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Sweet Caroline...

Sweet Caroline

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VIOLA HARRIS

"Diferente de você eu não seria pego"

Um babaca arrogante do caralho. Era isso que ele era. Quem esse garoto pensava que era pra simplesmente querer ensinar a ela como roubar? Ele agiu como se ela fosse uma mísera ladra amadora sendo que isso era tudo que Viola não era. E o pior é que quem ia se ferrar com a arrogância daquele garoto seria ela.

— Como assim não fez o que eu pedi? Sabe que, se quiser receber, precisa me trazer exatamente o que eu te pedi!— seu chefe lhe dizia. Ele era um falsificador de joias e mandava Viola roubá-las para poder vender, enquanto colocava as versões falsificadas no lugar.

— Eu sei! Já estava quase conseguindo pegar as joias, mas um...garoto me viu. E mandou eu devolver. Fiquei com...medo dele me denunciar e eu realmente acabar sendo presa. Eu não posso ser presa!— ela responde ao homem— Mas...posso voltar lá amanhã.

— E eu fico no prejuízo? Um dia em que você não consegue pegar nada é um dia que eu não produzo.

— E um dia que você não produz é um dia que eu não recebo. Eu sei. Mas não dá pra ir de noite. Eu tenho...outro trabalho.— Viola diz, olhando para o relógio no pulso.— E eu preciso ir!

— Viola!— o homem grita, mas ela já está correndo pra fora. Viola precisava ir logo pra casa, porque sua irmã precisava dela. Amanhã ela resolveria essa história do roubo das jóias, mas dessa vez, numa outra joalheria, em outro bairro, bem longe, pra não correr o risco de encontrar aquele babaca chato de novo.

— Vivi, cheguei!— diz abrindo a porta do pequeno apartamento no qual ela morava com a irmã, Vivienne.

Das duas, só Viola que trabalhava. Vivi sofria de uma doença degenerativa, que lhe causava dores constantes. Viola só estudou até o Ensino Médio, pois precisou largar a escola aos dezoito anos e trabalhar. Primeiro, pra ajudar a irmã a cuidar da mãe, que teve câncer e não resistiu e, dois anos depois da morte dela, a irmã começou a dar os primeiros sinais de sua doença.

Sozinha, tendo que pagar os tratamentos da irmã, a garota acabou se envolvendo com seu atual chefe. Ela precisava de dinheiro. Além disso, ela também trabalhava como garçonete num barzinho e, às vezes, cantava pra ver se conseguia um extra.

Ela havia prometido a si mesma que ficaria famosa e ia sair daquela vida. Ela sabe que poderia ter mais oportunidades se tivesse uma formação, mas infelizmente, não deu.

— Oi, Viola. Como foi o trabalho hoje?— Vivi pergunta, vindo do quarto em sua cadeira de rodas. Por motivos óbvios, ela mentiu pra irmã sobre onde trabalhava de manhã.

— Péssimo. Meu trabalho hoje simplesmente não rendeu nada. Vou ter que trabalhar dobrado hoje à noite pra compensar. Preciso comprar seus remédios, né? Quais estão faltando mesmo? Tá com alguma dor?

A marca de Hermes| Luke CastellanWhere stories live. Discover now