Londres, março de 1842.
Christian Francis Ross, um homem que aprendeu desde cedo as dificuldades da vida. O reconhecimento que aguardou pela vida inteira, enfim chegou. Mas com tantas mudanças, surge a vontade de enfim dar sentido e finalmente conta...
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Como bem enunciado o plano, me encontro ir a uma das mansões atrelada ao título do falecido visconde.
Pelo correto a viscondessa deveria perder a autoridade de morar em uma das prioridades de White, pelo fato de não ter dado à luz a um herdeiro, porém, o atual visconde —primo consanguíneo do falecido— permitiu que ela prosseguisse por bondade.
O que não compreendo foi pelo seu ato de bondade com ela, mesmo que houvessem certas suspeitas de seus atos anojosos. Mesmo que ela não mereça bondade alguma, suas atitudes são repulsivas.
Totalmente,repulsivas.
Me aproximo do casarão com pressa e nervosismo, porém, agora eu teria de interpretar um papel desconfortável, mas que necessário.
Toco na aldrava no grande e majestoso casarão, logo um senhor conhecido por mim, com idade avançada se apresenta ao abrir a porta de cor creme.
—Chris! —ele diz surpreso. —Faz anos que não aparece!
—Sr. Paterson! —devolvo o cumprimento com animosidade.
—Veio há que? —seu tom é cauteloso.
—Desejo ver lady Catharina, por gentileza. —digo com um sorriso lascivo nos lábios.
—Mas não se casou recentemente?
—Infelizmente, olhe como ela jogou meu prestigio recém constituído na lama. —sussurro raivoso.
—Fiquei sabendo.
—Pois é.
—Adentre, lady Catharina está em vossos aposentos. —ele abre espaço. —Ainda se recorda da direção de seu quarto ou deseja que eu o acompanhe?
—Me recordo, sim. —sorrio em agradecimento.
Me locomovo para os aposentos da lady em questão, mal toco minha mão cerrada sobre a madeira firme da porta e a abro com lentidão.
Ela está deitada em sua cama grande, envolta por um dossel azulado e rico em detalhes prateados. Seus trajes são quase inexistentes, de uma camisola semitransparente revestida por adornos em rose. Ela levanta o rosto em minha direção e sorri de maneira intensa.
—É você ou uma mera miragem? —sorrio malicia e a vejo sair da cama e se aproximar de minha pessoa.
—Não poderia ser como uma miragem, não sou tão belo para isso. —digo com escarnio. —Então o que lhe resta é se contentar comigo em carne e osso.
—Não subestime vossa beleza, Chris.
—Lembrarei disso da próxima vez. —pisco para ela.
—Fiquei sabendo do que ocorreu a Sra. Ross. —ela diz com ironia.
—Ela jogou meu nome a lama, até tentei defende-la ontem, mas ao ver tantos nobres me escorraçando, tomei a decisão de desquita-la. —Catharina faz cara de manha ao ouvir o que eu disse.
