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A gente tem a dor parecida nessa vida...

Luke encara a fôrma com a comida em frente ao forno elétrico

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Luke encara a fôrma com a comida em frente ao forno elétrico. Já era o dia seguinte ao das compras e May pediu que ele colocasse a comida no forno pra ela, enquanto ela ia ao centro, compras algumas coisas que faltaram.

Mesmo May garantindo que era seguro e que o forno não era perigoso, ele tinha medo, pois, ao menor toque em qualquer coisa, suas mãos queimariam e ele teria aquelas memórias ruins outra vez.

Mas Luke respira fundo. Ele não ia deixar aquela lata velha vencê-lo. Num movimento rápido, depois de ligar o forno na tomada, ele coloca a comida dentro dele, feliz em constatar que conseguiu realizar as tarefas sem sentir a mínima queimação.

Assim ele não se sentia um inútil completo, já que era uma das poucas tarefas que conseguia realizar sem quebrar tudo por soltar rápido demais ao sentir os dedos queimando.

Segundo sua mãe, era só colocar o tempo no forno e ele desligar ia sozinho no final. Luke ainda teria que se acostumar com aquilo, mas achava legal todas essas coisas.

— Luke, querido! Conseguiu colocar a comida no forno?— May pergunta, chegando da rua com as sacolas.

— Consegui, mãe.— diz sorrindo pra ela, que beija sua testa.

— Trouxe isso aqui. Parece que o hotel tá contratando novos funcionários.— E lhe estende o panfleto do hotel, com a descrição das vagas.

Segurança...bom, nem era preciso dizer o quão perigoso seria se ele carregasse uma arma consigo, não é?

Cozinheiro...na situação atual, também não era uma boa. Ele acabaria quebrando pratos e dando mais prejuízos do que lucros ao hotel.

Camareiro...ate que não seria tão ruim, mas Luke era péssimo arrumando camas. Ele se lembra que, muitas vezes, por pouco, as Harpias não comiam suas coisas no acampamento, então não daria certo...

Recepcionista...tá, esse parece interessante. Fluente em três idiomas e ele é fluente em praticamente todos, graças ao fato de ser filho do deus dos viajantes. Não era tão perigoso e não exigiria que ele enfrentasse coisas tão perigosas quanto uma arma, um forno, um fogão...

— Acho que Recepcionista seria bom pra você. Combina bastante — May diz exatamente o que Luke está pensando e ele assente sorrindo.

— Quando é...a entrevista?

— Na verdade, pelo que eu vi, você tem que deixar o currículo la no hotel. Se gostarem, te chamam pra entrevista.

— Tá, e o que eu coloco nesse currículo, mãe? Luke Castellan, vinte e três anos, delinquente juvenil, ladrão de raios, assassino de semideuses e traidor do Olimpo? Ah, e nas restrições, que tal: não posso tocar em nada porque senão minhas mãos, que já estão fudidas, queimam até virar carne viva?

A marca de Hermes| Luke CastellanWhere stories live. Discover now