𝐷𝑖𝑒𝑐𝑖𝑜𝑐ℎ𝑜.

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Montevidéu, junho, 2011
༅Enzo

Não havia sensação pior que a de saber que estava prestes a me despedir da pessoa que mais amo no mundo, de fato eu não pensava que os dias passariam tão rápido, estar com Serena era como se o tempo não tivesse definição. Durante estes últimos trinta dias, fizemos de tudo um pouco, inclusive visitar Romero e Celeste, a viagem até lá foi muito agradável, e saber que serena finalmente iria se reconectar com sua família, por mais que fosse uma parte pequena dela, me deixava muito mais calmo.

A única coisa que me deixava receoso era o fato da tia de serena não ter gostado nem um pouco de mim, a pergunta era como? Posso não ser o ser humano mais abençoado do mundo, mas sou educado, e o que mais vale para mim era que Serena me amava.
Também fomos até a praia com meus pais, oque deixava Serena mais feliz perante as situações que estavam prestes a ocorrer. Tudo estava pronto, minhas malas, a casa onde ficaria na Espanha e etc; me despedi de todos no trabalho, ganhei até uma festa; mas o que adianta eu estar feliz, quando volto para casa eu me deparo com Serena. Plena, sem nenhuma preocupação, e feliz, saber que eu estava prestes a fugir de tudo isso, tudo oque me fazia feliz, me deixava extremamente deprimido e sem vontade nenhuma de ir para a Espanha.

─ Como está? ─ Dizia Serena com seu lindo sorriso no rosto.

─ De verdade? Estou nervoso. ─ Digo e a mesma parecia rir.

─ Que bom, pois você parece nervoso mesmo... ─ Ela se senta ao meu lado.
─ Você sabe que ira dar tudo certo não sabe?

─ Oque adianta eu ir para a Espanha sem você? ─ Eu digo a mesma fecha os olhos.

─ Você está indo para lá para viver o seu sonho, Zito... ─ Eu me aconchego em seus braços.

─ Você é o meu sonho Serena. ─ Eu digo fechando os olhos e deixando as lagrimas rolarem.

─ Você está chorando? ─ Ela me pergunta e nego, não havia como esconder que estava lacrimejando, o pensamento de perdê-la, me assombrava.

─ Você só precisa me jurar uma coisa. ─ Ela começa a acariciar meus cabelos.

─ Posso jurar tudo. ─ Eu digo para morena.

─ Jure que não vai me esquecer...sabe? Quando começar a conviver com as lindas espanholas interessantes. ─ Ela dizia rindo enquanto eu estava indignado com a fala da morena.

─ Você esta ficando maluca? Como eu poderia esquecer o amor da minha vida? E outra eu não vou me interessar por nenhuma mulher espanhola, nem inglesa, nem italiana, meu coração é só da minha uruguaia. ─ Eu digo e logo vejo a morena dar um sorriso de orelha a orelha.

O silencio se instaura entre nós. Estávamos apenas aproveitando a companhia um do outro, oque logo iria ser impossível de acontecer. Meu voo saia em um dia, mais especificamente, esta quarta-feira. Estava chegando cada vez mais perto, oque indicava que nossa despedida estava prestes a acontecer. Me acordo a noite com o barulho da chuva caindo, oque na maioria das vezes me tranquilizava, mas neste caso me deixava nervoso ao saber que poderia voar pelo atlântico na chuva. A única pessoa que me tranquilizava com este clima era serena. Serena não iria comigo.

─ Que horas sai o seu voo? ─Ela diz se levantando da cama junto a seu despertador, eram nove da manhã.

─ Ele é as 17h30m. ─ Logo que digo a morena ri, o que me deixou confuso.

─ Você e o seu adiantamento. ─ Ela continua rindo, o que não é nem um pouco normal para serena, em um momento como este, ela estaria chorando logo ao acordar. Alguma coisa estava errada, mas não iria questionar.

𝐂𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐂𝐀𝐄 𝐋𝐀 𝐋𝐋𝐔𝐕𝐈𝐀. ━━ 𝐄𝐍𝐙𝐎 𝐕𝐎𝐆𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐂Onde histórias criam vida. Descubra agora