𝐶𝑖𝑛𝑐𝑢𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑦 𝑑𝑜𝑠.

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Enzo
Valladolid

Depois de três dias em Valladolid, finalmente chegou o dia das premiações. Como normalmente, todos estavam malucos e supersticiosos, por exemplo: Matias levava um saco de sal no bolso e Simón bebeu dois goles de conhaque e engoliu um dente de alho. Por que eles fizeram isso? Eu não sei.

Também finalmente poderia ver o vestido que Serena havia escolhido, dentre todas as coisas que eu quero ver hoje, essa é a primeira da lista. Pelo que havia visto ele era azul, Marinho.

─ Esta ansioso? ─ Serena pergunta dando o nó em minha gravata, que foi ela que escolheu. Obviamente.

─ Ansioso mesmo estão os três. ─ Eu aponto para a janela e Serena vai até lá olhar.

A visão que tínhamos era de Matias, Simón e Agustín, sentados em uma mesa no térreo. Provavelmente falando sobre tudo que esperam da noite. Eu era o único que faltava, mas ainda não estava pronto.

─ Oque será que estão falando? ─ Serena me pergunta agora arrumando meu cabelo.

Ela estava com um baby liss na tomada e seus cabelos soltos até então. Uma maquiagem magnífica e um sorriso no rosto. A única parte que desgostei foi o batom, era um tom lindo, pena que eu iria borra-lo mais tarde.

─ Provavelmente asneira, quando que falam algo normal? ─ Eu digo me olhando no espelho, Serena ainda não estava com o maldito vestido.

─ Quase nunca, mas você sempre esta junto para concluir o pensamento de malucos. Não acha que deveria descer? ─ A morena me pergunta. Olho para meu relógio e eram cinco e quarenta, as portas do evento abririam as sete e meia.

─ Acho que tem razão, mas recém são cinco da tarde. ─ Coloco uma mecha de seu cabelo para trás de sua orelha.

─ Sempre tenho razão. ─ Ela sorri convencida.

─ E o vestido, quando irá me mostrar? ─ Eu pergunto curioso.

─ Quando for a hora, curioso. ─ Ela me rouba um beijo.

Depois de alguns minutos, finalmente me rendo e desço para conversar com meus amigos. Confesso que só estava lá encima por Serena, que com certeza já estava com Martina se arrumando juntas, como sempre.

─ Por que demorou tanto? ─ Simón pergunta enquanto eu puxo uma cadeira para me sentar.

─ Estava ficando impecável. ─ Digo convencido, oque faz meus amigos rirem.

─ Então volte lá para cima! ─ Matias diz sorridente.

─ Quando chegou? ─ Pergunto para Agustín, que invez de conversar na roda como um ser humano normal, estava lendo um livro.

─ Cheguei de manhã, pensei em te acordar mas achei que seria covardia. ─ Ele sorri e mexe em seu blazer.

─ Que bom que teve compaixão, de manhã eu estava no meu último sono. ─ Me ajeito na cadeira.

─ Que horas são? ─ Matias pergunta ao ver o relógio em meu pulso.

─ Seis e cinquenta. Acha que deveríamos ir? ─ Eu tinha certeza da resposta, ele estava morrendo de ansiedade. O local onde seria a premiação, era literalmente ao lado do hotel.

𝐂𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐂𝐀𝐄 𝐋𝐀 𝐋𝐋𝐔𝐕𝐈𝐀. ━━ 𝐄𝐍𝐙𝐎 𝐕𝐎𝐆𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐂Where stories live. Discover now