A ideia de ficar os dias de final de ano sozinha começou a parecer menos tentadora a medida que ela se conectava mais com Gus. Ele estava namorando uma mulher que tinha duas filhas, iria passar o natal com elas, e chamou a irmã. A princípio Giovanna recusou, mas ao olhar ao redor e perceber que ficaria sozinha, a proposta não pareceu tão absurda.
Nero iria para o norte com o filho, conseguiu, com leve intermédio judicial, o direito de passar os dois feriados com Dylan.
Giovanna não queria ficar sozinha.
Aceitou ir até a cidade do irmão no feriado de Natal e Ano Novo. Conversou com ele sobre o recado do pai, e os dois juntos decidiram que não mediriam esforços para achar o homem.
Voltar para DC depois de enfrentar as angustias da jovem Giovanna era diferente. A única coisa que não era diferente era o Agente Nero parado na frente do seu prédio, o celular na orelha, olhando para cima. Giovanna encostou o carro na calçada e ele sorriu logo. Se aproximou do vidro dela, o sorriso charmoso, de canto.
— Feliz Ano Novo. — ele cumprimentou, se inclinando em sua janela.
— Não parece muito feliz já que você está na minha porta no segundo dia do ano.
— Temos um caso.
— Tudo que eu pedi para o papai noel.
— Você está engraçadinha, esse tempo com seu irmão te fez lembrar que é uma pessoa normal?
— Entra logo no carro.
Nero gargalhou, se afastando do carro, ajeitando o sobretudo.
— Deve ter batido a cabeça em Quantico, suas sobrinhas te deram trabalho?
— Não são minhas sobrinhas, e não bati a cabeça. Você não fala coisa com coisa.
Giovanna resmungava enquanto observava o homem entrar na SUV preta. Seu corpo involuntariamente esboçou um sorriso. Tinha sentido falta daquela alma arrogante. Aquele homem que se achava a lei. Não podia deixar de pensar como ele nunca tinha sido capaz de se casar. Ele parecia ser o tipo de homem que queria construir família, era nítido o desgosto que ele tinha por não conviver tanto com Dylan quanto gostaria.
Ela sabia, qualquer dia desses ele arranjaria outra Olívia e se casaria.
A antropóloga pegou a bolsa no banco de trás e saiu do carro, trancando enquanto caminhava para o dele. Estava nublado e ainda tinha resquício de neve pelos cantos da cidade.
Nero ligou o aquecedor e dirigiu para a cena do crime.
— E então? Como foi seu feriado?
— Bom, consegui conversar com Gus e decidimos que vamos procurar nosso pai.
— O FBI vai achar seu pai você querendo ou não, agora que sabem que ele está vivo, ele entrará para a lista de procurados.
— A gente não quer que enrolem para investigar.
Alexandre fez uma curva acentuada que fez Giovanna se agarrar no banco.
— Achei que você dirigia melhor que isso. — ela resmungou.
— A pista está escorregadia. Você deveria me dar mais crédito do que isso, ok? Eu vou achar seu pai, não vou enrolar.
— Meu irmão disse que você falaria isso.
Nero a olhou de canto.
— Está falando muito do seu irmão.
— Foram 15 anos longe dele, eu gosto de tê-lo de volta... meu irmão...
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DU LIEST GERADE
Parts of the Whole
FanfictionUma cética antropóloga forense é colocada para ajudar o FBI na resolução de casos. O arrogante agente se vê obrigado a trabalhar do jeito que ela quer. Quando a razão encontra a emoção, a única solução é proteger o próprio coração.