Christian
Quando despertei de meu sono não vi Melissa ao meu lado e sequer estava no nosso quarto. Depois de banhar-me, saio dos meus aposentos e mal chego para tomar meu desjejum e um criado me entrega um bilhete em uma bandeja de prata, fito o papel e o seguro por entre as mãos. Mal reflito sobre o que leio e saio em disparada porta a fora.
Ao longe solto um grito que ecoa pelo horizonte.
—Selem o meu cavalo com urgência! —digo descendo as escadas e logo o cavalariço se prontifica a realizar as atividades com esmero.
No máximo dois minutos depois ele apresenta meu cavalo selado com perfeição, em um pulo eficaz monto no meu alazão e antes de sair aviso-o.
—Mandem uma carruagem para a casa do médico da família, o mais rápido que conseguirem!
Bato os pés e incito meu cavalo a prosseguir, alguns minutos após fico frente a frente com a casa do médico. Apeio de meu cavalo, deixo-o preso a uma área especifica de atar os cavalos e corro para a porta de entrada e a abro em um estrondo.
—Onde está a minha mulher? —grito em desespero e o médico surge assustado.
—Acalme-se homem! —o médico ajeita seus óculos com o dedo indicador.
—Acalmar é o irrumabo. —caralho em latim.
—Acalmar o quê? —ele me fita de maneira curiosa.
—Uma coisa que Melissa tem costume, mas esse não é o caso. —me aproximo do médico e o questiono de maneira rude e com desespero. —Me diga onde ela está?
—Ela apenas desmaiou e eu lhe chamei por esse motivo. —ele fala com o jeito mais calmo e irritante possível.
—E porque ela desmaiou? —ele abre a boca, mas volta a fecha-la.
—Questione a ela, Sr. Ross. —Gastão abre espaço para que eu passe por ele, assim faço e me encaminho para a sua saleta.
Fito Melissa desacordada sobre a maca, mas percebo que ela tremelica seus olhos em sinal que está prestes a acordar e então me aproximo dela, a toco com delicadeza e ela começa a abrir as suas vistas, mas ao perceber que sou eu ela arregala seus olhos de modo assustado.
—Christian? —ela faz força para se levantar e em uma tentativa com sucesso a ajudo a terminar de se assentar na maca.
—O que aconteceu com você? —questiono a ela de modo preocupado.
Percebo que ela me fita preocupada. Reflito com meus botões sobre o motivo de sua angustia e sinto medo por ela.
Medo de perde-la.
Medo de jamais a vê-la novamente.
Apenas, medo.
—O médico não lhe contou?
YOU ARE READING
Artimanhas De Uma Paixão (Série Destinados Ao Para Sempre)
Historical FictionLondres, março de 1842. Christian Francis Ross, um homem que aprendeu desde cedo as dificuldades da vida. O reconhecimento que aguardou pela vida inteira, enfim chegou. Mas com tantas mudanças, surge a vontade de enfim dar sentido e finalmente conta...