Washington, DC, Estados Unidos
Ela não estava mais no Smithsonian. De repente, se viu sem sua equipe de ouro, e o governo a realocou. Ela se via sem o pessoal, sem o dinheiro para manter um bom instituto médico legal funcionando. Se via naquelas mesas onde o ralo mal funcionava.
E estava puta.
Queria voltar para seis meses atrás onde tudo estava perfeito.
Sheron fechou o arquivo referente aos ossos de um menino de 6 anos, precisava urgente de sua doutora brilhante de volta.
E para piorar, a entrevista na CNB foi um fiasco. Caroline lhe alertou, e ela já imaginava, mesmo que tivesse sido chamada para falar de lesões em veteranos de guerra, a jornalista só queria falar do menino desaparecido. E ela lhe alertou também que era o Departamento de Justiça estava no seu pé, esperando uma desculpa para lhe demitir e dizer que eram ''corte de gastos''.
Kabul, Afeganistão
Alexandre se recuperava no hospital de base, na capital do Afeganistão. Tiraram a bala de sua perna, lhe hidrataram e sedaram. Ele já sabia como era. Se recupere logo para voltar para a luta. Seu quarto estava quente, aquele lugar mal tinha ventilação. Sua mente ainda estava nublada com as últimas horas, suas últimas lembranças provavelmente o perseguiriam para sempre.
Não deveria ter levado o garoto para aquela missão.
Ele sabia os riscos, deveria ter dado para trás.
Em sua mão, a tag que Parker usava, pendurava junto com a aliança de compromisso.
Já imaginava que a notícia tinha chegado à capital, a essa altura Rebeca já sabia, já chorava, já se preparava para receber o corpo de seu herói.
Alexandre queria ir embora daquele lugar. Queria voltar para seu filho, queria o abraçar, e queria que ele tivesse a certeza de que Alexandre jamais o incentivaria a lutar uma guerra que não era dele.
Uma enfermeira entrou no quarto segurando seu telefone que funcionava apenas dentro de uma rede militar. Só o exército tinha esse número.
— Uma senhora quer falar com você. — a moça falou e saiu.
Alexandre pegou o telefone, estranhando. Provavelmente a mulher só se confundiu.
— Nero. — ele se anunciou, e a voz do outro lado o pegou de surpresa.
— Tem que voltar para casa agora.
— Que? Caroline? O que você está fazendo com esse número.
— Não importa, sua amiga Sheron vai perder o emprego e a reputação se você não voltar para casa agora.
— Caroline, ela é a melhor legista da cidade.
— Pois é, então junte suas coisas e venha para cá logo.
Fernando de Noronha, Brasil
Liam ouvia atentamente as palavras da mentora enquanto ela explicava para ele e outros estagiários tudo que seria feito a seguir na pesquisa deles. O outros professores ouviam e concordavam enquanto a antropóloga lhes ditava as técnicas que deveriam ser usadas.
— É incrível como ela sabe de tanta coisa. — Liam ouviu a namorada sussurrar ao seu lado.
Paola tinha os olhos vidrados em tudo que a mulher falava, e ele riu levemente. Já teve esse mesmo olhar, endureceu com todas as broncas que já levou. Claro, Giovanna continuava sendo sua maior inspiração.
![](https://img.wattpad.com/cover/355989086-288-k488060.jpg)
YOU ARE READING
Parts of the Whole
FanfictionUma cética antropóloga forense é colocada para ajudar o FBI na resolução de casos. O arrogante agente se vê obrigado a trabalhar do jeito que ela quer. Quando a razão encontra a emoção, a única solução é proteger o próprio coração.