𝐶𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜.

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México, abril, 2011.
༅Serena

Havíamos chegado no méxico três dias atrás, e em exatamente três dias estávamos voltando para Montevidéu, oque eu não queria que acontecesse nunca. Esses poucos dias com Enzo já fizeram meu estresse diminuir no mínimo uns 500% a mais que o normal, o efeito que esse ser humano tem sobre mim é realmente impressionante. Eram quase nove da manhã, hoje decidimos levantar um pouco mais cedo que o normal, e por que? Porque Enzo quando está animado para fazer algo, simplesmente esta no modo enlouquecer a serena a qualquer custo.

─ Eu acho um absurdo você me acordar as seis da manhã, só isso. ─ Eu falo e o moreno parece me encarar incrédulo.

─ Você tem sorte que não te acordei antes, por que pra sua informação, eu acordei as cinco. ─ Ele fala se "gabando" por acordar uma hora antes de mim.

─ Esta bem então senhor "acordo cedo", mas você sabe muito bem do meu humor de manhã.─ Cruzo os braços enquanto andávamos por Santa Fé.

─ Eu adoro quando tenta ficar brava comigo e nunca da certo. ─ Ele sorri convencido e passa seu braço sob meus ombros.

─ Esse seu jeitinho de convencido me da nos nervos as vezes. ─ Sorrio cínica e Enzo ri mais ainda.

─ Você ama, fala a verdade! ─ Ele implica e eu continuo sorrindo.

Andamos tanto, até que paramos para comer, como sempre a comida do México tinha um toque de pimenta, mas nada que fosse mortal igual os míseros doces que experimentamos no quatro de hotel dois dias atrás. Após comermos caminhamos muito, e muito, gastamos ainda mais.
No México a esse horário deveria estar no mínimo trinta e dois graus, não sabia como não tinha derretido ainda, mesmo com uma regada e um short ainda estava de pé. Até que entramos em direção ao caminho de um "parque" que era somente bancos amontoados de baixo de algumas árvores, onde batia o vento mais agradável de toda a minha vida.

─ Você pode derreter mas pelo amor de Deus, não me faça ir até o centro de novo para te comprar um óculos de sol.─ Enzo fala enquanto deita a cabeça em meu colo ocupando todo o resto do Banco com suas pernas.

─ Se for fazer o cavalheirismo de ir ao centro trazer um par de óculos para a linda aqui, o mínimo que eu faria, seria ir junto. ─ Eu digo olhando para cima, vendo a Copa das árvores se mexerem lentamente, como numa pintura.

─ Sabe oque eu precisava agora? ─ Ele me pergunta fazendo eu desviar meu olhar que estava vidrado nas árvores e focar nos seus infinitos olhos castanhos.

─ Oque te salvaria em um momento desses? ─ Pergunto ao moreno deitado em meu colo na esperança de ele falar um quarto de hotel para nos mandarmos para o ar condicionado.

─ Uma praia, assim como as lá de casa. ─ Ele fala fechando os olhos e sorrindo, me fazendo admira-lo, mas ao mesmo tempo me perguntando o por que de não estar com saudade de casa.

─ Eu também daria a vida por uma praia nesse momento. ─ Eu digo olhando para cima novamente.

─ Não daria a vida por qualquer praia, iria somente para La Mulata, acho que essa vai ser a única praia que eu vou gostar. ─ Ele começa a mexer em meus cabelos que por ironia do destino estavam soltos nesse dia de ouro calor.

─ Tem razão, mas sinto ciúmes dela. ─ Falo isso e o mesmo começa a rir.
─ Porque esta rindo tanto?

─ Existem um milhão de coisas para você ter ciúmes e você decide que tem ciúmes da praia Serena? ─ Ele ri enquanto passa as mãos pelo rosto.

─ Até onde eu saiba aquele é o MEU lugar favorito. ─ Eu digo e o mesmo continua a rir.

─ Se você tivesse tanto ciúmes de mim, quanto tem dessa praia. ─ Logo que ele fala isso, começo a rir nervosa.

─ Ciúmes de você? ─ Tento ao máximo disfarçar oque eu estava sentindo no momento: desespero por saber que esse era o momento ideal para falar tudo oque passa na minha cabeça a muitos anos.

─ Vou fingir que você não tem. ─ Ele diz se levantando mas parando no meio do caminho.
─ Vai me deixar andar sozinho?

─ Claro que não! ─ Me levanto rapidamente e começo a andar junto com o moreno.


Ao final do dia, estávamos exaustos, pés doendo e uma possível parada na farmácia para um pós sol, o clima do México não teve perdão conosco. Mas apesar de todo o calor que é capaz de derreter geleiras, conseguimos ter um dos dias mais agradáveis até agora; sou suspeita para falar, poque qualquer dia com Enzo, para mim seria um dia agradável.
Agora eram por volta de quase oito e meia da noite, como já estávamos na rua, decidimos passear mais um pouco.
O clima do México oscilava muito, a algumas horas atrás estava trinta e dois graus, logo que escurece já decai no mínimo alguns 15 graus de uma hora para a outra. Precisávamos voltar para o hotel para pelo menos mudar de roupa e tomar um banho; Por Deus, eu precisava de um banho!

⚜️܀ᥬ🕰༆ •˙
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𝐂𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐂𝐀𝐄 𝐋𝐀 𝐋𝐋𝐔𝐕𝐈𝐀. ━━ 𝐄𝐍𝐙𝐎 𝐕𝐎𝐆𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐂Where stories live. Discover now