eu soube? Eu lhe contarei então.

Flashback da noite da soirée em Terrified of Geese

Porque ele teve de dizer? Porque radii —raios em latim— ele teve de dizer aquela palavra? Me assento na poltrona presente na toalete, fito descompassadamente a aliança de casamento em um ato feliz.

Um sorriso sincero brota em mim. Não sei se o amo, mas gosto tanto de cada traço seu e de cada atitude em relação a mim. Devo me levantar e deixar de ser uma covarde e dizer a ele que apesar de não saber se o amo, ainda sim o gosto tanto que cada vez que o vejo meu coração ameaça sair pelos meus lábios.

Em um pulo me levanto para ir encontra-lo e ajeitar a confusão que armei, mas ao tentar passar pela porta sou intercedida por uma senhora de meia idade.

Artimanhas De Uma Paixão (Série Destinados Ao Para Sempre)Where stories live. Discover now