capítulo 71

2.6K 189 1
                                    

Luanne Araújo 📖

Malote: Como ele está? - Ergui a cabeça e pude ver ele entrar ao lado de nada menos, nada mais que minha mãe.

Guto: O que ela tá fazendo aqui?! Quem deixou ela entrar?!

Malote: Ou! Calma aí, ela só tá me acompanhando.

Camila: Pois bem, ela vai te acompanhar lá fora. Anda, sai daqui!

A mulher que eu chamo de mãe riu.

Silvania: Que lindinhos! Vejo que continuam o mesmo grude antes.

Camila: Tira ela daqui!

Ratinho: Ou! Se acalma, pô...

Camila: Eu juro por tudo que se essa mulher não sair eu mesmo tiro!

Malote: Silvana, espera lá fora.

Silvania: Não vai vim comigo?

Malote: Não... Quero saber sobre o Siqueira.

Silvania: Ah, me poupe, Marcos! - Olhei para eles na hora. - O cara tá bem e mesmo que não fique, o que vai mudar na sua vida?! Traficantezinho! Se soubesse fazer o trabalho direito, não estaria morrendo!

Luanne: O que ela ainda está fazendo aqui dentro?

Ela me olhou, Silvania sorriu e cruzou os braços.

Silvania: Quanto tempo, em... Faz o que? Um não... Vai fazer dois? Sei lá! Mas aí, como tu tá? Vi que engordou em... E a criança? Tá a cara do pai!

Ela riu e eu me levantei.

Luanne: Sai! - Gritei. - Sai agora!

Malote: Calma! Ou!

Luanne: Calma é o caralho! O que você tem na cabeça, porque trouxe ela aqui?! Com certeza você sabe que essa mulher não é bem-vinda em nem um lugar! Eu quero ela longe de mim! Longe! Tira ela daqui! Gustavo! Tira ela daqui!

Silvania: Vai a merda sua puta! Não sei porque esse ódio todo pra cima de mim! Eu sou sua mãe, cadela! Eu te criei! Eu cuidei de você! E é assim que você me trata!

Luanne: Você não deveria se considerada mãe! Você me deixou! Me abandonou! Me largou! Quando eu mais precisava de você, você virou as costas para mim! Você não é minha mãe! Que Deus me perdoe, mas eu te odeio! Odeio!

Silvania: Eu sabia... Deveria te deixando que tirasse aquela criança! Talvez você não se tornasse a pessoa ingrata e nojenta que é!

Luanne: Nojenta?! Ingrata?! Você é uma pessoa baixa! Você abandonou a própria filha tpda machucada! Não acreditou nela! Eu! Eu! Eu! Eu sou a filha que você abandonou! Eu sou a garota que foi estrupada! Eu! E o que você fez?! Disse que era tudo mentira! Me expulsou de casa e saiu falando pra todo mundo que eu era uma prostituta que seduziu o filho do pastor!

Guto: Vaza! - Ele segurou o braço da mulher e saiu empurrando ela que gritava.

Malote: Guto...

Guto: Fica na sua! Essa porra é meu marro, minha casa! E eu não quero essa vadia aqui dentro! - Malote saiu atrás deles e eu me sentei no sofá chorando.

Camila: Luanne... - Ela me abraçou.

Luanne: Porque isso agora, em... O que está acontecendo?!

Camila: Tenta se acalma, Luanne. Siqueira precisa de você...

Comecei a chorar mais ainda.

Luanne: Eu sabia que deveria te indi atrás dele... Sabia! Que tola! Que burra eu sou! Agora ele está lá dentro...

Camila: Isso não é culpa sua, amor... Siqueira é forte, ele vai sobreviver.

Luanne: Eu não quero perde-lô! Eu o amo! Eu não posso... Camila, está doendo tanto!

Camila: Vai fica tudo bem... Calma...

(...)

- Ele está bem, só preciso ficar de repouso por um bom tempo! Apesar de ter perdido muito sangue, ele vai ficar bem.

Guto: Valeu aí por salvar a gente mais uma vez, Alicia...

Alicia: Quando precisa estamos aí... - Ela sorriu fraco. - Quem vai cuidar dele?

Luanne: Eu...

Alicia: Vem, vou mostrar alguma coisas necessárias que vai te ajudar muito. - Segui ela até o quarto e meu coração se apertou de ver ele cheio de fios, sangue seco e algumas partes do corpo. Ela começou a me explicar algumas coisas e eu observava calada.

Guto tem um quarto cheio de aparelhos de medicina, tipo uma sala de cirurgia. Quando eu vi pela primeira vez fiquei impressionada, achei que era desnecessário isso, mas agora...

Alicia: Não precisa ter medo, Siqueira está bem. Se ele se cuidar direitinho, não fazer esforço e segui tudo que eu disse, logo, logo vai está aí andando como se nada estivesse acontecido.

Luanne: Desculpa a pergunta, vocês se conhecem?

Alicia: Não é primeira vez que eu lido com o Siqueira nessas situações. - Ela sorriu lado e logo voltou a me dizer outras coisas.

Minhas Memórias Kde žijí příběhy. Začni objevovat