capítulo 74

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Leonardo Siqueira 💪🏽

Papo reto, tô nem acreditando que esse filho de puta está aqui mesmo! Tô pilhadão, querendo estourar a cara de todo mundo nessa porra! Mas já deveria saber que essa merda iria acontecer, filipado sempre foi grudado no meu pai. Na real, os três são.

Os caras subiram, foram comprimentando, filipado deu seu discurso pro povo e ficou nessa de fala com geral. Todo mundo felizão, mas se tu reparar bem, na primeira oportunidade eles te derrubam.

Luanne grudou em mim e não solta mais, garota tá morrendo de medo do que eu possa fazer. Ela sabe o que eu penso sobre ele, e vê esse infeliz depois de tudo que ele fez é demais pra mim.

Siqueira: Vamo embora! - Sair puxando ela que não disse nada, só veio calada.

Filipado: Tá indo pra onde, porra?! Vai falar com teu padrinho não?! - Parei de andar e olhei para ele, depois pro velho, com aquele bendito sorriso na boca.

Siqueira: Boa sorte aí na liberdade!

Escorpião: Não vai cumprimentar teu velho, pô?! Comemora, fuma um...

Siqueira: É muita coragem colocar a cara na minha frente, papo reto... - Eu ri negando com a cabeça.

Escorpião: Que isso, pô. Ainda tá naquela parada?! Faz tempão isso, aí, pô... Tô até sabendo que tá em outras!

Ele riu e eu observei o Ladrão entregar uma cerveja pra ele, o cara sorriu me olhando e foi questão de segundos pra tudo se encaixar na minha mente.

Siqueira: Do que tu tá falando?

Escorpião: Ué, tá de fiel nova. Tá até dando um de pai... - Ele gargalhou. - Espero que a gatinha aí não seja estraga prazer... Que tal uma fileira pra esquentar?

Filipado: Escorpião...

Siqueira: Deveria te deixado os caras de matar na prisão, pouparia escuta rua voz, serião! Tá acabado, em... Ainda aguenta cheirar?!

Ri e ele fechou a cara.

Filipado: Vaza, Siqueira! Depois nós conversamos.

Coloquei a Luanne na minha frente e sair guaiando ela para fora dali o mais rápido possível.

Luanne: Calma aí... Meu salto!

Siqueira: Luanne, quero que tu faça um bagulho. Eu acho que sem quem tentou me matar... Quem tá atrás dessa merda tudo! - Destravei o carro e ela entrou, logo eu.

Luanne: Do que você está falando?!

Siqueira: Escorpião não voltou atoa... Ele está tramando algo dos grandes, e pela cara dele, isso está sendo planejado a anos. - Vazei com o carro de uma vez. - Ladrão tá nessa junto, e porra! Óbvio que sempre foi ele! O cara sempre esteve por perto, sempre deixando claro coisas que ele nem deveria saber.

Luanne: O que está acontecendo?!

Siqueira: Lembra do apartamento? - Ela concordou. - Nós vai piar pra lá... Nós três. Quero tu longe dessa parada, até eu resolver  tudo isso!

Luanne: Leonardo!

Siqueira: Por favor, Luanne... Não me questiona agora. Só pega tudo que for necessário, nós vamos buscar a Mel na casa da tua tia e vaza. Ok?

Ele concordou e eu balancei a cabeça.

Estacionei o carro na frente da casa da Luanne, a fatura desceu correndo e foi fazer o que eu pedi. Abri o celular e entrei no contato do Guto.

- Tem gente na trairagem com nós. E eu descobri quem é.

Mandei uns menor vi na minha cola.

Depois de minutos, ela saiu com três bolsas, ela jogou atrás e logo entrou no carro. Meti macha. Passei barreira e foi guiando até a casa de tia dela, mas um tiro fez eu perder o controle do carro. Luanne gritou e eu mandei ela abaixar. Olhei pelo o retrovisor e vi várias motos.

Siqueira: Vai se foder, Escorpião!

Luanne: Leonardo... - Ela começou a chora e eu me desespera tentando da fuga dos caras. Mas o caros bateu de uma vez em um porte. Mandei a Luanne sair logo e peguei a pistola. Sair atirando de cara mermo. Consegui deitar um, mas o outro tava me deixando puto. Quando achei que era meu fim, um corpo se jogou na minha frente. Com o impulso, caímos no chão.

Siqueira: Luanne... Luanne?! Luanne! - Comecei a tentar tirar o cabelo do seu rosto e meu coração doeu quando eu vi o sangue saindo de sua boca.

Pato: Chefe! Tá tudo bem?!

Deitei a Luanne no meu colo precionado o buraco do tiro. Comecei a me desesperar, coração mil, meus olhos fixados no dela.

Pato: Trás um carro porra! Manda um carro!

Siqueira: Fica comigo, porra! Fica comigo! Não me deixa não caralho! Olha pra mim, Luanne! Olha pra mim! Tu não tem o direito, escutou! Não dorme... Por favor!

Ela tentou levantar a mão e eu negava com a cabeça deixando as lágrimas cair.

Luanne: Eu fiz uma... E-eu... Loucura... P-po... Você... - Não... - C-cuida da nossa f-ilha... Por favor... Não esqueça de mim, meu coração...

Siqueira: Não... Não fecha os olhos. Resiste... Não faz isso!

Ela fechou os olhos... Meu mundo girou, tudo escureceu, e as lágrimas não paravam de cair.

Eu a perdi...

Luanne deu sua vida por mim...

Ela...

Eu perdi o amor da minha vida...

Eu...

Deitei minha cabeça no seu peito chorando. A raiva começou a me consumir por inteiro, vários carros paradando do nosso lado. Comecei a sacudi ela, tentando acorda-la.

Mas Luanne já está morta em meus braços...

Levantei a cabeça vendo todos os meus homens ali, os que eu treinei e sei que daria a vida por mim. Como ela deu.

Pato: Eu sinto muito, chefe...

Azulão: Patrão...

Siqueira: Não digam nada sobre isso...

Azulão: Estão perguntando do que se trata os tiros.

Siqueira: Eu vou me vingar... E vai se hoje!

Minhas Memórias Where stories live. Discover now