capítulo 48

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Leonardo Siqueira 💪🏽

Luanne, depois que viu a Tatiana encarando a gente, ficou estranha. Sei que elas eram próximas, mas namoral, sou solteiro, pô. Nem um momento disse que está envolvido com alguém, com a garota lá.

Siqueira: Vamos passar na Rocinha antes, tem algum problema?

Luanne: Não... - Ela arrumou a mochila nas pernas. - Posso saber o que vamos fazer lá?

Siqueira: Só pegar um pacote pro Malote. Bagulho rápido...

Ela concordou. Luanne resolveu ligar o som e eu fiquei de marola ali só escutando as músicas que ela colocava. Depois de um tempo, chegamos na Rocinha.

Abaixei o vidro do carro.

- Que isso, Siqueira! Tempão que não brota aqui!

Siqueira: Cadê o chefe? Vim a mando do Malote.

- Ainda. Libera aí! Passa o rádio pro chefe, pode ir lá.

Concordei. Acelerei o carro e meti o pé. Logo tava na praça, o movimento forte, cheio de pessoas. Olhei para a Luanne que apresentava atenção que cada parte.

Siqueira: Tá com fome? Quer ir jantar em algum lugar, ou podemos comprar um lanche pra nós aí na barraca. Garanto que o bagulho é bom!

Ela olhou para a barraca. Meu olhar caiu no beco, onde está uma manos encarando o carro.

Luanne: Podemos pedir um lanche, tô morrendo de fome. - Concordei e estacionei o carro por ali. Logo descemos, arrumei a pistola na cintura e enfiei o celular no bolso.

Siqueira: Vem cá, Luazinha... - Ela andou até mim e eu tirei um dinheiro do bolso. - Compra lá pá nós... Vou ali no beco pegar o pacote, bagulho rápido.

Luanne olhou para trás e concordou.

Luanne: Não demora... - Concordei e beijei sua testa. Luanne saiu indo até a barraca e eu fiquei observando até ela chegar lá.

Luanne Araújo 📖

Luanne: Oi... Boa noite. Me ver dois hambúrguer completos, por favor.

- Boa noite. Batata frita também? - Concordei. - Qual queria os sabores dos refrigerantes?

Luanne: Pode ser um refrigerante de um litro mesmo. Hum... Fanta laranja.

- O preço muda um pouco... Por conta do refrigerante.

Luanne: Tudo bem.

- Qual seria a forma de pagamento?

Luanne: Dinheiro.

Depois de pagar a moça, me virei e olhei para o outro lado da rua. Siqueira está conversando com alguns caras. Olhei para as mesas e me sentei em uma vazia, não tão longe da barraca.

Desbloqueei meu celular e fiquei mexendo.

- Não tem lugar não, mona! Olha, tá cheio! Bora pedir e esperar e ir embora! - Ergui a sobrancelha vendo duas meninas.

- Ah, não! Não vim até aqui e pra voltar no mesmo instante não! Porra, moço! Ainda falei pra nós lugar e pedi!

Luanne: Oi... - Chamei a atenção dela. - Vocês podemos sentar aqui. Eu vou pegar os lanches e ir embora mesmo.

Elas me olharam em silêncio e depois se olharam.

- Tem certeza?

Luanne: Sim...

- Beleza, vai lá, Clara! Vou me sentar, minha pernas estão doendo! - A garota saiu. - Moradora nova? Nunca te vi por aqui..

Luanne: Ah... Não. Estou de passagem, estou com meu... É... Ele tá resolvendo uma coisa e eu vi comprar um lanche. Tava com fome... - Sorri para ela que riu.

Nathalia: Me chamo, Nathalia!

Luanne: Luanne...

Nathalia: Bom, não vai comer aqui?

Luanne: Não...

A outra garota voltou e se sentou.

- Pô... Tá lotado hoje.

Nathalia: Promoção, pô. Clara, essa é a Luanne. Só tá de passagem. Luanne, essa é a Clara.

Luanne: Tudo bem?

Clara: Você é linda... - Ela sorriu e sorri envergonhada.

Luanne: Obrigada...

Ficamos conversando ali por um bom tempinho. Até meu lanche chegar embalado.

Luanne: Só tenho uma filha. Ela tem seis meses e graças a Deus ainda não está dando trabalho!

Nathalia: Mulher! - Ela riu. - A minha é o terror, sério! Principalmente na escolinha, tu é doido!

Clara: Dizem que a melhor parte é quando é recém- nascido.

Luanne: Ah... Eu não vejo assim, sabe? Acho que todas as partes é a melhor. Até porque eles crescem, vão aprendendo, a gente ensaiando, então... Cada coisinha é a melhor parte!

Clara: Eu também penso assim!

Sorri. Logo sentir uma mão no meu ombro, olhei para o lado vendo o Siqueira. Sua cara não está nada boa.

Clara: Si...

Siqueira: Vamo embora! - Franzi o cenho sem entender o tom de voz sério. - Anda, Luanne...

Me levantei e olhei para as meninas.

Luanne: Bom... Amei conhecer vocês.

Às duas olhavam estranho, o que de deixou comfusar.

Siqueira: Já pagou? - Concordei. Ele pegou as coisas. - Te espero no carro.

Ele saiu sem ao menos me deixar fala algo.

Luanne: É... Desculpa por isso... Não sei o que deu nele.

Nathalia: Está tudo bem... Homens são assim mesmo. - Riu sem jeito e logo cutucou a Clara que ainda encarava algo atrás de mim.

Clara: É... - Ela sorriu amarelo e desviou o olhar.

Luanne: Bom... Obrigada pela conversa, amei conhecer vocês. Agora eu preciso ir...

Elas concordaram e eu acenei.

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