capítulo 60

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Leonardo Siqueira 💪🏽

" Escorpião: A última, eu juro pá você. - Ele me empurrou e eu neguei me afastando.

Léo: Eu não quero, pai...

Escorpião: Deixa de ser mole, moleque! Só mais cheirada e eu deixo você fazer o que quiser. Anda!

Léo: Por favor, pai... - Olhei para ele que se irritou.

Escorpião: Para de chorar! - Ele segurou meu braço e me puxou até a mesa. Sua mão livre sua até minha cabeça, onde pressionou contra a mesa, tentando fazer eu cheirar o pó branco. - Anda, porra! Cheirar! Cheira!

Ao ver que eu não iria cheirar, me empurrou, fazendo eu cair no chão frio e duro. Comecei a chorar, ainda observando ele quebrar as coisas. O cara que eu chamo de pai, me puxou pelo o cabelo e com a cocaína na mão, começou a colocar no meu nariz.

Comecei a me debater, tossir, me afogar.

Aquilo desceu queimando, e quando o cara me soltou. Vi os pingos de sangue no chão, enquanto eu tossir e chorava desesperadamente.

Filipado: Qual foi, Escorpião! Olha o que tu tá fazendo com o moleque...

Escorpião: Cala a boca que tu não tem nada ave com isso! Ele é meu filho, se mete não!

Escutei o latido do cachorro e eu tentei me levantar.

Escorpião: Vai querer que faça a fileira pá tu? - Olhei para ele que sorriu de lado e eu senti um nojo absurdo. Neguei com a cabeça e ele fechou o sorriso, fazendo o seu cão, corre até mim. Senti a mordida na minha coxa, e gritei.

Filipado: Escorpião!

Léo: T-t-tira... Eu... Eu... Por favor... Eu.. - O cachorro me soltou. Senti a mão no escorpião me levantar e me puxar até a mesa. Ele jogou o saquinho de cocaína e eu montei as fileiras. Comecei a cheirar uma por uma, chorando.

Escorpião: Esse é meu garoto, porra! Vai, montar um por seu velho aí!"

Luanne Araújo 📖

Acordei sentindo um empurrão de leve. Ao abrir os olhos, ainda sonolenta, puder ver o Angel. Em cima do Siqueira, que se debatia. Me sentei na cama em um pulo sem entender o que está acontecendo.

Luanne: Aí meu Deus... - Angel, de alguma forma, tentar segurar os braços do Siqueira na cama. Ele está falando alguma coisa, mas não consigo entender. Siqueira começou a tossi e eu levantei da cama ligando a luz.

Ele está sonhando... Tendo um pesadelo na real. Voltei pra cama, e me aproximei dele, onde puxei sua cabeça pro meu peito e o abracei com força, já que ele e bem mais forte e alto que eu. Sentir sua mão bater na minha costela e eu fechei os olhos sentindo a dor. Angel latiu. Não só uma vez, mas várias. O que fez o Siqueira se acalmar, e logo abriu os olhos assustados. Ele me empurrou.

Luanne: Leonardo, sou eu!

Siqueira: Voltar a dormir... - Ele se levantou da cama e saiu pro banheiro. Onde eu o seguir.

Luanne: Leonardo!

Siqueira: Vai dormir, Luanne!

Luanne: Deixa eu te ajudar!

Siqueira: Não! Eu tô bem...

Luanne: Léo... - Murmurei ainds vendo ele de costa. Siqueira bateu no vidro do espelho, o que fez eu colocar a mão na boca e dá um passo para trás.

Siqueira: Eu tô bem, porra! - Ele me olhou com os olhos vermelhos e as lágrimas caindo. - Eu tô bem...

Ele murmurou e abaixou a cabeça.

Olhei para o Angel que se aproximou do dono e deitou nos seus pés. Isso me fez andar até o Siqueira, o abraçando por trás. Deitei minha cabeça na sua costa escutando seu choro baixo.

Luanne: Eu não vou sair daqui, Leonardo. Você pode dizer o que quiser, me xingar, quebrar a casa ou gritar comigo... Mas eu não vou sair daqui, não sou sair do seu lado...

Virei ele para mim que deitou a cabeça no meu ombro. Abracei seu pescoço e beijei sua cabeça.

Siqueira: Eu vou vazar... - Ele murmurou se afastando.

Luanne: Que?! Léo... Não...

Siqueira: Preciso me acalmar... Preciso... - Ele saiu vasculhando o armário da pia e eu coloquei as mãos na cabeça. - Cadê, porra?!

Luanne: Siqueira, para! Olha pra mim... - Tentei segurar que ele que ainda procurava algo.

Siqueira: Luanne, voltar a dormir! Eu só... Preciso disso. - Ele saiu pro quarto e eu o segui. Siqueira vasculhada tudo aqui dentro. Só fui entender o que estava procurando quando vi o cachorro puxar um saquinho de cocaína do bolso da calça jogando no canto do quarto. O Angel correu para fora do quarto e eu cordo até a porta, trancando e escondendo a chave.

Luanne: Você tá caçando droga? - Perguntei calma o que fez ele me olhar. - Você...

Siqueira: Você não entende...

Luanne: Não precisa disso, Siqueira... Você não preciso disso... Não sei o que está passando na sua mente, mas não desconta naquilo! Por favor, para! Para!

Ele parou de vasculha as coisas e me olhou.

Luanne: Que desconta em algo... Desconta em mim... - Comecei a tirar a roupa que ele me emprestou pra dormir. - Vamos transar! Vamos... Desconta sua raiva em mim! Mas não em drogas...

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