2x08: gio's nightmare

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Giovanna observou como ele saiu da sua sala tal qual um furacão. Ela terminou a ligação com Mário, jogou o aparelho em sua mesa, passou as mãos pelos cabelos. Que inferno. Seu corpo estava quente por ter sentido um pouco do calor de Nero, e ela queria se odiar por isso.

— Vi um certo federal saindo daqui bem nervosinho. O que aconteceu?

A voz de Alessandra a trouxe de volta dos pensamentos mais insanos e profanos e de intimidades tão indecentes.

— Nada de mais. Lembra daquele meu amigo?

— O marinheiro gostosão? Como esquecer.

— Me encontrei com ele durante a viagem, e ele agora está em DC, vamos jantar.

O sorriso que brotou no rosto de Alessandra poderia ser proibido em cinquenta países. 

— Me diga, por tudo que há de mais sagrado, que é por isso que Alexandre saiu daquele jeito. 

Giovanna evitou olhar para a amiga naquele momento. É claro que ela entendia o ciúme, afinal, ela era a prova viva daquilo todos os dias que Nero falava sobre Lívia. A grávida, porém, não se dava por vencida, se aproximando mais da amiga e a balançando pelos braços. 

— Isso é um bom sinal! Ele está acordando! 

— Ficou maluca, Alessandra? Acordando para o que? 

— Para você! Se ele está sentindo ciúme é porque ele sente algo. 

— Eu achei que você era contra ele. 

— Eu sou contra ele com aquela mulher, não com você. 

— Você já está fazendo confusão de grávida, isso sim. 

— Nada disso, não me diga que não gostou de ver como ele ficou só de você estar cogitando estar com outro homem. 

— Eu não vou usar o Mário para isso, ele é um bom amigo, e eu gosto dele. 

Alessandra ficou mais séria naquele momento, concordando com a amiga. 

— Sim, tem razão. Mário não é um brinquedo, mas o seu coração também não, e essas coisas são inevitáveis. Alexandre te ama, ele sabe disso, e eu não sei o que ele está fazendo com a Lívia, honestamente. Você o ama, e eu entendo seu lado de querer seguir em frente... e se sente que Mário é uma pessoa...

— Podemos parar de falar sobre isso? 

De repente a noção de que talvez tivesse que se contentar com a segunda melhor opção parecia dolorido demais. Se ela fosse honesta, se  permitisse viver isso com o marinheiro, sabia que não teria arrependimentos, mas ficaria eternamente presa no 'e se?', e isso matava mais do que qualquer coisa. 


Sheron olhava o artigo e se perguntava se aquilo deveria continuar. Nos últimos meses, a medida que estudava sobre os militares, se via mais e mais envolvida naquilo. Eram homens e mulheres de seu país que além de dar a vida na guerra, viviam com as sequelas também. 

A pesquisa avaliar o comportamento de soldados após um ano ou mais de guerra, tendo em considerações soldados que não sofreram nenhum grau de traumatismo craniano. 

O presente estudo observa que o comportamento inseguro aumenta a medida que o indivíduo se sente com mais medo da realidade. A presença de respostas curtas a fim de esconder a verdadeira angustia se torna comum. Tem-se em mente que muitos veteranos podem apresentar sintomas físico tais como: insônia, zumbido, palpitações, sudorese, inquietação. Com relação aos sintomas emocionais, é comum: ansiedade, depressão, síndrome do pânico. 

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