Minhas Memórias

capítulo 47

Leonardo Siqueira 💪🏽

Siqueira: Qual foi? - Fiz toque com o Malote.

Malote: Quero saber sobre a fuga com filipado. Às coisas estão boas não, fi. E essa merda só tá atrapalhando mais ainda.

Siqueira: Já disse pá tu, Malote. Às coisas não são de uma hora pá outra não, tendeu? Tu me mandou pá cá por causa do cara e eu tô. Agora não vem querer da um passo maior que a perna que não é assim que funciona!

Malote: E quando vai ser essa parada, porra?! Preciso dele aqui fora!

Siqueira: Pra que?! Por causas dos b.o que tu se envolvi e colocar ele pra arrumar?! Por isso que neguinho se fode por aí! Confia demais, pô.

Malote: Meu maior arrependimento foi ter te dando essa confiança!

Siqueira: Tu deu porque sabe como eu sou! Diferente de muitos que andar contigo aí lado a lado. Tô nessa parada dês de menor, porra! Mermo não querendo, eu tô! Nasci nesse meio e sei como as coisas funcionam!

Malote: Só preciso dele fora!

Siqueira: Tu vai ter, meu parceiro. Nós já tá no final, tendeu?! Quando eu ver que tá na hora, vai acontecer. Precisa de pressa não!

Ele virou o rosto e concordou. Coloquei as mãos no bolso e fiquei encarando ele.

Malote: Tá firmão como aquela menina, né? - Ergui a sobrancelha. - A garota lá. Luana.

Siqueira: Luanne. E nós tá em um rolo aí, né da tua conta não. - Ele riu concordando.

Malote: Depois do que aconteceu, achei que não ia mais se apegar com ninguém. Não foi isso que tu disse?

Siqueira: Tá interessando demais, acha não?

Malote: Tenho meus motivos.

Siqueira: Conta aí pá nós então. - Cruzei os braços.

- Aí, Malote! Vambora. - Olhei para o outro lado da rua vendo a mãe da Luanne. Mulher da cheia das sacolas, com a cara fechada, batendo o pé.

Siqueira: Essa é a nega que tu tá?

Malote: É. - Ele se levantou da cadeira. Dei um passo impedindo dele andar.

Siqueira: O que tu tá escondendo, Malote?! Te conheço... Quer saber do meu envolvimento com a garota e tá de cima pra baixo com a mãe dela. Iai, vai me contar o que é ou eu vou ter que descobrir?!

Malote: Aí garoto, se liga! Bagulho meu, tendeu?! Tem que se envolver nessa merda não!

Siqueira: Meter um papo pra ti, Malote. Se eu souber ou descobrir que tu tá agindo na maldade com Luanne, eu te mato! - Ele me encarou e eu não desviei. Malote passou por mim esbarrando no meu ombro e eu fiquei encarando cada passo dele.

Olhei para o lado vendo o Ladrão mas o Azulão. Desviei o olhar deles e meti pé dali.

Luanne Araújo 📖

Já estou pronta, só esperando o Siqueira. Mel já está dormindo, Camila está do meu lado mexendo no celular, enquanto seu primo, Ratinho. Está jogando na televisão.

"- Tô aqui fora, amor."

Sorri pelo apelido.

Luanne: Vai ficar aqui, Ratinho? - Ele me olhou. - Podemos te dar carona de quiser.

Ratinho: Vou dormi aqui, pô. Camila tá enchendo meu saco...

Camila: Não quero ficar sozinha. Sei que o Guto vai vim me perturbar e a carne é fraca...

Luanne: Ok... Beijos pra vocês. - Eles acenaram e eu peguei minha mini bolsa com coisas essenciais para uma noite.

Saí pelo o portão e dei de cara com o Siqueira encostando no carro mexendo no celular. Sorri de lado e tranquei o portão.

Andei até ele que me olhava.

Siqueira: Tá lindona demais... - Sentir minha bochecha queimar. - Olha só... Envergonhei tu.

Ele riu fazendo eu revirar os olhos com um sorrisinho besta nos lábios.

Siqueira: Papo reto... Tá gostosa como sempre. - Ele segurou minha mão, fez questão de me fazer dar uma rodadinha.

Luanne: Para, cara... Tenho mó vergonha.

Siqueira: Ué, só tô apreciando a vista.

Luanne: Besta... - Bati no seu ombro e ele me puxou pela cintura. - Você tá bem tá gato... Até demais...

Siqueira: Pai é gato dês de sempre. - Ele segurou meu rosto e depositou um selinho nos meus lábios.

Meu olhar caiu na esquina, onde está um povinho olhando. Nesse meio está a Tatiana, desviei meu olhar sentindo um sentimento estranho e me afastei do Siqueira.

Siqueira: Que foi?

Luanne: Nada... Só tem gente olhando demais...

Ele olhou ao redor e depois me olhou.

Siqueira: Não é por causa da Tatiana?

Luanne: Vamos?