1x10: the priest in the criminal

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Fred lia o jornal em silêncio. A cafeteria já estava barulhenta demais. Na segunda página do Washington Post, o rosto de sua filha era o que chamava sua atenção. Ela não sorria, se limitava a uma mínima expressão facial amigável, segurava seu livro.

Autora se surpreende com o sucesso repentino: ''nunca pensei que as pessoas poderiam se interessar pelo mundo dos crimes, mas a justiça está no imaginário da nação.''

O homem sorriu, orgulhoso, trazendo a xícara de café quente até a boca. O sol da manhã, tímido, clareava o ambiente, e as pessoas da pequena cidade já começavam a se dirigir aos seus empregos. Vidas comuns como a que ele começava a viver antes de tudo isso começar.

— Bom dia, padre. — Joane o cumprimentou com um sorriso. — Mais café?

— Claro, obrigado.

— É verdade que o senhor vai se ausentar por uns dias? Acredite, a missa no domingo vai ficar vazia sem o senhor.

Fred balançou a cabeça com um sorriso.

— Não diga isso, filha. A casa do Senhor tem que estar cheia sempre.

— Sabe como é, padre. A cidade toda fala 'ninguém fala sobre a palavra de Deus como Padre Russ'.

— O povo que está mal acostumado, estão há muito tempo comigo, já se acostumaram à minha liturgia.

— Está pensando em sair da paróquia?

— Isso não sou eu que decido, e sim Ele. — Fred aponta para cima, se referindo ao todo poderoso.

— Que seja só uma pequena viagem.

— É, não se preocupe, são assuntos de família.

O tempo nublado não fez com que Dylan quisesse ficar mais tempo na cama, infelizmente. Alexandre foi acordado pelo barulho alto de TV na sala, e pela musiquinha ele já sabia que o filho estava assistindo Tom e Jerry. Respirou fundo, passou a mão pelo rosto. Saiu da cama depois de rezar um pouco, foi direto para o banheiro.

— Papai?

— Já acordei, amigão. Já vou preparar nosso café da manhã.

— Vamos andar de bicicleta! — o menino falou animado, e pela voz, Nero sabia que ele já estava na porta do banheiro.

Alexandre abriu a porta e se deu de cara com o sorriso do menino. Os olhos azuis brilhavam de animação, mas o cabelo todo bagunçado era o que dava a graça. Pegou o filho nos braços como se ele pegasse nada. A risada infantil encheu seu apartamento quente, deixando ainda mais agradável estar em casa, e não no inverno lá fora.

Caminhão com o guri até a cozinha e o sentou na bancada.

— A regra vai ser o seguinte, soldado: primeiro café, depois banho, depois vamos cortar seu cabelo, prometi isso a sua mãe, e só depois podemos ir para o Mall, certo?

— O dia vai acabar!

— O dia dura bastante, fique tranquilo. É uma ordem, soldado. — Nero falou meio brincando e meio sério.

É claro que tinha vontade de fazer todas as vontades do filho quando ficava com ele, era um verdadeiro milagre Catherine estar respeitando os finais de semana designados. Se ela lhe pedia para levar Dylan para cortar o cabelo ou comprar um sapato, é óbvio que obedeceria.

Preparou o café da manhã, separou as uvas no pratinho, deixou Dylan comendo enquanto preparada sua própria refeição. Ovos e bacon como um bom americano sem plano de saúde faria.

Parts of the WholeWhere stories live. Discover now