capítulo 26

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Leonardo Siqueira 💪🏾

Soltei a fumaça do baseado deixando a onda me dominar por inteiro. Final de semana e a comunidade da como? Naqueles pique, pô. Vai ter jogo dos menor quatro horas e eu tô só marolando aqui na laje pensando se eu colo lá ou não.

Passei a mão na barriga e me levantei da cadeira me encostando no parapeito tento aquela visão monstra do morro. Abaixei a cabeça e meu olhar caiu na Luanne e a Camila saindo da casa delas com um carrinho de bebê.

Camila tá vestida em um vestido preto curto, Guto vai surtar cabuloso quando ver. Já a Luanne, ela está em um pedaço de pano que as minas dizem que é cropeed. E um short que cada passo que ela está dando, sobe um pouco.

Siqueira: Já já vai ficar nua nesse short, Luazinha! - Elas olharam para cima e eu sorri tragando meu baseado logo em seguida.

Luanne: E o pulmão, Siqueira? Já foi ver se presta ainda? - Soltei um riso com a fumaça.

Siqueira: Cadê a Mel? Tá dormindo?

Ela concordou arrumando o cabelo.

Siqueira: Vão pá onde?

Camila: Fazer comprar.

Siqueira: Mercadinho de cima tá fechado, pô.

Luanne: Nós sabe. Nós vai no debaixo mermo.

Siqueira: Nesse sol quente? Com a menina? Ta maluco?!

Camila: Não temos carro igual vocês, lindão! - Soltei um riso pelo nariz

Siqueira: Vão na minha moto, pô. - Arrumei a blusa no ombro.

Luanne: Vai deixa nós no toque mermo?

Siqueira: Se ela voltar inteira tá mec.

Luanne: E nós?

Siqueira: É o de menos. - Ela mandou dedo e eu ri.

Siqueira: Segura aí!

Desci da laje em um segundo. Abri o portão de casa saindo e dei de cara com elas na calçada.

Siqueira: Pega. - Estiquei a chave da moto.

Camila: E a nenê?

Siqueira: Eu fico de olho, pô.

Luanne: Siqueira...

Camila: Vai ser rápido, Aninha.

Luanne: Tem certeza? Siqueira?! - Concordei. - Qualquer coisa você liga, tá bom?

Assenti.

Siqueira: Consegue tirar a moto daí de cima? - Me referi a calçada. Elas negaram e eu fui fazer o bagulho. Mandei Luanne subi e logo a Camila fez boa. Luanne ligou a moto e o arrependimento veio quando a menina saiu voada depois de dizer que não demorava.

Entrei com o carrinho de bebê pra dentro de casa escutando o latido do Angel.

Siqueira: Se liga, Angel! Garota tá dormindo, pô. - Entrei pra dentro de casa. Me sentei no sofá arrumando o carrinho que tava todo coberto. - Ih... Toda enrolada, pô. Tua mãe deve ser maluca, pô. Deixa tu nesse calor enrolada? Tá maluco!

Peguei ela e coloquei no sofá. Desenrolei ela de um pano roxo.

Siqueira: Fica aí. - Me levantei e andei até a porta fechando e ligando o ar condicionado. Logo foi para cozinha atrás de algo para comer.

Os minutos foram passando, eu comi, assitir e logo fui jogar FIFA. Ainda sentado no chão, continuei enquanto a garota dormia no sofá calmante.

Olhei no relógio e pude ver que já eram quatro da tarde. Me levantei e piei para o banheiro, onde tomei um banho rápido e logo fui me traja.

Quando terminei, a garota tinha acordado e tava toda esperta no sofá. Peguei ela no colo e coloquei no carrinho.

Siqueira: Tua mãe é uma mandada. Deixou nós aqui e sumiu. Bora dá um rolê, piveta. - Sair de casa com ela, arma na cintura, blusa no ombro e o celular na mão.

Fomos em direção ao campinho onde os menor vai jogar. Pelo o caminho, comprimentei algumas pessoas e sentia vários olharem sobre mim.

Desbloqueei meu celular e entrei no whatsapp. Mandei mensagem para Luanne dizendo onde estava e pedi para ela trazer minha moto pra cá.

Logo cheguei no campinho onde está lotado de gente. Andei até os caras que logo começaram a zuar.

Ladrão: É pai e nem contou pá nós, pô? - Nem rendi.

Sandro: Iai, parceiro. - Fiz toque com ele. - Tá de babá hoje?

Siqueira: Só por algumas horinhas.

Guto: Oxe, tá fazendo o que com minha filha?! Oi, papai... O que tu tá fazendo com esse louco? Cadê tua mãe? - Pegou a menina no colo que resmugou. - Se liga, Mel.

Siqueira: As doidas foram fazer compras com minha moto.

Samaritano: Que isso, pô. Deu essa satisfação mermo pra mina? Tu não empresta a moto pra ninguém, mó ciúmes.

Siqueira: Luanne já pilotou uma vez, garota manja no toque.

Fiquei ali de marola com caras. Logo o jogo começou e eu e os caras que não iria jogar formos atrás de um lugar pra sentar.

Cerca de cinco minutos escutei o estrondo da minha motoca. Procurei com o olhar e logo achei.

Luanne encima da minha R1 com a amiga na garupa. Pessoal tudo com os olhos vibrador em cima delas, mas pô, posturadas! Luanne estralou a nave fazendo um barulho deixando o pessoal louco, principalmente os menor que mandava ela corta giro.

Soltei um riso.

Logo a garota parou a moto atrás de nós. Camila desceu e foi atrás do Guto que observava de longe. Luanne veio na minha direção e eu só observei seus passos.

Luanne: Aqui. Está inteira, pô.

Me entregou a chave da moto com um sorriso no rosto.

Samaritano: Que isso, em... Parou o jogo, Luanne. Tem meu respeito...

Ela riu e se sentou do meu lado.

Desviei o olhar para o carrinho a minha frente que eu balançava com o pé.

Minhas Memórias Where stories live. Discover now