Minhas Memórias

Capítulo 76

Leonardo Siqueira 💪🏽

Sair dos meus pensamentos escutando o Arthur me chamar.

Arthur: E depois? O que aconteceu?!

Incrível que sempre que eu penso nela, as memórias passam como um filme na minha mente. Novamente, eu lembrei de tudo, de todos dias, das lembranças, dos carinhos, dos beijos, de cada detalhe dela.

Mel: De novo pedido para seu vô contar como conheceu sua vó, Arthur?! - Ela sorriu bagunçando o cabelo do filho.

Arthur: Mamãe!

Leonardo: Bom, por conta de alguns homens mal. Sua avó foi tirada de mim e de todas as pessoas que ela amava.

Arthur: Odeio essa parte...

Leonardo: É, eu também odeio.

Arthur: Vovó, posso fazer uma pergunta? - Concordei. - Essa cicatriz?

Olhei para minha barriga.

Leonardo: Isso foi uma luta que eu tive com um cara, tudo por vingar a sua vó.

Mel: Já deu de história por hoje! Vem, vamos comer!

Arthur se levantou e saiu correndo. Me levantei e resmuguei de dor.

Mel: Já disse para ir ao hospital, pai.

Leonardo: Eu estou bem, só estou ficando velho. - Ela sorriu e fomos até a mesa.

Lua: Vovó!

Leonardo: Ela acordou! - ela gargalhou e eu sorri beijando sua rosto.

Thiago: Amor, cadê a cadeirinha da Lua?!

Mel: Estou levando.

Sei que devem estar confusos. Mas aquilo não passou de memórias, memórias que eu passei anos lembrando. Sentindo um ódio absurdo sobre aquele bendito dia, mas logo virou histórias. Histórias que comecei a contar para meus netos. Sempre perguntavam dela, mas eu nunca conseguia responder. Até que um dia, eu contei para ele. O Arthur, filho da Mel. Ali, eu percebi o quão nossa história foi linda. Mesmo que não tenha terminado bem, mesmo que ela tenha ido. Eu a amo!

Luanne... Minha estrela, minha Lua!

Passar os dias sem ela, lembrar de tudo que aconteceu, e se culpar todas as noites não foi fácil. Pensei em desistir de tudo, voltei a me drogar, mas um certo dia percebi que eu tinha outro motivo para continuar a viver.

A Mel.

Quando ela falou sua primeira palavra.

Papai...

Ali eu me senti vivo novamente, eu vi a Luanne em seus olhos. Chorei, chorei como um bobo e prometi que iria proteger, dado minha vida pela Mel, como sua mãe fez por mim. Às noites foram difíceis, passei maior sufoco, mas não desisti.

Thiago: Já estou indo, quer carona? - Concordei.

Eu matei a todos que estavam envolvidos naquilo. Únicos que restaram foram: Guto, Sandro, Samaritano e Sandro. Malote e filipado foram cobrados pelo o conselho, e por incrível que pareça, eu fui eleito pra fica de frente. Mas neguei, vazei com a Mel sem olhar pra trás. Sempre contei para a Mel o que tinha acontecido, nunca deixei nada de fora e ela sabe de tudo.