capítulo 68

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Luanne Araújo 📖

Voltamos à festa como se nada estivesse acontecido. Ao entrar, caminhamos até nosso bonde.

Siqueira: Cadê Sandro?

Ratinho: Saiu pra resolver um bagulho aí. Vocês não ouviram barulho de tiro não?

O tiro...

Olhei para o Siqueira que riu e negou com a cabeça.

Siqueira: Vou atrás dele, senta aí. - Sentei ao lado da Camila e o Siqueira saiu indo atrás do Sandro.

Camila: Tá toda feliz, porque? Tu deu né, safada...

Neguei com a cabeça rindo.

Luanne: A gente só foi ver a vista do morro e conversar sobre nós dois. - Levantei a mão com aliança e ela abriu a boca.

Camila: Caraca... É linda!

Luanne: É, né. Mas aí, cadê Jaqueline?

Camila: Saiu atrás de bebida. - Concordei.

Logo Siqueira voltou, a festa continuou até seis da manhã. Pessoal foi embora e os nós continuamos aqui,  só sei que eu fui dormir às duas da manhã aqui na casa do Sandro mesmo. Pelo o que eu tendi, não tem como irem para pista, tá cheio de polícias e vai dá merda. Não sei que horas o Siqueira veio pro quarto, só sentir ele me abraça e assim nós dormiu.

Acordei por volta das dez da manhã, casa tava um silêncio, parecia até que não morava ninguém aqui. Desci as escadas e fui até a cozinha onde encontrei uma mulher.

Luanne: Bom dia...

Ela me olhou e abriu um sorriso.

- Bom dia! Você deve se uma das convidadas do Sandro. - Concordei. - Sou a Tânia, cuido da casa.

Luanne: Assim, claro...

- Bom, dezudi que iriam acordar tarde por isso estou começando a fazer o café da manhã. - Ela colocou uma vasilha na mesa cheias de pão de queijo. - Quer?

Luanne: Por favor...

Murmurei e ela riu.

Peguei um pão de queijo.

Luanne: Você sabe onde tem um mercadinho perto? Ou onde é a comercial? Preciso comprar algumas coisas de higiene pessoal...

Tânia: Bom... Tem um mercadinho virando a rua aqui de baixo. Mas... Recomendo ir na principal. Vai de pé?

Luanne: Não... Vou pega a moto de algum dos meninos. - Ela concordou.

Tânia: Olha, você vai descer a rua e depois... - Ela começou a explicar para onde deveria ir, e eu fiquei atenta para não te chances d me perder. Agradeci ela e fui atrás do meu celular, peguei junto com a chave da moto do Siqueira. Olhei para cama e soltei um riso pela forma desengonçada que ele dorme.

Logo estava na garagem, onde está cheia de motos e um carro. Tânia abriu o portão e ela me ajudou a tirar moto. Logo subir e ela me explicou mais um vez e eu meti pé atrás da principal.

Comemorei quando acertei de primeira, agora é só eu não esquecer de voltar. Primeiro passei na drogaria, onde comprei remédio para dor de cabeça e ressaca, escovas de dentes e algumas coisas necessárias para mim e as meninas. Logo parei em uma lojinha de roupa. Comprei um calcinha pra mim, e pra meninas e no final, comprei três vestidos para gente.

Nathalia: Luanne?! - Olhei para trás e sorri ao ver ela e a Clara. - Que surpresa, menina! O que faz aqui?!

Nos abraçamos.

Luanne: Dormir na casa de um colega com uns amigos meus. Estava tendo festa e como acabou tarde, resolvemos dormir por aqui.

Peguei as sacolas.

Clara: Festa?

Luanne: Sim, o Sandro.

Nathalia: Ah... O dono do morro. Que isso, em! Andando só com os dos pentes altos! - Ela riu e eu neguei rindo.

Luanne: Que isso! - Ri. - Nem ia vim menina, mas o Siqueira fiz tanto, aí eu me dei de convencida e parei aqui.

Elas concordaram e eu percebi o desconforto da Clara. Me senti um pouco estranha por ela está me encarando tanto, como se quisesse me perguntar algo ou fala algo.

Luanne: Vocês conhecessem o Siqueira? - Parei na calçada na frente da moto.

Nathalia: É... Bom... - Olhou para a amiga que abaixou a cabeça.

Luanne: Qual problema?

Nathalia: Não é isso é que...

Clara: Você está com pressa, Luanne? - Neguei com a cabeça e ela concordou. - Se importa de sentamos ali, preciso de contar alguma coisa que certamente o Siqueira nunca contou a você.

Franzi o cenho e ela mordeu o lábio.

Clara: Por favor... Juro se rápida!

Ok... Peguei todas as sacolas e acompanhei ela.

Minhas Memórias Where stories live. Discover now