E se o final de o último olimpiano fosse um pouquinho diferente?
Luke Castellan se sacrificou para que Percy e seus amigos pudessem salvar o Olimpo. Porém, apenas a alma de Cronos voltou para o Tártaro. Luke, contrariando todas as possibilidades...
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A casa estava do mesmo jeito que Luke se lembrava. Não havia muito tempo desde a última vez que foi ver a mãe, alguns meses antes. Ele foi naquela casa buscar a benção dela, necessária para se banhar no Rio Estige e adquirir a invulnerabilidade necessária para hospedar Cronos.
Naquele dia, ele achou que nunca mais a veria. Ele sabia, ele sentia que sua hora estava chegando. Ele não sairia vivo do que quer que o estivesse esperando.
Mas, contra todas as probabilidades, lá estava ele, outra vez na porta da casa em que passou os primeiros nove anos da sua vida. Convivendo com uma mãe louca, que surtava e o chamava de monstro repetidas vezes. Onde viu o pai pela primeira vez e jurou a si mesmo que ia provar que não precisava dele.
Luke conheceu mais ódio e rancor ali do que o amor da sua família. Era por isso que ele não tinha lugar para voltar. Nunca teve porque aquele nunca foi seu lar de verdade.
Um tempo se passa até que ele crie coragem e bata à porta. Ela não demora até ser aberta e a figura de cabelos e olhos castanhos e pele clara surgir, mas havia algo...diferente na sua mãe.
O olhar, antes perdido e sem foco, agora encontrava o seu. Os cabelos, que já estavam quase todos brancos, tinham a cor castanha de antes. E as olheiras ao redor dos olhos agora já não estavam mais lá.
— Mãe?— Ele pergunta, mas ela apenas o abraça apertado e logo em seguida pega em seu rosto com as mãos.
— Luke? Meu filho, é você mesmo?— pergunta ela e ele assente.— Está vivo. Como...? Entre, entre!
E ele entra em casa. O lugar, que era um verdadeiro caos antes, estava arrumado. Haviam fotos...suas pequeno nas paredes e fotos da sua mãe mais nova também.
— Achei que nunca mais fosse ver você, meu amor...
— Eu...também achei, mãe. Eu já estava...preparado para assumir meu destino. Me banhei no Estige e adquiri a invulnerabilidade de Aquiles. Hospedei o Cronos e...o ajudei a quase derrubar o Olimpo. Realmente me tornei o monstro que você previu, mãe. Fui o responsável por mortes e machuquei inocentes. Não me orgulho disso.
— Mas...eu também te vi morrer naquelas visões, meu filho. Como você está aqui?
— Eu também não sei...a grande Profecia era sobre mim. Esfaqueei o ponto que me prendia à vida mortal e derrotei o Cronos. Eu devia ter morrido, mas...não morri.— diz e ela assente, compreendendo.— E a senhora, mamãe? Ainda tem...aquelas visões?
Surpreendentemente, May nega.
— Elas...pararam tem um mês, na verdade. Foi...simplesmente embora. Não tenho mais pesadelos, nem visões perturbadoras do seu futuro.— May diz e Luke entende o que aconteceu. Há pouco mais de um mês a profecia da sua vida se cumpriu e, pelo que Luke soube, o Oráculo ganhou uma nova hospedeira. A Maldição que a sua mãe tinha desapareceu e ela estava livre.
