capítulo 28

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Leonardo Siqueira 💪🏾

Siqueira: Vocês devem achar que eu tô aqui pra brincar, né? - Falei calmo. - Não é possível...

Guto: Como isso aconteceu?

- Não sei, chefe... O cara apareceu morto do nada.

Siqueira: Do nada?! Ninguém aparece morto do nada, amigão! Cadê, quem tava com ele?! Quem?!

- Menor dez.

Siqueira: Então vai chama o cara, merda! - Ele saiu voado e eu passei a mão na cabeça.

Guto: Se acalma, cara... Sem estresse.

Siqueira: Sem estresse?! O cara que tava trazendo informações pá nós do Filipado apareceu morto no portão da minha casa. Aí tu me diz, meu parceiro. Que merda tá acontecendo.

Guto: Nós vai descobrir.

Siqueira: Tinha crianças na rua que viu essa cena, pae. Tem gente sabendo do nosso esquema, Guto! Tem gente indo contra nós!

Guto: Eu sei e eu também tô puto... Mas nesse momento temos que colocar a cabeça no lugar pensa.

Logo a porta foi aberta e o menor dez entrou com o outro cara.

Menor dez: Me chamou?

Siqueira: Tu que tava com o cara lá, né? - Ele concordou. - Tu já deve sabe o porquê de está aqui.

Menor dez: Sim.

Siqueira: Me explicar então, pô. Como esse cara apareceu morto.

Menor dez: Eu matei... - Ergui a sobrancelha e olhei para o Guto.

Guto: Como é que é?

Menor dez: Ele mexeu com minha irmã... Ela só tem dez anos! - Ele começou se alterar.

Siqueira: E porque tu não veio aqui, porra?! Porque não veio falar com nós?!

Menor dez: Eu vim. Mas vocês não estavam, então eu contei para o Ladrão. O cara disse que iria resolver isso e que iria contar pra vocês. Mas aí ninguém fez nada, o cara começou a tela minha irmãzinha e eu já tava puto e matei ele!

Guto: Isso que tu tá dizendo é verdade, menor?

Menor dez: Prouwe iria mentir, patrão? Tô contigo a cota e sempre agir na transparência. E tô agindo agora... Pô, se querem me matar fecho. Mas antes deixa eu ir me despedir da minha família...

Siqueira: Porque na porta da minha casa?

Menor dez: Nós chegou do bagulho lá. Aí ele piou lra frente da tua casa pra deixa as informações.

Siqueira: Merda... Agora vou ter que achar outro!

Menor dez: Aqui tem as gravações das conversas. - Ele jogou o celular do cara.

Guto: Tá ligado que não vai sair limpo assim, né? O cara mexeu com tua irmã e pá, mas tu deveria ter vindo diretamente em nós pra explicar. - Ele concordou. - Vou ter matar não. Mas escolhe aí, onde quer o tiro?

O cara esticou a mão esquerda. Guto destravou a arma e atirou sem dor tirando um grito agoniante do cara.

Guto: Vaza.

Siqueira: Aí Ratinho! Chama o Ladrão pra mim, quero bater um papo com ele.

O cara concordou e saiu indo atrás do Ladrão.

Guto: Pô, que situação...

Siqueira: Tá sem moral no morro, fi? Que merda é essa que acontece e o cara sai limpo?!

Guto: O cara mexeu com a irmã...

Siqueira: Mesmo assim, Guto! O Ladrão sabia das regras e não passou pra gente a informação, o outro invés de cima atrás e dizer, matou na frente do meu portão e ainda por cima era o cara que entrava e saia de boa do presídio sem gera suspeita!

Guto: Eu sei...

Siqueira: Se tu não começa a agir, os caras vão te achar um merda e fazer o que quiser nesse morro.

Ladrão: Me chamou? - Olhei para a porta. Ladrão está com uma mulher do lado, Tatiana.

Soltei um riso e andei até eles.

Siqueira: Chamei... - Sorri de lado. - Quero bater um papo contigo, pô. Bora ali...

Ladrão: Me espera lá fora.

Siqueira: Que isso, xará... Precisa não, ela pode ir com nós.

Ladrão franziu o cenho e eu sair andando até a sala que eu treino os caras. Ladrão entrou com a menina que olhava tudo calada.

Andei até um barril cheios de pedaços de pau molhados. Tirei um e desenrolei o pano que tinha nela.

Ladrão: O que aconteceu?

Siqueira: Porque não falou pra nós sobre a irmã do Manor dez?

Ladrão: Puts... Tinha esquecido. Fiquei sabendo o que aconteceu com o cara lá, Menor dez saiu vivo, né?

Siqueira: Saiu... - Andei até eles. Olhei a garota de cima abaixo e logo foi para trás deles que nem um minuto olhou para trás. - Mas quem não vai sair é tu.

Dei uma madeirada nas costas do Ladrão que caiu no chão resmungando de dor, enquanto a Tatiana gritou desesperada.

Siqueira: Cala a boca! - gritei com ela. - Tá achando que aqui é bagunça, Ladrão?! Tua acha que é quem tá parada?!

Bati mais uma no braço.

Siqueira: Tu deveria ter passado a informação na hora que chegou pra tu!

Mais uma.

Siqueira: As coisas não funciona do jeito que tu quer não! Por causa do teu erro, o cara morreu e fudeu com meus planos!

Mais uma. Dei uma na cabeça dele que caiu no chão cuspindo sangue.

Joguei o pedaço de madeira por lado e segurei seu cabelo arrastando ele até uma bacia de água. Afundei sua cabeça dentro onde o mesmo tentava sair se debatendo.

Tirei sua cabeça da água deixando ele recuperar o fôlego.

Siqueira: Você não é nada comparado a mim... Você é ninguém! Eu mando em você... Eu mando nessa porra! - Afundei sua cara de novo.

Soltei ele me afastando deixando o mesmo todo fudido no chão.

Lavei minha mão e olhei para garota.

Siqueira: Quer ficar com ele, ou dar um rolê comigo? - Ela me olhou com uma expressão de medo fazendo eu soltar um riso. - Tô com saudades, amor...

Ela olhou para trás de mim e logo para minha mão esticada na sua direção. Tatiana suspirou e segurou fazendo eu soltar um riso. Sair com ela da boca e piei para um motel qualquer.

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