3x02: the sun will rise

556 41 15
                                    


A verdade era uma só: a vida a dois era difícil demais.

Ela estava com três meses de gestação, a barriga não aparecia para ninguém, e por isso, ainda não contaram para ninguém. Agora que o período de risco havia passado, pensavam em como fariam isso, mas só tinha uma coisa que ela conseguia pensar agora. A maldita mala de hóquei dele no  meio do corredor daquele apartamento dele que já era bem pequeno. Respirou fundo depois de ter chutado algum  aparato duro dentro daquela bolsa, caminhou para a cozinha, onde o encontrou mexendo a massa da panqueca. De camisa branca e cueca, o suporte da arma marcando os ombros. Ele estaria perdido se não fosse tão gostoso.

— Acordou, que bom, já estou fazendo seu café da manhã. — ele falou assim que a ouviu entrar na cozinha.

Giovanna sentou na bancada,já colocando um copo de suco para ela. Tinha passado a aceitar melhor os alimentos depois  de algumas semanas, e de  certa forma agradecia a licença maternidade de Alessandra. A artista jamais deixaria passar suas idas constantes ao banheiro perto da hora do almoço.

— Você deixou sua bolsa de hóquei no meio do corredor de  novo.

— Deixei? Desculpa, acho que  esqueci.

— Você é bem esquecido para um federal.

— Ei! Só deixei uma vez  essa semana.

— Pela terceira semana consecutiva enquanto estamos na sua casa. Seu lugar  é minúsculo.

— Concordamos em nos dividir por apartamento semanalmente. Foi sua ideia.

— Eu sei, e não devo estar pensando direito.

Alexandre deu a volta no balcão depois de tirar todas as panquecas do fogo.  Colocou o prato na frente dela, mas tocou o rosto macio para que ela o olhasse.

— O que foi?

— Quando eu estiver enorme  e sem senso de gravidade, como vamos  ficar nesse apartamento minúsculo?

— EStá dizendo que quer morar comigo?  — ele perguntou com um sorriso de canto.

— Pensei que tivesse me dito uma vez que não moraria na mesma casa se não estivesse casado.

— Uau, só fica melhor. — ele falou com mais charme.

Ela sentiu o efeito entre as pernas.

— Está pedindo para casar comigo? — ele perguntou contra a boca dela.

Giovanna deu um  salto para trás, quase caindo da banqueta se não fosse ele a segurando pela cintura.

— Lógico que não.

— Parece que está.

— É lógico que não, você que acredita nessas coisas.

— É verdade, é verdade, mas... é você que vai pedir para se casar comigo.

Ele falou tão convencido, tão cheio de si que por um instante até Giovanna acreditou nisso. Seu coração acelerou com a ideia, e sua mente divagou em cenários até ela cair em si e dar risada.

— Dê risada, eu sei que é verdade. — ele falou, voltando a atenção para a cafeteira.

— Você deve ter ficado maluco mesmo.

O jeito como ela falou, a pele radiante, algo nela o descontrolou e ele rapidamente se voltou para ela, puxando seu rosto para um beijo profundo. Suas mãos descerem pela frente de seu corpo até roçarem como os mamilos duros contra a camiseta que ela usava. Giovanna gemeu alto contra sua boca, seu corpo tão sensível pela gravidez era a coisa mais deliciosa de todas.

Parts of the WholeOù les histoires vivent. Découvrez maintenant