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Você de lá e eu de cá...

Luke abre os olhos e pisca algumas vezes

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Luke abre os olhos e pisca algumas vezes. Onde estava, era escuro e seus olhos demoram se acostumar. Parecia uma prisão, feita de pedra. Era minúscula, tanto que mal lhe cabia. Ele estava sentado com os joelhos dobrados, pois não tinha como esticar as pernas

A cela, ele percebe, era praticamente a mesma que ele sempre via nos seus sonhos com Gaia.

— SOCORROOOO!— Grita, como se fossem ouví-lo, ou como se fossem ali resgatá-lo.

— Guarde seu fôlego, filho de Hermes...— Ele escuta um sussurro, vindo do outro lado da parede.— Você vai precisar dele...

— Quem tá aí? Quem é você?

— Nico di Angelo. Filho de Hades.

— A Gaia também quer se vingar de você?

— Pegaram o cara errado.— Nico responde.

— O que...

— Guarde. O. Fôlego! O oxigênio vai acabar rápido se ficar falando.— Nico diz e Luke entende que ele não é de muito papo.

Perdido em pensamentos, Luke pensa nos campistas. Chris e Clarisse devem estar sentados ao redor a essa hora. Quanto tempo demorariam pra perceber que ele havia sumido? Será que perceberiam ou, iriam achar que ele ia ficar em Westport, com Viola pra sempre?

E Viola? Será que algum dia ia ligar pra ele pela mensagem de Íris? Ou realmente nunca mais ia querer vê-lo? Será que choraria por ele, caso ele morresse? Tudo que ele queria era estar com ela agora e não...aqui, todo apertado, quase sem ar, com fome e sede.

E a sua mãe? Luke prometeu pra May que voltaria pra ela, que não o perderia de novo.

— Parece que essa vai ser mais uma promessa que eu não vou ser capaz de cumprir...

Um tempo depois, duas pessoas começam a falar do lado de fora e Luke tenta distinguir as vozes, mas não consegue. Ele começa a fazer barulho, mas tudo que fazem é mandá-lo ficar quieto.

— Aproveite, traidor. Infelizmente, nós não podemos matar você agora...— Uma das vozes que ele havia escutado diz do lado de fora.— a nossa senhora quer ter o prazer de fazer isso com as próprias mãos e ver a terra te engolir para sempre. Descanse. Em breve você vai desejar ter paz outra vez...

— E dá pra desejar algo que a gente nunca teve?— ele pergunta batendo novamente na parede, vendo que isso já estava machucando sua mão.

Os carrascos, seja lá o que fossem, param de falar um tempo depois e tudo que Luke escuta é o som da própria respiração. Ali dentro ele não sabia de era dia ou noite, nem que horas eram. Pelo frio que sentia, ele só podia deduzir que não estavam num lugar quente, talvez nem mais nos Estados Unidos.

A marca de Hermes| Luke CastellanWhere stories live. Discover now