3x04: crack the code

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Robert olhou para aquela coluna como se tentasse decifrar um código. Wendell esperava pacientemente.

— Será que posso limpar os ossos agora?

— Escuta, o assassino não reordenou 24 vértebras por diversão. Isso só pode ser um código.

O antropólogo respirou fundo.

— Continuando... T7... C4, que também teve o processo transverso direito retirado.

Quando anotou toda a ordem, Robert foi para a sala da esposa. Jogou no telão dela a sequência e ficou encarando por alguns minutos. Alessandra logo que entrou percebeu que algo não estava certo, o marido dificilmente ficava com aquela cara de conspiração nos últimos casos. Ele estava tenso, como se estivesse em alerta com algo que ainda não soubesse.

Separou número, separou letras, transformou números nas letras do alfabeto, fez inúmeras combinações.

— Nem sei o que eu deveria estar procurando. São números ou palavras?

— Não se preocupe, querido, nós vamos conseguir.

— Pode ser algo do governo, Alê. Algo importante. Olha onde os restos foram encontrados, olha o trabalho que esse assassino teve, fora o conhecimento técnico para conseguir fazer tudo isso. É bizarro. E se contarmos o número de caracteres?

Alessandra olhou para a tela e respirou fundo, clareando a mente.

— São 48 no total, contando números e letras repetidas e 13 se não contar. O que tem 13 dígitos?

— Um código a ISBN, sabe? Da biblioteca nacional? E se for alguma mensagem em algum livro?

— Números da ISBN são só números, 3 dígitos são letras.

— Podemos agrupar os números pelas cordas de mesma letra...

— Você está chutando as coisas, você nunca chuta nada, está enlouquecendo, talvez devesse ajudar Wendell com os ossos.


Caroline sentou na cadeira na frente do federal e jogou sua pasta em cima da mesa do homem, pouco se importando com o que quer que fosse. Estava cansada e só queria ir para casa ficar com seu marido, assistindo algum programa de entrevistas qualquer. Mas o agente bonitão tinha algo para mostrar, atrasando sua vida um pouco mais.

— Eu fui até onde o cara disse que tinha um ponto cego. — Nero falou, tirando um pacote de evidência do bolso do paletó.

— Me diga que achou uma habilitação, qualquer coisa com um nome.

— Tinha só isso.

Caroline olhou para a caixa de drops de menta e tentou não revirar os olhos.

— Certo, o cara tem mal hálito, e agora, dentista?

— Não, olha só. — Nero tirou a caixinha de metal da sacola, abrindo, mostrando uma conexão de pequenos fios vermelhos. — É um laser caseiro.

— Está me dizendo que essa coisinha ordinária conseguiu desativar as melhores câmeras da cidade?

— É, o cara parece ser bom.

— Ótimo, estamos falando sobre um gênio que odeia o FBI. Vou tentar achar uma lista de todos os hackers que o FBI prendeu nos últimos dois anos, vamos ver o que podemos fazer.

— Procure pelos últimos 5.

Caroline sorriu e concordou.

— O Nerozinho está a caminho, achou a casa?

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