Londres, março de 1842.
Christian Francis Ross, um homem que aprendeu desde cedo as dificuldades da vida. O reconhecimento que aguardou pela vida inteira, enfim chegou. Mas com tantas mudanças, surge a vontade de enfim dar sentido e finalmente conta...
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Brenda
Estamos Catharina e eu assentadas bebericando um chá de camomila misturado com leite e de acompanhamento biscoitos de polvilho. Nossas tardes seguem desta maneira a algum tempo, seguimos nossa amizade cheia de interesse, não perco o meu tempo mascarando a relação que temos, pois ela existe somente por um motivo —interesse— e somente isso nos une, nada mais.
—No fundo, eu sabia que você conseguiria separar os dois. —Catharina menciona em meio a um gole de chá.
—Cara amiga, jamais duvide de mim. —meu sorriso se intensifica. —Consigo tudo que desejo.
—Jamais duvidei, saiba que daqui a uns dias irei visita-lo novamente em sua casa.
—Você tem que conquistá-lo. —afirmo. —Ele está frágil pela separação e está mais propenso a erros.
—Espero que dê tudo certo no nosso plano. —assinto. —Não se esqueça de mim quando receber os lucros das ações.
—Você terá a sua parte merecida se fizer seu trabalho da forma correta. —ela me fita de forma irritadiça, mas assente.
Ela é minha comparsa para tomar todas as posses de Christian, meu amado filho. Devo tomar cuidado, pois ela é uma mulher frívola e seus crimes acobertados por meu amado amante estão esquecidos pela sua influência.
Richard —o conde Stanwick — adentra no cômodo e se aproxima de mim, acertando um beijo rápido em minha têmpora.
—Olá querida, do que tanto falam? —meu amor me questiona.
—Sobre Christian e o que iremos fazer. —suas sobrancelhas se arqueiam.
—Algum problema? —acaricio sua mão.
—De maneira alguma, apenas estamos arquitetando de como será. —ele assente.
—Está bem, podemos conversar em particular querida?
—Claro. —me alevanto e fito Catharina. —Se me der licença por uns minutos, minha amiga. —ela sorri falsamente e se recosta no sofá, ela abre seu livro de receitas e começa a escrever.
Enlaço minha mão com a dele e seguimos para o nosso quarto todo revestido em madeira maciça e tons laranja variados.
—O que deseja falar? —o questiono fazendo carinho em suas coxas.
—Já tenho o dia programado para encontra-la e faze-la pagar por mexer com um dos meus. —ele diz de forma irada.
—Vamos faze-la pagar, meu amor. —beijo sua bochecha e aliso suas calças marcadas pela sua ereção.
—Mas antes você tem que pagar algo a mim. —sorri de forma sugestiva e eu retribuo seu sorriso malicioso.
Nós nos fodemos pelo resto da tarde quando pela noite a aldrava soa e nos encaminhamos para o hall de entrada onde o nosso mordomo já havia recebido nossos ilustres convidados.
