capítulo 39

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Leonardo Siqueira 💪

Estacionei o carro na frente da casa da Luanne. Desliguei a nave e olhei para ela que arrumar as coisas para descer.

Siqueira: Vai fazer o que amanhã?

Ela me olhou.

Luanne: É... Trabalha.

Siqueira: De noite.

Luanne: Nada, porque?

Siqueira: Topa dá um rolê?

Ela ficou me encarando e logo concordou.

Luanne: Pra onde?

Siqueira: Nós decidimos depois. Te pego às nove, fechô? - Ela concordou e eu segurei seu rosto depositando um beijo na sua boca.

Luanne: Qualquer coisa me liga, ou vem atrás de mim... - Sei o que ela quis dizer com isso. Concordei e ela saiu do carro com a bolsa. Logo pegou o bebê conforto atrás. Esperei ela entrar e logo meti o pé para a boca.

Guto: Lembrou que tem trabalho?! - Subi as escadas correndo.

Siqueira: Como não esquece... - Me sentei ao seu lado.

Guto: Samaritano tá vindo aí com o Sandro. Vamos bater um papinho sobre o Filipado e descer lá pra quadra. Os caras vão jogar, tu vai?

Siqueira: Qual o prêmio?

Guto: O cu de quem perguntou. - Encarei ele que soltou a fumaça do baseado. Ele começou a rir e eu neguei com a cabeça.

Siqueira: Se liga, comédia!

Guto: Cinco mil.

Siqueira: Pro time inteiro?!

Guto: Tá reclamando? Sobe mais o preço.

Siqueira: O dó...

Ratinho: Aí chefe, Tatiana tá aí querendo falar com o senhor.

Ergui a sobrancelha concordando.

Guto: Ainda tá com ela?

Siqueira: Sexo grátis.

Guto: Tava cansado de pagar prostituta?

Siqueira: Cansei de pagar você. - Me levantei e ele riu. Sair dali indo para fora da boca onde encontrei a dondoca encostada no carro. - O que tu quer, Tatiana.

Tatiana: Porque não respondeu minhas mensagem?

Siqueira: Tava ocupado.

Tatiana: Ocupado na praia com a Luanne e a filha dela?

Siqueira: Exatamente. - Destravei o carro. - Era só isso?

Tatiana: Podemos ir lá pra casa? - Ela se aproximou. - Quero conversar com você...

Concordei.

(...)

Cheguei na quadra naquele pique. Desci da garupa do mano e andei até os cara que estavam em uma mesa tudo de marola. Inclusive a Luanne e a Camila.

Samaritano: Que isso, irmão?! Tá bem? - Apoei na cadeira da Luanne que me olhou de cima abaixo.

Guto começou a rir e eu revirei os olhos.

Guto: Caiu da moto agorinha, bagulho foi doido.

Luanne: Você tá bem?! - Me olhou preocupada e eu concordei. Me inclinei e dei um beijo na testa da Mel que mamava em seu peito. Senti os olhares do pessoal e o silêncio que ficou. - Como que você caiu?

Guto: Conto feliz. - Ele falou todo empolgado. Ratinho colocou uma cadeira do meu lado e eu balancei a cabeça me sentando. - Menina, tava de marola na esquina aí do nada, Siqueira chegou de moto. Papo vem, papo vai. Do nada, uma viatura, o que nós fez? Meteu o pé pra subi, da fuga nos caras.

Queiroz: Mano! - Falou rindo.

Guto: Na hora que passei pela barreira, Siqueira subiu voado e na hora que foi fazer um grauzinho para gastar com os canas, a moto escorregou e o cara voou e caiu encima da calçada.

Revirei os olhos lembrando.

Soltei um riso e peguei um copo descartável e enchi de cerveja.

Luanne: Ainda nessa do grau?! - Ela me olhou feio e eu joguei a cabeça pro lado, na sua direção. Abri um sorrinho lembrando do dia que ela me salvou do enquadro.

Siqueira: Bagulho pequeno, Luazinha.

Luanne: Pequeno, mas tá sem a metade da perna. Isso aí, vai lá de novo, besta. - Ela virou o rosto e eu ergui a sobrancelha. Tomei um gole da cerveja e olhei para os caras que encarava com a cara mais filha da mãe! Tudo querendo zuar, gastar. Meu olhar desviou para Samaritano, que encarava com outra expressão. De raiva talvez? Sorri para ele que soltou um riso e desviou o olhar.

Os caras começaram a conversa e eu cutuquei o braço da Luanne que me olhou com um bico nos lábios.

Siqueira: Vai ficar com esse cara mermo? - Ela olhou e desceu o olhar para meu corpo inteiro.

Luanne: Cuidando disso aí?

Siqueira: Sim. Tava no hospital, sair agorinha.

Sandro: Nem vai mais jogar, né, pô.

Siqueira: Da não... Bagulho foi feio.

Queiroz: Nunca vamos esquecer. - Bateu no ombro do Guto e começaram a rir.

Siqueira: Vai rindo mermo... Depois que acontece com vocês aí.

Camila: Tá repreendido...

Os caras logo saíram para ir jogar o fute e eu voltei a perturbar a Luanne.

Luanne: Se liga, Siqueira! - Ela riu batendo em mim e eu puxei seu cabelo recebendo mais um tapa.

Siqueira: Caraca, menor! Essa doeu demais, pô! Mão pesada da mulesta! - Esfreguei o lugar que recebi o tapa fazendo ela ri e segura meu rosto. Meu olhar caiu na sua boca e eu abri um sorriso. - Melhor parte... Pode me beijar, eu deixo.

Ela riu e puxei meu cabelo fazendo eu resmunga.

Siqueira: Porra, vida...

Luanne: Vida é? Já tamo nessa? - Ela perguntou rindo.

Siqueira: Prefere o que? Luazinha?

Luanne: Gostei dos apelidos. - Ela me soltou.





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