Capítulo 13: não sou o seu querido.

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O dia passa de forma rápida e agonizante

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O dia passa de forma rápida e agonizante. Fiquei encucada pelo resto do dia sobre o que Christian deixou ao ar. O que eu não estaria preparada?

Resolvo passear pelos jardins bem cuidados de Peace Lily. Sinto a brisa do interior em meu rosto, algo tão leve e prazeroso. Tão diferente de Londres, onde as industrias crescem e poluem o ar que respiramos, estragando nossos pulmões.

Sinto falta de ajudar as pessoas durante as madrugadas, mas mal tive tempo nessas últimas semanas e a saudade me abate cada vez mais. Alguns assassinatos e roubos ocorreram, mas nada pude fazer. Estava machucada e envolvida com a minha nova realidade que fui obrigada a deixar essas coisas de lado. Mas assim que me reestabelecer providenciarei novos casos.

Ao longe percebo uma pequena floresta cheia de árvores de vários tipos. A curiosidade me surge, amo a natureza de forma ímpar. Me aproximo de lá de forma alegre e especulativa. A grama esverdeada brilha em junção ao abraço do sol. Os troncos das árvores são grossos, o que indica que vivem aqui por bastante tempo.

Me aprofundo na escuridão que brota e semicerro os olhos para enxergar melhor. Mas em meio aos galhos surge uma luz diferente, que me chama para lá. Me aproximo e um barulho de água corrente que é ouvido e a cada passo que dou o volume aumenta.

Abro passagem pelos galhos e arbustos e fito um dos lugares mais belos vistos pelos meus olhos. Uma cachoeira com água cristalina, as pedras semelhantes a diamantes somente acentuam as cores límpidas da água corrente. O verde intenso em sua volta deixa o local com ar místico.

Uma vontade de tocar a água límpida surge. Movo meus pés com delicadeza em direção a uma pedra acostada na água. Puxo meu vestido para cima e logo removo minhas botas e meias com delicadeza, as ponho ao meu lado. Logo me acento e introduzo meus pequenos pés, descubro ao tocar uma água em temperatura tão deliciosa que me preenche de satisfação. Admiro o céu azulado por entre a folhagem das árvores.

Cerro meus olhos e cheiro o aroma de sândalo que adentra pelas minhas narinas. Arregalo meus olhos em expectativa, olho para os lados esperando vê-lo. Mas o que vejo é uma pequena árvore, com certas folhas avermelhadas. Me alevanto e corto a minha distância com a árvore miúda, toco um de seus ramos e a imensidão do aroma adocicado e com sua porcentagem amadeirada preenche minhas narinas.

Em um impulso quebro um pequeno galho com algumas flores cheirosas, seguro com delicadeza em minhas mãos. Sorrio como uma tola, mas algo em meu intimo não permite que eu fique infeliz —por mais que eu lute pra ser—, algo muda em meus trejeitos quando estou próxima dele e é incontestável a alegria que sinto ao tocar a sua pele, sentir seu aroma e observar seu sorriso.

Olho para o ramo em mão, resolvo fazer uma surpresa para ele. Acho que devo recompensa-lo pela satisfação que foi atribuída ao meu corpo naquela carruagem, mesmo que a satisfação tenha durado até encontrar aquela ladyzinha, não foi suficiente para apagar as boas lembranças.

Artimanhas De Uma Paixão (Série Destinados Ao Para Sempre)Where stories live. Discover now