capítulo 49

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Leonardo Siqueira 💪🏽

Quando eu vi a Luanne no maior papo, risada com a Clara e Nathalia, meu coração errou as batidas. Já fechei a cara logo.

A porta do carro foi fechada com uma certa força o que fez eu apertar o volante.

Luanne: Tá apressado?! - Ela perguntou de braços cruzados. - Pra que tanta velocidade é essa?! Siqueira! Siqueira! Leonardo!

Isso fez eu frear de uma vez. Senti meu coração disparado e nem tive coragem de olhar para a Luanne.

Luanne: Você está maluco?! O que deu em você?! - Olhei para ela que segurava o pulso com a expressão de dor. O ódio que eu estava sentindo sumiu, e a preocupação veio atonar.

Siqueira: Como... Eu... O seu pulso.

Luanne: Você freio de uma vez! E eu machuquei pela força que eu bati porta-luvas tentando não se jogada pra fora do carro!

Siqueira: Eu... Deixa eu ver...

Luanne: Não... - Ela virou o rosto e eu suspirei encostando a costa no banco. Coloquei as mãos no rosto.

Porra, Siqueira!

Siqueira: Lua... Eu não queria ter machucar...

Luanne: Você precisa resolver mais alguma coisa aqui, Siqueira? - Neguei com a cabeça. - Tudo bem... Me leva pra casa.

Siqueira: Luanne...

Luanne: Por favor... Me leva pra casa.

Fiquei encarando ela que nem um momento me olhou. Dei partida novamente no carro saindo da Rocinha.

Luanne Araújo 📖

Meu pulso está latejando de dor... Já saímos da Rocinha, e namoral. Estou muito chateada com o Siqueira. Não sei o que deu nele, mas o jeito que ele agiu na frente das meninas e acelerou o carro me deixou meio nervosa, com medo.

Não tinha necessidade daqui, sabe? Poxa...

Encostei a cabeça no vidro e fechei os olhos tentando não chorar pela dor insuportável do meu pulso.

Não sei quando eu dormi. Só sei que acordei  quando Siqueira abriu a porta.

Siqueira: Vem... - Olhei ao redor e franzi o cenho.

Luanne: Onde estamos?

Siqueira: No meu apartamento. - Olhei para ele de cara fechada que suspirou. - Luanne... Eu não queria te machucar. Sei que agir na ignorância sem motivos... Foi mal mesmo.

Luanne: Eu disse que queria ir pra casa.

Siqueira: Eu sei... Mas eu não quero te levar pra casa.

Luanne: Porque?! Ficou com medo que depois daquilo não fosse mais me comer?!

Siqueira: Que?! Tá maluca, Luanne?! Não é nada disso! Deixa de onda e desce do carro. Deixa eu me explicar...

Luanne: Eu quero ir embora... - Mas eu quero te escutar.

Siqueira: Só me escuta, por favor... Depois eu te levo pra casa, só deixa eu... Me desculpar com você.

Suspirei e concordei. Desci do carro e esperei ele pegar o lanche, peguei minha mochila.

Logo estávamos no andar do seu apartamento, entramos dentro dele. É grande, coisa de até segundo andar aqui dentro. A casa é o puro luxo e tem uma vista linda do mar.

Siqueira: Luanne...

Não respondi. Me sentei no sofá ali e fiquei olhando para o chão.

Siqueira: Porra, Luanne... Tem como olha pra  mim?! - Ele perguntou já se estressando. Suspirei e olhei para ela que estava na minha frente. - Desculpa pelo o que aconteceu. Sei que agir na ignorância e pá, tô ligado. Mas não foi por mal, os caras entraram na minha mente e eu descontei em você.

Luanne: Siqueira, sei que lidar com tráfico não é fácil, cabeça fica a mil. Mas eu não tenho culpa! Você viu como agiu na frente daquelas meninas?! Sério...

Siqueira desviou o olhar passou a mão no cabelo suspirando.

Siqueira: Sei que errei. Agir sem pensar, tô ligado. Mas não foi por querer, tendeu? Só me desculpa, namoral... Não quero acabar com a nossa noite assim, papo reto.

Luanne: Vamos ir logo ao que interessa, Siqueira... - Murmurei.

Siqueira: Não vou transar com você. - Falou firme e eu o encarei. - Não quando você tiver na mente a parada que eu só quero te comer!

Luanne: Não é isso? - Falei cansada.

Siqueira: Qual foi, Luanne! Tá achando que eu sou moleque?!

Luanne: A gente não tem nada, Siqueira! Eu achei que... Você só está ficando comigo por causa disso. Você vai me comer e meter o pé.

Ele soltou um riso sem ânimo negando com a cabeça.

Siqueira: Olha o que tu tá falando, merda! Tu tá ciente dos bagulhos que tu tá dizendo, Luanne?! Não quero ter comer e vaza não, fia.

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