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Falling...

Ele não devia ter gostado

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Ele não devia ter gostado.

Não devia, não devia, não devia.

Luke só a beijou por medo de serem pegos. Foi só isso. Como Viola mesmo disse, tinha sido apenas pra não os incomodarem, ou desconfiarem do que estavam fazendo ali. Ele não era bobo, já precisou se safar em várias situações e fazia o que fosse preciso pra isso.

Mas nunca precisou beijar alguém que não gostava pra isso antes.

Viola é uma chata, insuportável, marrenta e, de todas as garotas que ele já beijou, é a única que não faz a menor questão de estar perto dele e só o atura porque ele mesmo insiste, pra perturbá-la.

Luke sabe bem qual é a sensação de um beijo. Já beijou uma quantidade de garotas considerável pra já ter sentido todo tipo de coisas. E ele não sentiu com nenhuma delas o que sentiu beijando Viola.

Ele nunca havia sentido vontade de ir além dos beijos...de verdade. Nem quando estava no Acampamento, mesmo com as festinhas do chalé de Afrodite, no qual rolava de tudo, e muito menos quando estava no Princesa Andrômeda. Mas isso não quer dizer que ele não usasse as coisas a seu favor. Ele só...precisou criar o boato de que tinha levado alguma garota pra cama e pronto, Luke Castellan não é virgem!

Só que...pode parecer meio tosco, mas...sexo pra ele é algo mútuo, íntimo, não uma coisa onde a outra pessoa estava sendo usada. Então é...ele era virgem.

E o beijo de Viola foi o único que lhe despertou o desejo de não ser mais.

— Burro!— diz, pra sua imagem no espelho, a pele ao redor da boca ainda meio manchada do batom da garota, que não saía dali por nada.— Você é burro, é isso que você é! Eu não posso estar me apaixonando por ela, não, não, não!

"Você vai se apaixonar por alguém que não pode ter..."

Por isso ele odeia os deuses. Os mortais são tipo criaturas engraçadinhas, com quem eles podem brincar e se divertir, como se fossem fantoches.

— Você deve estar rindo muito da minha cara agora, né?— pergunta como se a deusa pudesse ouvi-lo.

— Luke, tá tudo bem? Você não disse que tinha chegado...— May diz, batendo à porta do quarto do filho.

— Tá tudo bem sim, mãe. Só cheguei meio cansado...mas tô bem.

— E suas mãos? Teve algum problema?

— Por sorte não. Deu pra curtir a festa tranquilo.— diz.

— Tá bom então, filho. Sabe que...qualquer coisa, pode conversar comigo,  né?

— Sei, mãe. Obrigado. Pode ir dormir...— Luke diz e espera a mãe fazer silêncio do lado de fora, tendo a certeza que ela está dormindo.

Porque ele mesmo, não ia conseguir dormir tão cedo.

A marca de Hermes| Luke CastellanWhere stories live. Discover now