capítulo 62

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Leonardo Siqueira 💪🏽

Siqueira: Nunca tive um relacionamento bom com meu pai, sacô? - Coloquei o perfume na prateleira. - Meu pai engravidou uma prostituta. E ela achou que isso seria o passo pra ter dinheiro, então quis continuar com a gravidez. Já meu pai, quando descobriu que era menino, ficou animado porque estava vindo um herdeiro.

Joguei a calça no cesto de roupa suja.

Siqueira: Minha mãe morava na casa vermelha, prostituição. Mas meu pai logo tratou de levar ela pra casa dele e assumi pra todo mundo que tava de fiel. Mas aquilo era só ilusão, pô.

Olhei para a Luanne que estava sentada na cama me olhando atentamente todos nua.

Siqueira: Meu pai traia minha mãe e ela não era nem uma santa. Quando eu nasci, ele largou ela e todo o luxo e dinheiro acabou pra ela. A mulher nem gostava de mim, mas viu que aquilo era um jeito de ter meu óia nas mãos dela. Então foi nos caras, disse que era maltrata e que meu pai tinha me tirado dela. Eles hierarquia do tráfico, meu pai não era nada. Então deram a criança já ela, arrumaram uma casa e beleza. Meu pai puto, sem poder fazer nada... Só aceitou.

Andei até a cama e me sentei na sua frente.

Siqueira: Mas na real, eu não era nada pra eles. Vivam na casa de alguém, cresci sendo cuidado ela vizinhança. Enquanto o Escorpião vivia em bailes, drogas e ostentando dinheiro que nem era dele. Já minha mãe, vivam se prostituindo, cheirando e dando por aí. Não tive lar, e só via meus pais quando eles se encontrava e brigavam, aí lembravam que tinham filho e ia atrás.

Siqueira: Eu via ele batendo nela na rua, em casa. Mas também nem era ele que batia, e sim os caras que comia ela. Eu roubava comida pra comer, furtava algumas coisas pra vender e te uma água pra beber. Até que descobriram que era eu, eu levei minha primeira surra. Com seis anos de ideia, por te roubado biscoito pra comer. Ele disse que rato não tinha vez, que eu tava sendo uma decepção. Minha mãe descobriu que eu roubava algumas coisas e começou a se aproveitar disso. Comecei a roubar pra ela, e sempre que o meu pai descobria, ele me batia. Ou era ele, ou os menor.

Siqueira: Conheci o Sandro nesse meio, a mãe dele me fortaleceu demais. Aí eu parei de roubar, comia lá, banhava lá e até dormia. Mas aí mulher que me deu a luz fez um show, dissw que a mãe do Sandro tava pegando o filho dela. Pra não dá mais b.o, voltei com a minha mãe. Mas ela só queria que eu roubasse pra ela.

Siqueira: Até que um dia Escorpião me obrigou a cheira... Tu tá ciente dessa história. - Ela concordou. - Só sair daquela sala por causa da minha mãe, pra eu furta os bagulho pra ela na pista. Cresci nessa parada aí, até que conheci uma pessoa com quinze anos. Ela me mudou, fez meu pensamento evolui e me deu motivo pra fazer desse meio. já tava envolvido no crime, não por querer, mas por causa das missões doEscorpião e minha cara ficar suja. Como eu sabia que ele não iria me proteger, eu tive que ir por esse caminho.

Siqueira: Mas o cara era doido. Faz de tudo pra que eu voltasse a me drogar, beber, tudo mermo! Até que só fez a pior parada... Fez eu sofrer com um bagulho que não deveria... Fez eu perder algo importante pra mim... Aí eu vazei, o cara também caiu e eu nunca mais o vi.

Luanne: Como assim? O que você perdeu?

Siqueira: Tá tarde, Luanne... Vamos dormir, minha cabeça tá doendo. - Me joguei na cama puxando ela que veio sem dizer nada.

Luanne: Eu sinto que você esconde algo a mais nisso tudo.

Fiquei encarando o teto.

Luanne: Só quero que saiba que eu não sou qualquer pessoa... Não vou dizer que sei o que está passando, até porque eu nem conheci meu pai direito. Só sei nome na real...

Siqueira: E qual o nome dele?

Luanne: Marcos.

Nem ferrando!

(...)

Passei a mão no cabelo sentindo a água fria descer pelo meu corpo. O cheiro da Luanne ainda por todo meu corpo fez eu ri, o cheiro dela é muito bom. Se fosse só o cheiro, tava tranquilo. Mas não pô, essa garota tá em todo lugar agora, e namoral, se ela soubesse o quanto me tem em mãos. Garota não tá ciente da proporção, eu daria tudo que ela quiser nesse momento.

Eu nunca achei que iria amar novamente, mas a Luanne me fez de bobo rapidinho.

Clara foi um momento da minha vida, mas eu não amava. Eu me enganava. Eu tentava através dela sair dos meu problemas, ela tava ali e eu via uma oportunidade. Gostava do fato de te algumem me esperando ali dentro de casa.

Não me orgulho disso não, mas já foi. Agora é só segui em frente.

Luanne: Vai desce comigo pra barbearia?

Siqueira: Tenho uma paradas pra resolver na boca. Segura três aí que já eu termino aqui e te levo lá. - Desliguei o chuveiro. - Caminho, pô.

Luanne: Ok. - Ela saiu do banheiro e eu encarei minhas mãos que não pararam de tremer.

Minhas Memórias Where stories live. Discover now