capítulo 66

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Luanne Araújo 📖

Hoje é feriado, e tudo está ocorrendo muito bem. As coisas na minha vida está progredindo como eu sempre imaginei, sabe? Estou em um relacionamento super saudável e estou me sentindo muito amada, minha filha cada dia mais está esperta, toda mocinha. Nada está me atrapalhando!

Mel já está com oito meses, vai completar nove daqui uns dois dias. Nada mudou, continua tudo na mesma. Jaqueline firme com o Queiroz, Camila conversou com Guto, tentaram retornar. Mas... Camila quando colocar algo na cabeça já era. Os dois não estão se falando mais, e na real, acho que o Guto está escondendo alguma coisa.

Pô, não faz sentido isso. O cara disse que iria pedir a garota em casamento depois de tirar o Filipado da cadeia. Mas pelo o que eu sei, o resgate foi adiado por vários problemas que deu. Pelo o que eu entendi, mudaram o cara de prisão.

Guto ficou muito ocupado com o Siqueira meses últimos meses, dias. Bom, Tatiana realmente sumiu nesse tempo. Tipo, eu sei que eu Siqueira com certeza fez algo com a garota. Mas eu espero que não tenha matado.

Ontem ué vi o Júnior, o pai da minha filha. Mas o cara tava de mudança com a família, para fora do morro. Não entendi muito bem, mas pelo o que eu fiquei sabendo aí, Malote que colocou eles pra fora. Ainda por cima, Junior apanhou pra caramba.

Ainda estou trabalhando na barbearia, os moleques são piores que velha fofoqueira. Cada fofoca que eu sei por eles é brincadeira.

Consegui uma vaga na creche ali perto, coloquei a Mel, mas só até três da tarde.

Siqueira está me perturbando para morar com ele, juro! O garoto cismou com isso e não tem quem faça mudar de ideia. Já disse mil vezes que não era assim, faz nem um ano que estamos juntos e ele já tá querendo morar junto?! Senhor!

Ah! Estava suspeitando que estava grávida, mas aí fiz o teste e deu negativo. Dois dias depois descobri que quem estava grávida era a Carla.

Estamos na Rocinha, Siqueira piou pra cá e eu vim junto. Sandro está fazendo um churrasco aqui e óbvio que não iria negar.

Eu vi o Samaritano, e por incrível que pareça, ele está com aquela mulher. Me contaram que ele deu uma sossegada depois daquela confusão.

A mulher ainda sente ódio de mim, garota está me encarando com a cara fechada dês que chegou aqui. Ela está com umas meninas, que não estava diferente dela. Só comentando e olhando.

Camila: Papo reto! Dois que arrasto a cara de vagabunda no chão, os cara acha ruim! Se liga, pô! Olha lá... As meninas falando na cara de pau, mano! Tudo olhando com ódio!

Jaqueline: Tava vendo isso aí mermo... Só tô observando, deixa crescer pro meu lado pá vê só.

Sandro riu.

Sandro: Essas minas de vocês é tudo maluca, pô! - Ele bateu no ombro do Guto que só olhou pra Camila de cara fechada. - Única que fica de boa é a Luanne. Ganhou demais nessa, Siqueira!

Siqueira: Luanne não gosta de se envolver em nada não, pô. Calminha...

Biel: Calminha quando tu não passa no chão que ela acabou de limpa. Já sentiu o tapa dessa roça?!

Luanne: Para de graça que nem dói!

Siqueira: Mão levinha... - Ele debochou e eu revirei os olhos.

Tauan: Tu não ver essa cobra batendo, brigando na rua porque ela tá lá, oh! Batendo, e brigando com os nos dá barbearia. 'Ces acredita que essa filha de uma mãe, colocou nos tudo pá fora, por causa de uma limpeza! Nós tudo, porra! Cliente e os caralhos!

Os caras riram e eu segurei o riso.

Luanne: Ah, me poupe! Como vocês querem trabalhar em um lugar todo sujo?! Com maior cheiro de drogas?! Ainda vou proibir que entrem fumando, tu vai ver!

Apontei para ele. Senti o Siqueira grudar em mim e eu vi a bebidas na sua mão.

Siqueira: Antes de irmos embora, quero te apresentar um lugar... - Ele murmurou e eu concordei. - Aí, tá com a chave da tua moto aí?

Guto: Tá aqui, porque?

Siqueira: Leva a Luanne em um lugar, mas ela vai no toque na da minha. - Ele concordou entregou a chave pro Siqueira.

Sandro: Já vai vazar?

Siqueira: Não, pô. Leva a madame em um lugar.

Me levantei e deixei minhas coisas com a Camila. Logo saímos para o lado de fora, onde demos de cara com a Tatiana conversando com a tal de Valéria. Segui a sobrancelha supresa e olhei para o Siqueira.

Luanne: Mano! - Comecei a rir e andamos até a moto. E olha que legal, está atrás delas.

Siqueira: Passa aí, amor. - Ele segurou minha cintura e fez nós passar pelo o meio das meninas. Meu Deus...

Andei até a moto do Guto e quando olhei para atrás, as duas estavam entrando na casa.

Luanne: Viram amigas?

Siqueira: Tudo da mesma laia.



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