Capítulo 6: o meu ponto fraco.

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Caminho pelos corredores, buscando a Srta

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Caminho pelos corredores, buscando a Srta. Carolina. Para saber se a dama, necessita de algum auxílio. Me aproximo do portal duplo, que vai em direção a sacada que tem de vista os jardins extensos. Logo avisto ao longe, perto dos muros laterais, uma sombra que me persegue desde que nasci.

Me encaminho para lá em passos pesarosos. Como eu gostaria de poder agir com esse inescrupuloso, como ajo com os malfeitores, pelas docas de Londres. Mas a insegurança que sinto ao me aproximar desse homem, me desestabiliza.

-Já disse para não vir aqui! -o homem com o olho de um roxo tão intenso, que está mais para preto, gargalha. Seus poucos dentes amarelados, que ainda estão em sua boca suja se mostram a vista.

-O homenzinho não está aqui hoje... -ele se aproxima de mim ameaçadoramente. -Me dê o dinheiro que me negou! Sou o seu pai, eu mando e você, obedece. Seu monstro egoísta!

Congelo pela forma que ele fala comigo, desde cedo fui chamada assim por ele e ao ouvir isso. Sempre sinto a necessidade de controlar as lágrimas e meus sentidos se aguçam.

Sem pedir permissão, ele começa a apalpar minha roupa. Em uma necessidade, começo me debater contra seus toques invasivos, quando algo voa de meus bolsos; o relógio. Eu o olho no chão e tento caça-lo, mas é tarde, pois suas mãos já estão sob a joia.

-Me devolva! -grito alto, tentando alcança-lo. Mas sou interrompida por um chute no joelho, acabo caindo desajeitadamente ao gramado verde. Contenho a vontade que sinto em urrar pela dor agoniante.

Uma terceira voz é ouvida, mas não consigo prestar atenção em muita coisa sobre ela. Tento me levantar, mas a dor em meu pé, arde de forma intensa e eu tombo novamente, só não caio pelas mãos que me seguram pelas axilas. Sinto cheiro de lavanda e então me recordo que Carolina, usa o mesmo cheiro floral.

-Se apoie em mim! -ela diz, fazendo esforço para caminharmos de volta para dentro. -Chamem um médico! -sua voz sai alta ecoa. Penso que se sua mãe a escutou, a essa hora está entrando em sua típica sincope.

Meus companheiros de serviço, se aproximam rapidamente de mim e o mais forte deles me pega no colo e se encaminha para a entrada dos aposentos dos serviçais. Mas uma voz interrompe o passo do homem.

-De maneira alguma, venham. -ela se direciona para a sala de recepções, mesmo hesitando o homem que estou nos braços a segue. -Deite-a no sofá maior e deixe seu pé para cima. -ela se retira momentaneamente, mas sua voz ecoa pelos corredores. -Brinsley, chamou o médico?

Os minutos passam e o médico calvo de meia idade chega, assim como o marquês e sua esposa no cômodo. O médico abre a sua maleta prateada e vários utensílios médicos são vistos pelos meus olhos. Ele remexe em meu tornozelo esquerdo, seu bigode se contorce, juntamente com suas expressões faciais ao me examinar.

-A senhorita teve sorte, por pouco não rompeu um ligamento. -ele me encara, com sua expressão tediosa, de quem já deu esse diagnostico inúmeras vezes. -Use emplastos de ervas em seu tornozelo e o fique o máximo que puder com ele para o alto. Não me esquecendo, tome isso, sempre que sentir dor. -me alcança um pequeno frasco. -É láudano, mas não recomendo que ingira em excesso. -assinto.

Artimanhas De Uma Paixão (Série Destinados Ao Para Sempre)Where stories live. Discover now