Capítulo 44

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Leonardo Siqueira 💪🏽

Luanne tem a mão pesada demais, pô. Papo reto, sem zueira. Depois do tapa que levei nas costas, sair pra ir atrás de água. Quando voltei, Luanne conversa com o Samaritano.

Senti minha respiração falha e travei o maxilar.

Biel: Ae, tem uma mina te chamando ali, oh. - Bateu no meu ombro e eu olhei. - Garota tá perguntando se tem chance.

Olhei para frente, e a Luanne me olhava com seus olhos claros e a bochecha corada pelo o fato de ter sorrindo para mim. Nem parece a meninas de minutos atrás de batendo.

Siqueira: Deixa pra próxima. - Ele concordou e eu sair indo na direção do pessoal. Quando cheguei perto do carrinho de bebê, entreguei a garrafa de água para a Luanne que pegou já bebendo.

Peguei minha blusa jogando no ombro. Mel está brincando com meu relógio, enquanto o meu celular está no colo da Luanne.

Apoiei minhas mão no seu joelho e me inclinei na sua direção, peguei o celular e logo me afastei. 

Malote: Ae, temos que bater um papo.

Concordei.

Siqueira: Subi lá em casa pra tomar banho e já desço pra boca. - Ele concordou.

Malote tá passando alguma dias aqui na Maré, o velho tá sendo caçado e tá se escondendo aqui na casa de uma nega aí.

Siqueira: Vai subir comigo? - Chamei a atenção de Luanne. Ela olhou para a Camila que mexia no celular.

Camila: Pode ir,vou subi com o Ratinho pra casa da tia. -  Ela se levantou e beijou a afilhada. - Cuidado... Beijos pra vocês.

Luanne: Cuidado, fala que mandei um beijo pra ela. - A garota concordou e saiu passando pelo o Guto que só encarava a menina. Olhei para a Luanne que se levantou arrumando a saia curta. Olhei para a o Samaritano que deu aquela olhada.

Siqueira: Tá sujo? - Perguntei pra ele que me olhou. Abri um sorriso em deboche vendo a Luanne arrumar o carrinho.

Samaritano: Relaxa, irmão...

Balancei a cabeça.

Siqueira: Bora. - Luanne saiu se despedindo de todo mundo, mas nem dei ousadia. Garota saiu na frente e eu só arrumei a pistola e fui atrás dela. Tampando a visão dos caras mermo. 

O caminho pra minha casa foi suave. Ao chegar no portão, entramos sem dizer nada. Meu cachorro tá na coleira pra lá, então tá suave. Entrando dentro de casa e eu joguei as chaves na mesinha, coloquei a pistola no raque e me sentei no sofá cansado.

Siqueira: Fica a vontade...

Luanne: Sua casa é bem bonita. Grande até... - Ela se sentou no sofá e eu olhei para ela que tirava a Mel do carrinho.

Siqueira: Né minha não, tô com ela só por enquanto. - Me levantei.

Luanne: Como assim?.

Siqueira: Tô aqui por enquanto que o Filipado ta na cadeia, pô. Quando eu tirar ele de lá, vou meter o pé. Fico aqui não...

Andei até a cozinha.

Siqueira: Quer alguma coisa? - Gritei da cozinha abrindo a geladeira.

Luanne: O que quer dizer com o: " Vou meter o pé" ? - Olhei para trás vendo ela ali, com a nenê no colo. Luanne tinha curiosidade nos olhos.

Tirei um refrigerante da geladeira colocando na mesa. 

Siqueira: Só vim pra cá por causa do Filipado. Cara tá preso a cota e nada, tendeu? Guto tava todo carregado com os bagulhos e Malote achou melhor eu, o afilhado do velho, ficar por enquanto aqui.

Luanne: Que?! Você é afilhado do Filipado... - Sorri de lado e peguei dois copos colocando na mesa e enchendo.

Siqueira: Sou.

Luanne: Você nunca me disse isso.

Siqueira: Você nunca perguntou. - Entreguei o copo para ela que ficou olhando alguns segundos para minha mão. Ela pegou e sorriu de lado se virando.

Olhei para para sua bunda e logo a segui até o sofá. Luanne sentou colocando a Mel no tapete no meio dos seus pés, o que era difícil a garota cair.

Luanne: Mas alguma coisa que eu preciso saber? - Ela riu. -  Sei lá... Você tem um filho?

Brincou. Olhei para a Mel e todas as lembranças vieram atonar. Os mini flashback me deixaram meio tonto.

" Clara: A gente vai casar! Ter vários filhos! - Pulou em cima de mim e eu ri. "

" Siqueira: O que quer dizer com isso? - Perguntei sem entender, vendo ela sentada no chão do banheiro. Chorando. "

" Clara: Podemos ir comer ali? Tô morrendo de fome. - Concordei. Olhei ao redor e sentir um bagulho estranho. "

" Clara: Eu estou grávida! A gente vai ter um filho! - Falou chorando e eu paralisei. Olhei para ela que tinha uma caixinha em mãos e soltei um riso. - Parabéns, papai! "

" Clara: Leonardo... O que fizeram com você?! Você tá todo machucando! De novo?! "

" Siqueira: Deixa ela fora disso... - Falei puto olhando para o cana que riu. "

" Clara: A gente perdeu... A gente... - Ela começou a soluçar. "

" - Clara não está em uma situação boa, Siqueira. Espero que tenha mais cuidado com ela. "

" Clara: Porque você tá agindo assim comigo?! - Gritou e a encarei calado. - Porque?! Me responde! Porque?! O que eu fiz de tão errado!"

"Siqueira: O Leonardo morreu, Clara."

Siqueira: Não. Eu não tenho.



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