𝑇𝑟𝑒𝑖𝑛𝑡𝑎 𝑦 𝑠𝑖𝑒𝑡𝑒.

591 71 7
                                    

Serena
Paris

Existiam um milhão de coisas que eu gostaria de perguntar para a minha irmã, e a principal delas era oque ela iria fazer a partir de agora. Para mim era fácil de falar, mas não era eu a adolescente que estava grávida no momento.
Passei o resto da noite com Celeste em seu quarto, ela dormia esse tempo inteiro. Enzo não saiu de meu lado em momento algum; a partir de um momento da noite, a mãe de Dylan ligava insistentemente para o número de Celeste, assim fazendo com que o mais novo tivesse que ir para casa, a força, é claro.

─ Oque aconteceu? ─ Celeste abre seus olhos, finalmente. Eu saio dos braços de Enzo e vou correndo para a beira de sua cama.

─ Celeste, pelo amor de Deus! ─ Eu subo em sua cama e a abraço. ─ Você não tem noção do quanto eu fiquei preocupada.

─ Oque aconteceu? Por que eu estou no hospital? ─ Ela diz esfregando seus olhos.
─ Sele, eu estou maluca de vez ou o Zé bonitinho esta ali?

─ Como isso é possível? ─ Eu rio imediatamente logo que ela diz esta frase, ela acaba de acordar de um sono de quase dois dias fazendo piadinhas.

─ Olá Celeste, lembra de mim? ─ Ele sorri no fundo do quarto.

─ É claro que lembro, lembro principalmente de minha irmã falando de você nos últimos treze anos. ─ Ela sorri de volta para o mesmo.

─ Eu só não te mato porque você recém acordou. ─ Saio de sua cama, e pego seu telefone.
─ Converse com todos, avise que quase morreu. E não se esqueça da tia Paula.

─ Primeiramente, eu não sei oque aconteceu ainda. Segundamente, onde está o Dylan? Terceiramente, POR QUE A TIA PAULA? ─ Ela gruta no final da frase. Se estava assim agora, imagine quando descobrir a grande novidade.

─ Você bebeu, caiu e se machucou. A mãe dele pediu para que fosse para casa, mas aparentemente vocês nasceram grudados então ele vai voltar. PORQUE A TIA É SUA TAMBÉM. ─ Ela revira os olhos, precisava avisar para a mais velha no Uruguai.

─ Se escondermos, ela não irá precisar saber que isso aconteceu. Afinal, não foi nada demais, né? ─ No instante em que ela me pergunta isso, eu olho nervosa para Enzo. Não queria que fosse eu que daria a notícia do novo membro da família.

─ Ela vai descobrir, fazer uma cena porquê você não falou para ela. E você precisa avisar o seu pai. ─ Me sento ao lado de Enzo, esperaria o Dylan, para que ele falasse de seu filho.

─ Ah, eu não estou falando com o papai... ─ Eu a encaro surpresa e confusa.

─ Oque aconteceu? ─ Olho para a mais nova.

─ Ahh... No início do verão... Ele não queria que eu morasse com você... Então como protesto, paramos de nos falar. ─ Agora a minha expressão de confusa se transforma em uma de raiva.

─ Você vai ligar para ele agora. ─ Imponho.

─ Por que? Ele nem vai ligar mesmo, está com a Gisele... ─ Ela cruza os braços e desliga o telefone.

─ Você não sabe oque eu faria para conversar com meu pai de novo, então Celeste, sinta-se privilegiada que a única coisa que afasta você e seu pai são briguinhas e um oceano. Oque afasta eu do meu é o fato de ele não estar aqui. Ligue para Romero agora. ─ Me deixo levar pelo momento e acabo descontando em Celeste.

𝐂𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐂𝐀𝐄 𝐋𝐀 𝐋𝐋𝐔𝐕𝐈𝐀. ━━ 𝐄𝐍𝐙𝐎 𝐕𝐎𝐆𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐂Where stories live. Discover now