Giovanna fechou os olhos naquele terreno e não abriu mais. A desidratação, o cansaço, o estresse, tudo contribuiu para que ela sucumbisse à exaustão. Robert reclamava sobre a perna, e os paramédicos o levaram para a ambulância com rapidez. Giovanna foi transportada logo em seguida enquanto Alexandre não sabia se ficava para ver o cativeiro sendo retirado da terra ou para acompanhar as buscas, ou se iria seguindo a ambulância que levava sua parceira.
A resposta parecia óbvia.
Ele sabia bem que ela era a rainha da perfeição e iria querer que ele ficasse. Talvez ele tivesse que desaponta-la mais uma vez. Iria com a ambulância.
Se aproximou de um dos agentes.
— Quero que ligue para a Caroline e peça para emitir o mandato de prisão do Veiga. Quero esse homem preso.
Eram tantas as coisas que precisava fazer, mas só Giovanna estava na sua mente agora. A acompanhou até o Hospital Universitário, assim como Alessandra e Liam também fizeram. Sheron preferiu cuidar de toda a parte burocrática e acompanhar a retirada das evidências do local. Muita coisa tinha que ser feita e ela seria mais útil em campo.
Robert foi direto para o centro cirúrgico a fim de limpar o ferimento em sua perna. Giovanna foi para a Emergência para realização de exames e hidratação. Na sala de espera, Alexandre andava de um lado para o outro, Liam estava atento à porta por onde os médicos entravam e saíam enquanto Alessandra estava sentada, ainda em choque com tudo que tinha acontecido.
— Quer uma água? — Liam perguntou para a amiga, que aceitou.
O celular de Nero tocou e ele atendeu ansioso.
— Chefe, prendemos o Veiga. Quer interrogar? O advogado está a caminho.
— Fala que não precisa, pode deixar ele mofando alguns dias. Não tenho pressa.
— Pode deixar, chefe.
Desligou o telefone e voltou o olhar para Alessandra. Ela estava ansiosa, se aproximou dela. Sentou ao lado dela, tomou sua mão, tocou o cabelo dela. Lágrimas escorriam no rosto bonito da amiga.
— Não foi ele, não é?
— Não acho que tenha sido, mas ele não é inocente, sabe de algo e lucra com isso.
— Precisa pegá-lo, Alexandre. Ele ainda está lá fora, e ele sabe que somos bons, qualquer um de nós pode ser o próximo...
— Eu vou cuidar disso, não se preocupa, está bem? Ele não vai arriscar agora.
— Robert estava tão assustado na ambulância, ele não queria que fechassem as portas porque ele queria ver a luz do dia. — ela deixou a respiração falhar. — Eu não consigo imaginar o que eles passaram, e nem quero.
Liam retornou com a água e Alessandra bebeu devagar. Os próprios olhos de Alexandre arderam.
— Quero que vocês juntem todas as provas, tudo que veio junto com o carro, amostras de sangue e tudo mais. Nós vamos pegar esse cara.
As duas médicas que receberam as ambulâncias saíram pela porta da emergência. Os três se levantaram e esperaram.
— Bom dia, vocês que vieram acompanhando os pacientes do sequestro, certo? — uma delas falou.
— Isso, somos nós, como eles estão.
— Sobre o paciente Robert: o procedimento da ferida foi feito com anestesia e sem intercorrências, ele estava um pouco agitado, mas com as medicações conseguimos tranquilizado. Começamos os antibióticos, e por enquanto ele está na ala de recuperação anestésica.
DU LIEST GERADE
Parts of the Whole
FanfictionUma cética antropóloga forense é colocada para ajudar o FBI na resolução de casos. O arrogante agente se vê obrigado a trabalhar do jeito que ela quer. Quando a razão encontra a emoção, a única solução é proteger o próprio coração.