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Te amar vale todas as cicatrizes...

Te amar vale todas as cicatrizes

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VIOLA HARRIS

Ela não conseguia fazer nada.

Não conseguia comer, porque seu estômago simplesmente não aceitava comida nenhuma e ela sabia que ia vomitar tudo assim que tentasse.

Também não conseguia dormir porque sempre que fechava os olhos, imagens de Luke morto de todas as maneiras possíveis vinham em sua mente.

Já fazia quase um dia desde que ele a mandara de volta e ela ainda não havia obtido notícias sobre o estado dele. Temia que isso quisesse dizer que o pior tinha acontecido, muito embora May tentasse tranquiliza-la.

— Viola, pense comigo. Se meu filho tivesse morrido, a noticia já teria vindo...

— Eles não tem como mandar alguma notícia no meio da guerra, May!— Viola dizia a cada vez que a sogra tentava acabar com sua preocupação.

— Vi, você não pode ficar desse jeito. Se lembra que agora você não vive só pra você. Tem duas vidas crescendo aí dentro. Você precisa ficar bem por eles.— Lianna disse, colocando um prato de comida em sua frente.— Come um pouquinho.

— Não tô com fome.— diz desviando o olhar.— Só vou conseguir comer quando receber alguma notícia do Luke. Qualquer uma. Ele prometeu que ficaria bem. Ele precisa cumprir...— disse e correu pro seu quarto, chorando. A barriga já estava dando seus primeiros sinais e ela passa a mão por ela.

Ela passou o resto do dia trancada no quarto, sem comer ou beber água e já estava escuro quando May entrou, trazendo um comprimido consigo.

— Estou realmente preocupada por não querer comer nada, mas você também precisa descansar. Está sem dormir há quase um dia, Viola. Trouxe um calmante pra você...— May diz.

— Eu não quero...

— Por favor. Pelos meus netos...— May praticamente implora e Viola acaba cedendo e toma o remédio.

— Promete que...me avisa se acontecer alguma coisa?— Viola pede e May assente.

Ela não demora a pegar no sono. No começo, ela não tem sonho algum, mas depois começa a sonhar com Luke sendo esfaqueado e morrendo, ficando preso ou sendo sequestrado por Gaia. Eram visões tão horríveis e tão reais que ela sentia até medo.

Mas então, tudo mudou. O sonho novamente voltou a ser calmo e o cheiro de Luke chegou ao seu nariz. Era tão real que ela se sentiu bem de novo. Ao acordar, ela sentiu braços ao seu redor e olhou para cima, acreditando que estava sonhando.

Só que o rosto adormecido de Luke apareceu em sua frente. Ela teve que tocá-lo pra ver que era real, não um sonho.

— Uma foto dura mais, pilantra.— Luke diz sorrindo ainda de olhos fechados.

A marca de Hermes| Luke CastellanWhere stories live. Discover now