Capítulo 21

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Melissa

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Melissa

Depois que cheguei daquela desastrosa conversa com Christian, para espairecer me prontifiquei a ouvir o que alguns cavalariços diziam e enfim encontrei um caso para que eu trate de buscar. Subo para meus aposentos para me aprontar, vou para o meu armário e de lá caço por entre as mãos um baú mediano e dali tiro algumas roupas, arco e meu alijava cheio de flechas pontiagudas.

A noite se aproxima e eu devo sair somente quando a lua estiver no centro do céu escuro. Visto minhas calças amarronzadas e minha camisa branca —está mais para bege pelos anos de uso—, meu colete do mesmo tom das calças e por fim, minhas botas de um tom escuro que são da altura de meus joelhos. Prendo o alijava em meu ombro de forma transversal, seleciono uma máscara escura e amarro pela volta dos meus olhos castanhos.

Sigo até a sacada de meu quarto, deixo a bagunça que deixei para trás e pulo pela treliça. Meus pés se encontram ao chão gramado, sigo pelas árvores traseiras do jardim e por ali sumo pela noite. Vou ao subúrbio de Londres, ouvi dizerem que há um esquema por lá.

A alguns anos atrás houveram casos de trafico de pessoas para a Austrália, embora tenham apresentado as provas e documentações, ainda sim o esquema se expandia de forma alarmante, porém de maneira diferente e com um novo objetivo. Quem consideravam indignos da nobreza eram espancados e brutalmente assassinados, a prática era pequena, porém depois que o tráfico de pessoas cessou, essa prática de caçar as pessoas e dar a elas um fim aumentou e eu sigo buscando quem seja o comandante. A coroa estava fraquejando e buscando por cessar as atividades desse grupo que se iniciou com o desgraçado do tio de Katherine, se ele estivesse vivo teria o prazer de mata-lo e fazê-lo sofrer pelo que fez com a minha querida cunhada no passado.

Mas quem teria dado continuidade? Eis a questão que corrói minha mente.

Ando por um corredor estreito e úmido, logo vislumbro uma claridade estranha e de lá eu me aproximo em passos cautelosos. Minha mão está sobre o cabo da adaga fria, flechas são a marca registrada da arqueira —vulgo eu—, mas em movimentos rápidos a adaga é de maior serventia para um ataque rápido. O local é fétido e cheio de um muco esverdeado, suas paredes são revestidas por pedras. Ao longe minha audição captura um som semelhante a um gemido, prossigo pelo trajeto apertado e vislumbro dois homens atacando uma senhora com duas crianças.

Eles estão os encurralando contra a ponte do rio Tâmisa o trio de inocentes e nesses cidadãos  indefesos jogam a eles palavras ofensivas. Um dos homens é loiro, suas madeixas brilham contra o reflexo de uma possa d'agua e já outro são tão escuros quanto a noite. Seus respectivos corpos são volumosos e cheios de músculos, o loiro é alguns centímetros mais baixo que o moreno, mas ambos são altos.

Me ajoelho ao chão de maneira silenciosa, apoio minha força na perna direita enquanto a esquerda se mantém a centímetros do chão para dar o impulso necessário para o movimento. Firmo minha mão direita no arco, cada dedo no lugar certo ao corpo do arco. Minha outra mão vai em direção ao alijava que está cheio de flechas com as pontas afiadas com esmero, seguro por entre meus dedos uma flecha aleatória e a posiciono em seguida em conjunto com o corpo e a corda do arco.

Artimanhas De Uma Paixão (Série Destinados Ao Para Sempre)Onde histórias criam vida. Descubra agora