𝐂𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐂𝐀𝐄 𝐋𝐀 𝐋𝐋𝐔𝐕𝐈𝐀. ━━ 𝐄𝐍𝐙𝐎 𝐕𝐎𝐆𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐂

𝐶𝑢𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑦 𝑠𝑒𝑖𝑠.

Enzo
Paris

Como podia ser tão difícil encontrar um terno em uma cidade onde a moda predomina? Serena e eu estávamos perambulando por lojas no centro, lojas no shopping e ateliês, mas nada.
Pelo menos ao meu ver, ternos são todos iguais, mas aos olhos da minha namorada, "Esse esta com a manga mais larga" ou "Esse não está com a costura certa".
Assim fazendo com que ficássemos o dia fora.

Finalmente, após muita luta, entramos em uma loja, perto do Centro. Bem iluminada e conhecidentemente agradável aos olhos de Serena.

O senhor que estava tirando minhas medidas, me perguntava se já havia me visto em algum lugar. Mas o mais importante das perguntas era:

─ Trabalhamos em conjunto a um ateliê de noivas, caso queira levar sua namorada! ─ Ele sorri, o gentil senhor parecia cansado.

─ Ah não... Pelo menos ainda não! ─ Sorrio de volta para o mais velho que estava colocando alfinetes na calça que estava experimentando.

Como em uma quinceañera saio do local onde estávamos e vou em direção a Serena.

─ Como estou? ─ Finjo passar a mão em meu cabelo e sorrio convencido.

─ Esta lindíssimo, mas preciso arrumar isso aqui. ─ Ela diz se aproximando e invez do beijo que estava esperando, ela começa a arrumar a gola de minha camiseta.

─ Estava esperando um beijo. Não uma estilização. ─ Digo rindo, mas fingindo tristeza.

─ Vou te dar um beijo depois de arrumar isso aqui. Se não ficar parado, não haverá beijo! ─ Ela continua a me arrumar na frente do espelho. Será esse o preço de namorar uma estilista?

─ Pronto? ─ Eu me olho no espelho, Serena realmente havia feito um ótimo trabalho.

─ Pronto! ─ Ela se levanta e me puxa para um beijo, desarrumando seus ajustes.

Talvez isso seja mais importante.

─ Oh, perdão! ─ O senhor que havia me ajudado entra na sala.

─ Perdão digo eu! ─ Serena diz envergonhada se afastando.

─ Não há problema algum, me lembram muito eu e minha esposa quando jovens. A diferença é que eu não era tão galanteador como você, senhor Vogrincic! ─ Ele sorri. Olho para Serena e seus olhos brilhavam.

─ Muito obrigada e obrigada também por me ajudar com o terno. ─ Eu e Serena havíamos pago e estávamos de saída da loja.

─ Foi um prazer ajudá-los! Lembre-se, quando precisar do terno para o casamento, me procure! ─ Ele diz baixinho, para que Serena não ouvisse. Eu afirmo com a cabeça e seguimos para fora da loja.

Neste final de semana iríamos para Valladolid, para a premiação do Goya. Onde fomos indicados algumas muitas vezes. Serena iria comigo, afinal, estamos quase casados.

Rever todos os meus colegas de elenco seria uma experiência mais que boa, ainda mais sabendo que Serena havia feito amizade com Malena, namorada de Matias.